Paulo Ludovico
"Eta tempo bom aquele, sô!" São muitos os momentos que merecem uma referência dessas. E se formos realmente relembrar, certamente bons tempos de nossas vidas passamos entre os tantos amigos que fizemos na escola. Alguns desses amigos caminham juntos por muitos e muitos anos, outros se perdem na trajetória da vida. Tenho muitas saudades de tantos que vi pela vez última nos tempos da escola, lá num tempo bem longe, quando tínhamos um técnico bom na Seleção Brasileira. Dunga é demais pra meu coração. Cá pra nós, Maicom (é assim que se escreve?) de lateral direito ... é dose! Mas, isso nada tem a ver com nosso caso. Há ainda aqueles que embora se percam no "tracejar" da labuta diária, terminam se encontrando numa curva adiante. Nesse caso, existem muitos, como o Dr. Júlio César, que vai, novamente, protagonizar o nosso caso (ou causo) de hoje. Aconteceu no inesquecível Colégio Batista Conquistense (ficava ali onde funcionou a Real Madeireira, na Siqueira Campos).
Um dos maiores diretores de escola particular que tive a oportunidade de conhecer foi o Dr. Jesiel Norberto (de saudosa memória), pai do querido colega daqueles tempos de Colégio Batista, o Paulo Roberto. Dr. Jesiel, como nós todos, seus alunos, costumávamos chamar, era esposo da ex-vereadora Helita Figueira. Não conheço um só integrante daqueles tempos do Colégio Batista, que não guarde, até hoje, uma admiração profunda por Dr. Jesiel. Enérgico quando precisava ser, carinhoso, na maioria da vezes, e conselheiro sempre. "Um segundo pai", dizia o saudoso Adson Vilas Boas, também aluno do Batista naquela época.
Dr. Jesiel tinha verdadeira adoração pelo Colégio Batista. Gostava de música e realizou um seu sonho à frente da escola: formar entre os próprios alunos uma Banda Marcial. Tenho o maior orgulho de ter participado dela. O diretor trouxe do Espírito Santo, da Banda de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira, o maestro Taveira. Ele ensinou “tudinho” pra nós. Evoluções de cada instrumento, o que cada um deles significava no conjunto, dobrados especiais (vários deles). Treinávamos todos os dias (pra não fazer feio). E chegou a grande data. Sete de setembro. A Banda Marcial do Colégio Batista estava prontinha pra ir às ruas da cidade. E foi. Um sucesso total. Todos nós tocamos como nunca naquele dia. Lembro de alguns colegas que participaram daquela Banda Marcial: Simone Lacerda (hoje advogada), Stênio Bonfim (filho de Honorino do cartório), Martinha (irmã de Naldo, que jogou no Conquista), Adson Vilas Boas (foi Secretário de Turismo de Conquista), Paulo Roberto (filho do Dr. Jesiel), Reginaldo, bom de futebol de salão, que se mudou pra Salvador, Ariovaldo Fernandes (o "Nem Pancinha") e, entre outros, Júlio César Silva Santos, o advogado Júlio César.
A Banda do Batista cresceu tanto que sua fama extrapolou fronteiras (de Conquista, é claro). Havíamos acabado de tocar em Nova Canaã, e o Dr. Jesiel acertou pra tocarmos numa data festiva em Jequié, acho que num mês de outubro, aniversário da cidade. Isso deve ter sido em 71 ou 72. Dois ônibus saíram de Conquista levando todos nós. Em toda a viagem fizemos uma algazarra só, muita coisa boa pra se lembrar. Chegamos ao nosso destino, no finalzinho da tarde. Íamos ficar alojados na AABB. Era tudo o que queríamos, afinal, Conquista com aquele frio de lascar, e Jequié aquele “calorzão” de 40 graus. A AABB certamente deveria ter uma piscina. E tinha. Chegamos, descemos com nossa bagagem (os instrumentos ficaram no bagageiro do ônibus), nos alojamos e depois, é claro, todos dentro da piscina. Inclusive Júlio César (o nosso artista de hoje, velho Flamenguista, aquele mesmo, de outra crônica, que conseguiu tirar uma foto junto com Zico). Pois bem, Júlio César, brincalhão como ele só (até hoje), teve uma idéia, ao ver um de nossos colegas passar com uma sunga branca de bolinhas azuis. Já era umas cinco e meia pra seis horas da tarde quando Júlio, ao meu lado, vê aquela sunguinha branca de bolinhas azuis passar nadando (duas bolinhas redondas acima do nível d'água) a cabeça ia meio mergulhada. E Júlio não teve dó: passou a mão, dedo e tudo na região glútea de nosso colega. Certamente mergulhamos, mas não sem antes ver o Dr. Jesiel (que também usava uma sunga branca de bolinhas azuis), assustadíssimo, interromper o seu nado e ficar procurando qual de nós ousara brincar com ele daquele jeito. Naquele dia, em Jequié, Júlio César certamente bateu o recorde mundial de permanência embaixo d'água. E quando subiu à tona pra respirar, estava do outro lado da piscina, 20 metros distante. Dr, Josiel nunca conseguiu descobrir quem passara a mão na sua retaguarda, digamos assim.
