Paulo Pires
Esta cidade onde moro
Construída com pedras, Pedrais
Juntou-se ao barro e os Ferraz
Para erigir ermidas, catedrais
Esta cidade onde moro
Escorre como pedra nas Bateias
É um sonho concreto, adjutório.
Amarrado sem prender por Correias
Suas casas têm Flores e Santos
Que tão leves são bustos amáveis
Desde a época em que a vi entre tantos
Velhos tempos de João, Zé Gonçalves.
Sopra-lhe no aprisco ventos de Minas
Velhas minas de ouros Gerais
Cuja água do Poço contamina
E lhe toma prá voltar nunca mais
Esta cidade, paulista, baiana,
Meio mineira pelo que diz o falar
Tem na feira, Sergipe, Itabaiana
Pernambuco e qualquer linguajar
São Gusmões, Fernandes de Oliveira
Santos Silva, outros raros metais
Que somados aos Andrades, Figueira
Frutificaram pomares, sucursais
A Conquista que cabe meio mundo
Tem aos sábados um andar de preguiça
É quando o catingueiro meio tonto, vagabundo
Se embriaga no Corredor da Felícia
Saudemos com honra a Cidade
Que aos cento e sessenta e oito anos depois
Saboreia seu canto de maior idade
Como dois amantes, só dois...
Seu amparo telúrico, agasalho.
Carregado de gente, de fruta e de flor
Faz sentir o chão limpo assoalho
A Cidade das Rosas, esplendor.
Por isso te gostamos, Conquista
Mesmo quando parece nos esquecer
Se és muitas, Jurema, Bela Vista
Sempre somos, para ti, o teu ser.
Esta cidade onde moro
Construída com pedras, Pedrais
Juntou-se ao barro e os Ferraz
Para erigir ermidas, catedrais
Esta cidade onde moro
Escorre como pedra nas Bateias
É um sonho concreto, adjutório.
Amarrado sem prender por Correias
Suas casas têm Flores e Santos
Que tão leves são bustos amáveis
Desde a época em que a vi entre tantos
Velhos tempos de João, Zé Gonçalves.
Sopra-lhe no aprisco ventos de Minas
Velhas minas de ouros Gerais
Cuja água do Poço contamina
E lhe toma prá voltar nunca mais
Esta cidade, paulista, baiana,
Meio mineira pelo que diz o falar
Tem na feira, Sergipe, Itabaiana
Pernambuco e qualquer linguajar
São Gusmões, Fernandes de Oliveira
Santos Silva, outros raros metais
Que somados aos Andrades, Figueira
Frutificaram pomares, sucursais
A Conquista que cabe meio mundo
Tem aos sábados um andar de preguiça
É quando o catingueiro meio tonto, vagabundo
Se embriaga no Corredor da Felícia
Saudemos com honra a Cidade
Que aos cento e sessenta e oito anos depois
Saboreia seu canto de maior idade
Como dois amantes, só dois...
Seu amparo telúrico, agasalho.
Carregado de gente, de fruta e de flor
Faz sentir o chão limpo assoalho
A Cidade das Rosas, esplendor.
Por isso te gostamos, Conquista
Mesmo quando parece nos esquecer
Se és muitas, Jurema, Bela Vista
Sempre somos, para ti, o teu ser.
2 comentários:
Paulo,
Lindíssimo, amo conquista, gosto quando falam dela assim.
Até...
Paulo, parabéns pelo belo poema. Representativo, à altura dos mais belos versos de João Cabral e do Joaquim Cardozo. Coincidentemente, dois cidadaõs do mundo, nascidos, como você, em Pernambuco. Um abraço,
Valter
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