quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Família de irmãos assassinados clama por justiça

Por Josalto Alves
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A família dos irmãos Marcos Vinícius Ribeiro da Silva, de 47 anos, e Expedito Ribeiro da Silva, de 46, assassinados a golpes de machado no dia 27 de setembro, em Jaguaquara, constituiu advogada para acompanhar as investigações e atuar como assistente da acusação. A advogada Pollyana Silva Carrilho Rosa disse que a delegada do município, Maria do Socorro, concluiu o inquérito em tempo recorde, encaminhando o caso ao Ministério Público sem pedir a prisão preventiva do acusado, Paulino Ferreira da Costa, conhecido como “Jaú”. Por isso Pollyana vai solicitar ao Ministério Público que peça à Justiça a decretação da preventiva, para evitar que o acusado ameace as testemunhas e impeça a devida instrução criminal.

O acusado fugiu da cena do crime e, sem um arranhão, apresentou-se à polícia quatro dias depois, acompanhado por advogado e alegando legítima defesa. A delegada Maria do Socorro revelou que a tese era inconsistente e que o acusado caiu em muitas contradições.

De acordo com as testemunhas ouvidas pela delegada, os irmãos Ribeiro, que eram muito unidos e morreram praticamente um ao lado do outro no dia em que se comemorava a festa dos santos gêmeos Cosme e Damião, foram atraídos a uma emboscada por “Jaú”. O motivo do crime teria sido uma rixa. Há um ano, animais da fazenda da família Ribeiro invadiram a fazenda vizinha, de “Jaú”, destruindo parte da plantação. Marcos Vinícius, que administrava a propriedade da família, tentou resolver a questão pacificamente, indenizando o prejuízo doando uma novilha. “Jaú”, que havia registrado queixa na delegacia de Jaguaquara, aceitou a indenização, mas vivia se queixando.

No dia do crime, ao retornar de uma viagem, Marcos Vinícius recebeu ligação de “Jaú”, segundo depoimento de uma testemunha, dizendo que a cerca estava quebrada de novo e que o gado invadira novamente sua fazenda. Não havia nenhuma cerca quebrada e, no começo da noite, os irmãos Ribeiro foram à casa de “Jaú” para esclarecer os fatos. Marcos entrou na casa do vizinho queixoso, enquanto Expedito e um vaqueiro ficaram esperando dentro do carro, a poucos metros da residência.

Momentos depois, ao perceberem barulho de briga na casa, Expedito correu para o local, e ao entrar na casa foi atingido por golpes de machado na testa, morrendo no local. Gravemente ferido, Marcos ao se deparar com o irmão desfalecido, correu para tentar sair da casa e pedir ajuda, mas foi atingido por golpes de machado nas costas, cabeça e nuca, sem nenhuma chance de defesa.

“Nós queremos justiça, e vamos lutar para que este crime bárbaro não fique impune”, disse a advogada Pollyana Carrilho.


Josalto Alves – DRT-Ba 931
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