segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Barril de pólvora em Conquista


Juscelino Souza, A Tarde
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Vitória da Conquista tem 269 presos em excesso. Um barril de pólvora prestes a explodir. Assim pode ser resumido o sistema prisional do município, a 509 km de Salvador, por causa da recorrente superlotação no Presídio Regional Nilton Gonçalves. Somente para atender à atual demanda por vagas, em vez de apenas um minipresídio – como o anunciado para Conquista, com 48 vagas – seriam necessário pelo menos oito unidades de igual porte.

No sistema prisional de Conquista existem 269 presos a mais, o equivalente, por exemplo, a quase o dobro da capacidade do Nilton Gonçalves. E é nessa unidade, que se assemelha a um depósito de presos, que a situação é mais delicada.

O excedente no presídio é de 133 presos. Atualmente são 272 detentos em iminente risco de fugas e motins ocupando espaço destinado a 139 internos. O diretorgeral do Presídio Regional, Joir Sala, acredita que a saída para o problema é a aplicação de penas alternativas e a construção de novas unidades nos municípios da jurisdição. "Somente numa semana nós recebemos 55 presos que vieram transferidos do Disep, da 1ª Delegacia e do município de Cândido Sales".

Para ele, a construção de minipresídios vai contribuir para desafogar o sistema, apesar de cada uma das três unidades planejadas para o interior prever apenas 48 vagas, em seis celas.

"Vai nos possibilitar fazer a triagem de presos, porém a solução mesmo é a construção de um complexo penal". O minipresídio de Conquista deve ser iniciado em dezembro deste ano, concebido em estrutura pré-moldada, no interior do Presídio Regional Nilton Gonçalves.

Inaugurado em 2001 com capacidade para 268 internos, o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, construído para condenados a regime semi-aberto, aberto e fechado, abriga 519 presos.

O diretor da unidade, major Osíris Moreira Cardoso, afirma que "a construção de um minipresídio com 48 vagas possibilitará uma distribuição racional dos detentos". E só.

A situação prisional em Juazeiro também é crítica e exige atenção por parte das autoridades.

A população quer definições quanto à reforma e construção da nova casa de detenção da cidade, destruída durante rebelião do dia 31 de julho. O Conjunto Penal de Juazeiro tem capacidade para 268 internos, mas abriga 364, com excedente de 96 detentos

Um comentário:

Anônimo disse...

Na verdade o que mais cresce - contrário, ao progresso, o número de empregados - é a quantidade de prêsos!. O pesquisador (RGS), tem razão, V. da Conquista, precisa de uma grande agroindústria. J Dean Pereira.