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“Eu não creio em Deus, mas sei que Ele crê em mim”, disse certa vez o escritor, jornalista, desenhista e dramaturgo Millôr Fernandes, um dos intelectuais vivos mais notáveis da atualidade. Mas ele não está sozinho ao parodiar com o tema. Roberto Carlos no início da carreira disse: ‘E que tudo mais vá para o inferno’, posteriormente: “Minha fé me leva até Você”. Já Gilberto Gil proferiu que a fé está em todo lugar: ‘Andar com fé eu vou/A fé não costuma faiá/Tá na luz e na escuridão/num pedaço de pão; na mulher’...
Enquanto John Lennon pegou pesado: vaidosamente achou que o grupo “The Beatles” era mais popular que Jesus Cristo e, ainda, escreveu uma música revelando não acreditar em nada, apenas nele mesmo. De fato, hoje em dia, a fé se tornou um assunto que tem gerado controvérsias, dividindo a opinião pública. Nesse sentido o nosso País passa por um momento delicado em meio a um turbilhão de escândalos de toda ordem e que nos deixam chocados. A rigor, a incerteza vai tomando fôlego, a natureza agonizando, a amabilidade e o respeito entre as pessoas vão ficando cada vez mais distante.
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Além do descrédito na classe política, algumas doutrinas evangélicas têm ocupado espaço de muita repercussão nos horários nobres dos noticiários de forma assustadora. Tempos atrás foi com a Igreja Renascer, do jogador de futebol Kaká, agora as denúncias batem de frente com os mentores da Igreja Universal do Reino de Deus, feitas pelo Ministério Público (SP), ação criminal por transferência ilegal de recursos para o exterior; desvirtuamento da atividade e enriquecimento ilícito de seus bispos. E novamente trazendo-nos à reflexão pela gravidade e com isso deixando grande parte da opinião pública abalada com os escândalos. De forma que dá a entender que por trás da pregação algo de sombrio e podre existe distorcendo a fé e pondo no mesmo nível princípios e valores básicos, gerando questionamentos e dúvidas em nossas vidas. Há também indivíduos que acreditam que tudo não passa de uma boa sacada de marketing entre as emissoras de televisão – no caso a Rede Globo versus Rede Record.
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Segundo o professor e teólogo Leonardo Boff, a incerteza da fé não é um fim em si, mas apenas um meio de se colocar em contato com a verdade. É partir de uma incerteza para outra mais pró¬xima da verdade que se progride no caminho da fé em Jesus Cristo. Quem não quer se defrontar com a incerteza nem ser atormentado pela dúvida, não deve aventurar-se a navegar por este oceano sem limites nem fronteiras que é a vida de fé em Cristo. Mais adiante ele diz: “Não há religião que não atribua a seus fiéis uma fé incondicional. E em seus tratados de teologia não há lugar para uma fé que forneça aos seus seguidores menos do que certezas absolutas”. Para ele, o objeto tanto da fé como dos seus estudos é o dogma (expressão legítima e necessária de sua fé), composta de uma cole¬tânea de verdades irrefutáveis. “É completamente estranho incutir na cabeça das pessoas a ideia de que a verdade possa ser um conjunto de probabilidades, ou até mes¬mo de possibilidades”.
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Desde cedo aprendemos que verdadeiramente certo e previsível em nossas vidas é a morte. Talvez seja a única certeza devidamente comprovada. Mas quando, onde e como ela vai chegar? Isso ninguém sabe. Os ensinamentos de Jesus Cristo quando aqui esteve, fornece-nos algumas certezas, também nos municiam de um sem número de pistas, capazes de nos conduzir até a fé de verdade. Mas esta permanecerá sempre distante e inaces¬sível quando o homem se escraviza e se nutre da mesquinhez. A verdade é como a vida, quem quer ‘possuí-la acabará por perdê-la’, como ensinou Jesus (Lc 17,33).
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Tenho consciência que escrever sobre um assunto tão rico, auspicioso e controverso é registrar um nada em poucos parágrafos; de modo que tomo a liberdade de dizer que o coração humano é sofismável por ser cheio de ambiguidades, capaz de generosidade sem limites, mas também de baixeza e leviandades. “De todas as coisas que Deus fez, o coração humano é o que traz mais luz e também mais trevas”. Assim escreveu Vitor Hugo. A meu ver, a pura verdade! Ninguém está obrigado a nada, porém, eu acredito piamente no livre arbítrio e na fé de um único Salvador que faz milagres sem nos cobrar nada e só espera da gente justiça, amor e paz!
