Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram resultados promissores contra a dengue em um estudo que utiliza a planta Uncaria tormentosa, conhecida popularmente como unha-de-gato.
As pesquisadoras do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz Claire Kubelka e Sônia Reis utilizaram uma técnica inédita de cultivo das células de defesa do organismo. Os resultados iniciais mostram que o princípio ativo da planta medicinal amazônica atua diretamente na produção de citocinas, proteínas ligadas à resposta inflamatória do organismo. Com isso, há uma redução da chance de agravamento da dengue - doença infecciosa febril que pode levar à morte (mais informações nesta página). Só no Estado do Rio, que viveu uma epidemia neste ano, mais de 120 pessoas morreram da doença.
Mas até chegar a ser comercializado, o medicamento ainda tem de passar pela fase de testes em animais, exames toxicológicos e clínicos (em pessoas). Por esse motivo, as pesquisadoras são cautelosas em relação ao resultado inicial. "Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de um remédio natural contra a dengue", afirmou Claire. Atualmente, não existem medicamentos específicos para o tratamento da doença, que é baseado em manter os pacientes hidratados.
Segundo Claire, a unha-de-gato é uma das substâncias que apresentaram resultado promissor para inibir a gravidade da dengue. "É onde estamos com a pesquisa mais adiantada e patenteada. As outras ainda estão sob sigilo", acrescentou.
Claire também alertou que a planta não é eficaz para prevenir a dengue, mas sim evitar o agravamento da doença. "Temos de ter cuidado para que não saiam ingerindo a Uncaria, porque ela pode ter efeito tóxico ou exacerbar alguma resposta prejudicial."
A pesquisa, que começou há quatro anos, resultou na tese de doutorado de Sônia Reis. "A vacina está em estágio mais adiantado, o que não impede que estudemos a possibilidade de criar um medicamento paralelamente", afirmou Claire. O artigo foi publicado na revista científica International Immunofarmacology.
Outra pesquisa, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP), também está buscando a criação de um medicamento que seria capaz de controlar a infecção pelo vírus da dengue.
O estudo, também iniciado há quatro anos, conseguiu inibir a replicação do vírus, protegendo as células contra a infecção.
DENGUE
O que é: Doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso depende de fatores como o tipo de vírus, infecção anterior e existência de doenças crônicas
Sintomas: O doente pode ter febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar nenhum sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e vômitos podem ser sinal de dengue hemorrágica
Transmissão: A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
Tratamento: Deve-se ingerir muito líquido e evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, como aspirina, pois aumentam o risco de hemorragias
Do Estadão
As pesquisadoras do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz Claire Kubelka e Sônia Reis utilizaram uma técnica inédita de cultivo das células de defesa do organismo. Os resultados iniciais mostram que o princípio ativo da planta medicinal amazônica atua diretamente na produção de citocinas, proteínas ligadas à resposta inflamatória do organismo. Com isso, há uma redução da chance de agravamento da dengue - doença infecciosa febril que pode levar à morte (mais informações nesta página). Só no Estado do Rio, que viveu uma epidemia neste ano, mais de 120 pessoas morreram da doença.
Mas até chegar a ser comercializado, o medicamento ainda tem de passar pela fase de testes em animais, exames toxicológicos e clínicos (em pessoas). Por esse motivo, as pesquisadoras são cautelosas em relação ao resultado inicial. "Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de um remédio natural contra a dengue", afirmou Claire. Atualmente, não existem medicamentos específicos para o tratamento da doença, que é baseado em manter os pacientes hidratados.
Segundo Claire, a unha-de-gato é uma das substâncias que apresentaram resultado promissor para inibir a gravidade da dengue. "É onde estamos com a pesquisa mais adiantada e patenteada. As outras ainda estão sob sigilo", acrescentou.
Claire também alertou que a planta não é eficaz para prevenir a dengue, mas sim evitar o agravamento da doença. "Temos de ter cuidado para que não saiam ingerindo a Uncaria, porque ela pode ter efeito tóxico ou exacerbar alguma resposta prejudicial."
A pesquisa, que começou há quatro anos, resultou na tese de doutorado de Sônia Reis. "A vacina está em estágio mais adiantado, o que não impede que estudemos a possibilidade de criar um medicamento paralelamente", afirmou Claire. O artigo foi publicado na revista científica International Immunofarmacology.
Outra pesquisa, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP), também está buscando a criação de um medicamento que seria capaz de controlar a infecção pelo vírus da dengue.
O estudo, também iniciado há quatro anos, conseguiu inibir a replicação do vírus, protegendo as células contra a infecção.
DENGUE
O que é: Doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso depende de fatores como o tipo de vírus, infecção anterior e existência de doenças crônicas
Sintomas: O doente pode ter febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar nenhum sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e vômitos podem ser sinal de dengue hemorrágica
Transmissão: A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
Tratamento: Deve-se ingerir muito líquido e evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, como aspirina, pois aumentam o risco de hemorragias
Do Estadão
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