Fatos impressionantes marcaram o país neste ano de 2008; noticias que, exaustivamente exploradas pela mídia, se tornaram suíte, muitas delas deixando a nação comovida. Um foi o assassinato da garota Isabela Nardoni, atirada do 6º andar do apartamento pelo próprio pai; o outro aconteceu em Santo André, o Lindemberg Alves manteve a ex-namorada Eloá Pimentel refém por cem horas tendo um desfecho trágico. Agora, nestes últimos dois meses, a fúria da natureza trouxe desespero, lágrimas e dor para muitas famílias com as enchentes de Santa Catarina, Minas Gerais, e com menos intensidade, no interior do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, capital; no entanto, mesmo com esses rigores atmosféricos inesperados, o ano foi considerado muito bom.
Com relação à esfera econômica, no Brasil as coisas não chegaram aos patamares preocupantes como previam os economistas, principalmente a ala pessimista. O crescimento se manteve dentro dos níveis, não os desejados, entretanto aceitáveis. A grande maioria dos trabalhadores pôde afiançar que venceu o ano sem maiores atropelos e não foram atingidos ainda pelos reflexos da crise. Demissões e prejuízos ficaram portanto restritos a poucas empresas, a exemplo da EMBRAER que depende do mercado internacional para sua sobrevivência. Contestando as especulações, em comunicado à imprensa, a direção da empresa disse que a redução do quadro funcional se deu em razão de ajuste organizacional, não tendo vinculação com a crise.
.
Para o mundo foi um ano que fez cair por terra à inabalável utopia neoliberal do mercado considerado “eficiente e estável”; desmoronando com isso a tese científica da superioridade absoluta do mercado financeiro internacional. Depois da queda das Bolsas, o sistema financeiro dos EUA, União Européia e Grã-Bretanha, se mantém funcionando graças à forte intervenção financeira de seus respectivos Bancos Centrais, um suporte parcial de estatização. Os efeitos do desgaste da crise americana transformaram o capitalismo mundial, expôs suas fragilidades, levando-os a uma convulsão sistêmica a especulação financeira com conseqüências dramáticas. No Brasil, por enquanto, apesar dos murmúrios e contradições de economistas, não fomos duramente afetados, porém não podemos ficar indiferentes ou dizer que estamos imunes diante do que acontece no primeiro mundo.
.
Nesse sentido, no dia 25 de dezembro, o papa Bento XVI foi contundente em suas palavras. Na tradicional mensagem de Natal, disse: "Urbi et Orbi" – (para a cidade e para o mundo) –, enfatizando que o mundo caminhará para a ruína se o egoísmo for mais forte que a solidariedade, agora e durante os tempos de crise para a economia mundial. Mais adiante de sua mensagem de Natal, o sumo pontífice foi incisivo em seu comentário a respeito da deterioração dos valores éticos entre os povos. E o que mais o impressiona são as posturas humanas destrutivas apoiadas em afirmativas sombrias de alguns chefes de estados.
.
Já o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso a nação, garantiu que a estimativa de crescimento para 2009 será de 4%, contradizendo a previsão do PIB de 3,2% anunciada dias antes pelo Banco Central. Resta-nos esperar para ver como será o desenrolar das medidas tomadas pelo Planalto ao descartar a hipótese do país entrar em recessão. Segundo ele, o governo não vai paralisar nenhum projeto social em função da crise. Pelo menos é uma mensagem otimista e não poderia ser diferente. Também reconhece que estes dois últimos anos de mandato serão decisivos para influenciar a escolha de seu sucessor.
.
Em Vitória da Conquista, sai o prefeito José Raimundo com uma avaliação muito positiva da maioria da população, notadamente neste ano de 2008. Enquanto o futuro chefe do executivo municipal, Dr. Guilherme Menezes, em sua diplomação, também demonstrou estilo e firmeza durante as entrevistas; assegurando que vai dar continuidade ao trabalho da administração anterior e cuidar inicialmente de priorizar a consolidação da saúde, assim como a educação, pois, segundo ele, é uma tarefa iniciada em sua primeira gestão; e prometeu fazer o governo focado principalmente para as classes menos favorecidas. Tomara!
.
Pra ser sincero, não se pode subestimar a crise econômica. Imagino que não é tão simples associar esperança e política em um país marcado pela corrupção e pela impunidade. Com raras exceções, abiscoitar mandatos virou sinônimo de proteção, já que as imunidades e o foro privilegiado são instrumentos à disposição do continuísmo da maioria dos políticos. Faz tempo que as nossas instituições democráticas estão desacreditadas perante a sociedade. Não existem projetos consistentes do povo para o povo, o que se vê são projetos apenas visando o poder, perpetuando com isso os mandatos. Queiram ou não essa é a nossa realidade. Nossa esperança é que dias melhores virão, e que menos Medidas Provisórias sejam usadas para governar, pois esta foi a bandeira mais criticada na campanha anterior pelo Partido dos Trabalhadores; afinal de contas temos um Congresso Nacional. UM FELIZ 2009!