Ezequiel Sena
Enquanto John Lennon pegou pesado: vaidosamente achou que o grupo “The Beatles” era mais popular que Jesus Cristo e, ainda, escreveu uma música revelando não acreditar em nada, apenas nele mesmo. De fato, hoje em dia, a fé se tornou um assunto que tem gerado controvérsias, dividindo a opinião pública. Nesse sentido o nosso País passa por um momento delicado em meio a um turbilhão de escândalos de toda ordem e que nos deixam chocados. A rigor, a incerteza vai tomando fôlego, a natureza agonizando, a amabilidade e o respeito entre as pessoas vão ficando cada vez mais distante.
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Além do descrédito na classe política, algumas doutrinas evangélicas têm ocupado espaço de muita repercussão nos horários nobres dos noticiários de forma assustadora. Tempos atrás foi com a Igreja Renascer, do jogador de futebol Kaká, agora as denúncias batem de frente com os mentores da Igreja Universal do Reino de Deus, feitas pelo Ministério Público (SP), ação criminal por transferência ilegal de recursos para o exterior; desvirtuamento da atividade e enriquecimento ilícito de seus bispos. E novamente trazendo-nos à reflexão pela gravidade e com isso deixando grande parte da opinião pública abalada com os escândalos. De forma que dá a entender que por trás da pregação algo de sombrio e podre existe distorcendo a fé e pondo no mesmo nível princípios e valores básicos, gerando questionamentos e dúvidas em nossas vidas. Há também indivíduos que acreditam que tudo não passa de uma boa sacada de marketing entre as emissoras de televisão – no caso a Rede Globo versus Rede Record.
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Segundo o professor e teólogo Leonardo Boff, a incerteza da fé não é um fim em si, mas apenas um meio de se colocar em contato com a verdade. É partir de uma incerteza para outra mais pró¬xima da verdade que se progride no caminho da fé em Jesus Cristo. Quem não quer se defrontar com a incerteza nem ser atormentado pela dúvida, não deve aventurar-se a navegar por este oceano sem limites nem fronteiras que é a vida de fé em Cristo. Mais adiante ele diz: “Não há religião que não atribua a seus fiéis uma fé incondicional. E em seus tratados de teologia não há lugar para uma fé que forneça aos seus seguidores menos do que certezas absolutas”. Para ele, o objeto tanto da fé como dos seus estudos é o dogma (expressão legítima e necessária de sua fé), composta de uma cole¬tânea de verdades irrefutáveis. “É completamente estranho incutir na cabeça das pessoas a ideia de que a verdade possa ser um conjunto de probabilidades, ou até mes¬mo de possibilidades”.
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Desde cedo aprendemos que verdadeiramente certo e previsível em nossas vidas é a morte. Talvez seja a única certeza devidamente comprovada. Mas quando, onde e como ela vai chegar? Isso ninguém sabe. Os ensinamentos de Jesus Cristo quando aqui esteve, fornece-nos algumas certezas, também nos municiam de um sem número de pistas, capazes de nos conduzir até a fé de verdade. Mas esta permanecerá sempre distante e inaces¬sível quando o homem se escraviza e se nutre da mesquinhez. A verdade é como a vida, quem quer ‘possuí-la acabará por perdê-la’, como ensinou Jesus (Lc 17,33).
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Tenho consciência que escrever sobre um assunto tão rico, auspicioso e controverso é registrar um nada em poucos parágrafos; de modo que tomo a liberdade de dizer que o coração humano é sofismável por ser cheio de ambiguidades, capaz de generosidade sem limites, mas também de baixeza e leviandades. “De todas as coisas que Deus fez, o coração humano é o que traz mais luz e também mais trevas”. Assim escreveu Vitor Hugo. A meu ver, a pura verdade! Ninguém está obrigado a nada, porém, eu acredito piamente no livre arbítrio e na fé de um único Salvador que faz milagres sem nos cobrar nada e só espera da gente justiça, amor e paz!
Ezequiel Sena
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