"Eta tempo bom aquele, sô!" São muitos os momentos que merecem uma referência dessas. E se formos realmente relembrar, certamente bons tempos de nossas vidas passamos entre os tantos amigos que fizemos na escola. Alguns desses amigos caminham juntos por muitos e muitos anos, outros se perdem na trajetória da vida. Tenho muitas saudades de tantos que vi pela vez última nos tempos da escola, lá num tempo bem longe, quando tínhamos um técnico bom na Seleção Brasileira. Dunga é demais pra meu coração. Cá pra nós, Maicom (é assim que se escreve?) de lateral direito ... é dose! Mas, isso nada tem a ver com nosso caso. Há ainda aqueles que embora se percam no "tracejar" da labuta diária, terminam se encontrando numa curva adiante. Nesse caso, existem muitos, como o Dr. Júlio César, que vai, novamente, protagonizar o nosso caso (ou causo) de hoje. Aconteceu no inesquecível Colégio Batista Conquistense (ficava ali onde funcionou a Real Madeireira, na Siqueira Campos).
Um dos maiores diretores de escola particular que tive a oportunidade de conhecer foi o Dr. Jesiel Norberto (de saudosa memória), pai do querido colega daqueles tempos de Colégio Batista, o Paulo Roberto. Dr. Jesiel, como nós todos, seus alunos, costumávamos chamar, era esposo da ex-vereadora Helita Figueira. Não conheço um só integrante daqueles tempos do Colégio Batista, que não guarde, até hoje, uma admiração profunda por Dr. Jesiel. Enérgico quando precisava ser, carinhoso, na maioria da vezes, e conselheiro sempre. "Um segundo pai", dizia o saudoso Adson Vilas Boas, também aluno do Batista naquela época.
Dr. Jesiel tinha verdadeira adoração pelo Colégio Batista. Gostava de música e realizou um seu sonho à frente da escola: formar entre os próprios alunos uma Banda Marcial. Tenho o maior orgulho de ter participado dela. O diretor trouxe do Espírito Santo, da Banda de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira, o maestro Taveira. Ele ensinou “tudinho” pra nós. Evoluções de cada instrumento, o que cada um deles significava no conjunto, dobrados especiais (vários deles). Treinávamos todos os dias (pra não fazer feio). E chegou a grande data. Sete de setembro. A Banda Marcial do Colégio Batista estava prontinha pra ir às ruas da cidade. E foi. Um sucesso total. Todos nós tocamos como nunca naquele dia. Lembro de alguns colegas que participaram daquela Banda Marcial: Simone Lacerda (hoje advogada), Stênio Bonfim (filho de Honorino do cartório), Martinha (irmã de Naldo, que jogou no Conquista), Adson Vilas Boas (foi Secretário de Turismo de Conquista), Paulo Roberto (filho do Dr. Jesiel), Reginaldo, bom de futebol de salão, que se mudou pra Salvador, Ariovaldo Fernandes (o "Nem Pancinha") e, entre outros, Júlio César Silva Santos, o advogado Júlio César.
A Banda do Batista cresceu tanto que sua fama extrapolou fronteiras (de Conquista, é claro). Havíamos acabado de tocar em Nova Canaã, e o Dr. Jesiel acertou pra tocarmos numa data festiva em Jequié, acho que num mês de outubro, aniversário da cidade. Isso deve ter sido em 71 ou 72. Dois ônibus saíram de Conquista levando todos nós. Em toda a viagem fizemos uma algazarra só, muita coisa boa pra se lembrar. Chegamos ao nosso destino, no finalzinho da tarde. Íamos ficar alojados na AABB. Era tudo o que queríamos, afinal, Conquista com aquele frio de lascar, e Jequié aquele “calorzão” de 40 graus. A AABB certamente deveria ter uma piscina. E tinha. Chegamos, descemos com nossa bagagem (os instrumentos ficaram no bagageiro do ônibus), nos alojamos e depois, é claro, todos dentro da piscina. Inclusive Júlio César (o nosso artista de hoje, velho Flamenguista, aquele mesmo, de outra crônica, que conseguiu tirar uma foto junto com Zico). Pois bem, Júlio César, brincalhão como ele só (até hoje), teve uma idéia, ao ver um de nossos colegas passar com uma sunga branca de bolinhas azuis. Já era umas cinco e meia pra seis horas da tarde quando Júlio, ao meu lado, vê aquela sunguinha branca de bolinhas azuis passar nadando (duas bolinhas redondas acima do nível d'água) a cabeça ia meio mergulhada. E Júlio não teve dó: passou a mão, dedo e tudo na região glútea de nosso colega. Certamente mergulhamos, mas não sem antes ver o Dr. Jesiel (que também usava uma sunga branca de bolinhas azuis), assustadíssimo, interromper o seu nado e ficar procurando qual de nós ousara brincar com ele daquele jeito. Naquele dia, em Jequié, Júlio César certamente bateu o recorde mundial de permanência embaixo d'água. E quando subiu à tona pra respirar, estava do outro lado da piscina, 20 metros distante. Dr, Josiel nunca conseguiu descobrir quem passara a mão na sua retaguarda, digamos assim.
2 comentários:
Um texto como esse,faz os colegas,conhecidos e amigos - que participaram da vida educacional e social, no então colégio Batista -emocionarem-se fortemente!.Quanto a observação - colégio Batista -Hoje - serraria!!.É a realidade ...,a ser refletida!.J Dean Pereira.
Caro amigo e "irmão" Paulo Ludovico,
Concordo plenamente com tudo dito no primeiro comentário pelo J Dean Pereira. Verdade, é de emocionar fortemente! O amigo Júlio Cesar é merecedor das crônicas pela pessoa humana que é - a da foto com o Zico muito boa, mas esta está simplesmente maravilhosa.
Um abraço,
Ezequiel Sena
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