Com relação à esfera econômica, no Brasil as coisas não chegaram aos patamares preocupantes como previam os economistas, principalmente a ala pessimista. O crescimento se manteve dentro dos níveis, não os desejados, entretanto aceitáveis. A grande maioria dos trabalhadores pôde afiançar que venceu o ano sem maiores atropelos e não foram atingidos ainda pelos reflexos da crise. Demissões e prejuízos ficaram portanto restritos a poucas empresas, a exemplo da EMBRAER que depende do mercado internacional para sua sobrevivência. Contestando as especulações, em comunicado à imprensa, a direção da empresa disse que a redução do quadro funcional se deu em razão de ajuste organizacional, não tendo vinculação com a crise.
.
Para o mundo foi um ano que fez cair por terra à inabalável utopia neoliberal do mercado considerado “eficiente e estável”; desmoronando com isso a tese científica da superioridade absoluta do mercado financeiro internacional. Depois da queda das Bolsas, o sistema financeiro dos EUA, União Européia e Grã-Bretanha, se mantém funcionando graças à forte intervenção financeira de seus respectivos Bancos Centrais, um suporte parcial de estatização. Os efeitos do desgaste da crise americana transformaram o capitalismo mundial, expôs suas fragilidades, levando-os a uma convulsão sistêmica a especulação financeira com conseqüências dramáticas. No Brasil, por enquanto, apesar dos murmúrios e contradições de economistas, não fomos duramente afetados, porém não podemos ficar indiferentes ou dizer que estamos imunes diante do que acontece no primeiro mundo.
.
Nesse sentido, no dia 25 de dezembro, o papa Bento XVI foi contundente em suas palavras. Na tradicional mensagem de Natal, disse: "Urbi et Orbi" – (para a cidade e para o mundo) –, enfatizando que o mundo caminhará para a ruína se o egoísmo for mais forte que a solidariedade, agora e durante os tempos de crise para a economia mundial. Mais adiante de sua mensagem de Natal, o sumo pontífice foi incisivo em seu comentário a respeito da deterioração dos valores éticos entre os povos. E o que mais o impressiona são as posturas humanas destrutivas apoiadas em afirmativas sombrias de alguns chefes de estados.
.
Já o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso a nação, garantiu que a estimativa de crescimento para 2009 será de 4%, contradizendo a previsão do PIB de 3,2% anunciada dias antes pelo Banco Central. Resta-nos esperar para ver como será o desenrolar das medidas tomadas pelo Planalto ao descartar a hipótese do país entrar em recessão. Segundo ele, o governo não vai paralisar nenhum projeto social em função da crise. Pelo menos é uma mensagem otimista e não poderia ser diferente. Também reconhece que estes dois últimos anos de mandato serão decisivos para influenciar a escolha de seu sucessor.
.
Em Vitória da Conquista, sai o prefeito José Raimundo com uma avaliação muito positiva da maioria da população, notadamente neste ano de 2008. Enquanto o futuro chefe do executivo municipal, Dr. Guilherme Menezes, em sua diplomação, também demonstrou estilo e firmeza durante as entrevistas; assegurando que vai dar continuidade ao trabalho da administração anterior e cuidar inicialmente de priorizar a consolidação da saúde, assim como a educação, pois, segundo ele, é uma tarefa iniciada em sua primeira gestão; e prometeu fazer o governo focado principalmente para as classes menos favorecidas. Tomara!
.
Pra ser sincero, não se pode subestimar a crise econômica. Imagino que não é tão simples associar esperança e política em um país marcado pela corrupção e pela impunidade. Com raras exceções, abiscoitar mandatos virou sinônimo de proteção, já que as imunidades e o foro privilegiado são instrumentos à disposição do continuísmo da maioria dos políticos. Faz tempo que as nossas instituições democráticas estão desacreditadas perante a sociedade. Não existem projetos consistentes do povo para o povo, o que se vê são projetos apenas visando o poder, perpetuando com isso os mandatos. Queiram ou não essa é a nossa realidade. Nossa esperança é que dias melhores virão, e que menos Medidas Provisórias sejam usadas para governar, pois esta foi a bandeira mais criticada na campanha anterior pelo Partido dos Trabalhadores; afinal de contas temos um Congresso Nacional. UM FELIZ 2009!
2 comentários:
DÁ PRAZER LER UM ARTIGO DESSE NÍVEL. COMO SEMPRE O COLUNISTA EZEQUIEL TEM CAPRICHADO EM SEUS TEXTOS. ANDERSON FICO ENTUSIASMADA COM A QUALIDADE DO QUE É PUBLICADO EM SEU BLOG, PRINCIPALMENTE QUANDO O ASSUNTO É DA CIDADE. MEUS PARABENS. FELIZ 2009
RUTH MENEZES
Ezequiel,
Muito bom o texto. Com poucos parágrafos você conseguiu fazer uma breve retrospectiva do ano de 2008. Vamos à luta, pois estás cada vez melhor.
FELIZ 2009!
Abração do primo Renato Senna
Postar um comentário