sábado, 8 de novembro de 2008

Água de Caetité vai passar por nova análise

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O Ministério Público Federal (MPF) decidiu que vai indicar uma equipe técnica independente para fazer nova análise da água de Caetité, na região Sudoeste.

A decisão foi tomada em audiência pública, onde as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) negaram que a contaminação da água por urânio tenha acontecido por causa da exploração do minério, conforme denúncia do grupo ambientalista Greenpeace. A última análise da água no município foi feita pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima.


Participaram da audiência pública representantes da comunidade de Caetité e Lagoa Real, de entidades de proteção do meio ambiente, e das Indústrias Nucleares do Brasil, além do Ministério Público.

Os moradores cobraram explicações sobre a presença de urânio em quantidade acima do tolerável em um poço no distrito de Juazeiro.

A análise da amostra de água apresentou contaminação cinco vezes acima do limite permitido pelo Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente. A denúncia de que a água estaria contaminada por causa da exploração de urânio pela INB foi feita pela organização não-governamental Greenpeace.

Os técnicos que realizaram a análise ainda não sabem dizer se a contaminação foi provocada pela INB ou se é de origem natural, já que há muito urânio no solo da região.

O poço contaminado foi interditado pela Defesa Civil, que também pediu aos moradores que abrissem buracos, onde serão colocados reservatórios com capacidade para 8 mil litros, a serem abastecidos com água de outro lugar.

'Afirmamos, com certeza, que não tem impacto ambiental nas proporções que eles falam. Todos os impactos foram previsíveis', afirma o gerente da INB, Hilton Mantovane.

No final da audiência, ficou definido que novas análises da água serão realizadas por uma equipe de especialistas em meio ambiente indicados pelo Ministério Público Federal.

'Poderá, vez por todas, pôr fim a esse mar de incertezas que envolve o programa nuclear brasileiro, pelo menos aqui na região de Caetité, na Bahia', diz o procurador do Ministério Público Federal, Ramiro Rockenbach.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se é próveniente do solo da região.Por quê, não há dados anterior a instalação da mineração e indústria, comprovando alto índice de cancêres nos moradores da região?!.