segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Garoto de 9 anos de Conquista lança primeiro livro


Juscelino Souza, A Tarde

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O pequeno Caio Lobo é fera e não é por causa do sobrenome, herdado da tia e do avô paterno, ambos escritores. A diferença entre ele e os meninos da sua idade é que, segundo familiares, chegou aos 9 anos com a marca de 431 publicações lidas, na biblioteca do pai, entre livros e revistas infantis. Ele começou a ler aos 6 anos e não parou mais. Para completar, o devorador de livros acaba de lançar "Mistério em Ratolândia", obra executada pela paulista K2 Editora.

Natural de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, o tímido escritor conta que construiu a história em torno de alguns personagens extraídos da sua imaginação e de livros e revistas em quadrinhos. Alguns deles saltaram das páginas do best-seller "Quem mexeu no meu queijo", de Spencer Johnson, e dos quadrinhos de Maurício de Sousa. Assim nasceram os “ratinhos” Pedro, Marcelo, Júnior e Roberto. “Os nomes, eu mesmo escolhi, mas só um deles é de verdade”, conta Caio, referindo-se à homenagem ao primo Pedro. O livro tem 33 páginas escritas, segundo ele, em três dias.

Leitor assíduo de jornais e revistas, em casa ou na escola, onde cursa a 3ª série do ensino fundamental, Caio conta que "Mistério em Ratolândia" é um livro cheio de ilustrações coloridas e conta a história de quatro ratinhos que foram eleitos por um prefeito para desvendar um mistério na imaginária cidade.

O lançamento do livro, que é voltado para o público infanto-juvenil, aconteceu na segunda edição da Noite de Autógrafos, promovida pelo Educandário Padre Gilberto, no final de novembro, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.

“Comecei a ler na alfabetização. Lia muitas revistas em quadrinhos e livros infantis, como as fábulas, cordéis, piadas e coleções”. As publicações que mais lhe chamaram a atenção foram "Asterix e Obelix"; "Quem mexeu no meu queijo"; "Super Bebê Fraldinha", e "Capitão Cueca".

O pai de Caio, José Eduardo Silva, confirmou que o interesse pela escrita partiu da criança, que gosta muito de ler e se sentiu estimulada com a participação no Projeto Noite de Autógrafos. “Este evento incentiva a criança a ler, porque no Brasil o índice de leitura é pequeno. E essa é uma forma de o colégio desenvolver novos talentos”, afirmou.

“Nosso objetivo é despertar o gosto e o hábito da leitura, valorizando a literatura em suas diferentes formas de expressão e promovendo o desenvolvimento intelectual”, explica a coordenadora do projeto, a pedagoga Cleidy Márcia Maciel. O projeto envolve as séries do ensino fundamental I da instituição e é dividido em três fases. Nas duas primeiras, os estudantes são estimulados a ler e escrever textos em oficinas.

Na terceira e última etapa, é selecionado um texto de cada aluno para compor o livro Histórias Fantásticas, produzido pela escola, que é entregue aos escritores e seus responsáveis na Noite de Autógrafos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Encantador o dom desse garoto. Uma criança acima da média em relação a maioria que tem a sua idade. Realmente é um abençoado!

Parabéns ao Juscelino Souza pela grandeza dos detalhes do artigo/reportagem.

Ezequiel Sena