terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Direto da Praça


A praça e a política internacional

O Presidente Bush declarou há poucos dias que não estava preparado para a guerra do Iraque e que só entrou naquele pepino porque o serviço de inteligência americana informou que no país de Sadam havia armas nucleares. Os velhinhos da Praça estão impressionados com a estultice de Mr. Bush. Mais ainda: com a falta de cultura de Condoleezza Rice, a mulher forte do seu governo. Quer dizer que dona Condoleezza nunca ouviu dizer que a história de todo país invasor é se arrebentar no país invadido? Desde os mais remotos tempos a história conta que quem invade só faz se estrepar. Quando Otávio mandou suas legiões invadirem a Galiléia e a Judéia não deu outra: A todo o momento morria soldado romano. Pilatos, que era o Governador de César naquela malfadada operação, pediu a Otávio para se mandar o mais rápido possível dali, pois aquela região era “boca quente”. Claro que Pilatos não usou esta expressão, mas foi algo equivalente a isso o que ele falou.


Repetindo: Dona Condoleezza Rice, ex-reitora de Harvard me surpreendeu. Como é que uma pessoa com a cultura dela, não teve competência para alertar o Sr. Bush que a história sempre demonstrou que invadir país e ficar lá dentro é idiotice. Os holandeses que nos invadiram no século 17, tomaram tanta porrada que em menos de 30 anos resolveram se mandar (claro que só saíram depois da grande sova que tomaram em Guararapes).

Se eu fosse conselheiro de Bush, diria ao presidente: O senhor quer bagunçar o Iraque, faça como os seus antecessores faziam na América Latina. Arranje um monte de oficiais da direita naquele país, dê a eles os recursos necessários e eles farão o serviço para derrubar o presidente eleito pelo voto popular (aqui no Brasil quem dançou foi João Goulart. No Chile, o presidente Allende). Os Estados Unidos, com o auxílio luxuoso da Cia., gastaram pouco e ainda ficaram de cara grande dizendo que não tiveram nada a ver com a derrubada desses dois governos. Ah, ah,

Da política Estadual

Na praça os velhinhos estão impressionados com o surgimento desse ministro da integração nacional. Um deles estava comentando e eu anotei e resumi o que foi dito:

“O Ministro Gedel não está dando trégua ao Governador Wagner. Todo dia manda um recado e fica do outro lado da linha esperando o rebuliço que sua fala provoca nas hostes do PT. É uma pena que este Partido [PT] não tenha mais o ânimo de guerra que possuía antigamente. Depois que o presidente Lula disse que agora era Lulinha Paz e Amor, parece-me que as fileiras do partido resolveram incorporar a orientação do grande líder e deixar as coisas correrem soltas para ver no final como serão acomodadas”.

“O fato é que a Bahia precisa rever a sua história. O que aconteceu conosco? Um Estado como o nosso merecia coisa melhor. Até quando teremos à nossa frente governadores de Estado tão fracos? Por que nos maltrataram tanto nos últimos sessenta anos? Depois de Otávio e João Mangabeira, o que se sente é que nunca mais a Bahia teve gente à sua altura. È uma lástima. Estamos na linha de frente em tudo o que não presta: Mortalidade infantil, desemprego, baixa escolaridade, renda per capita, violência, índice de desenvolvimento humano, etc., etc. Triste Bahia. E ainda aparece Gedel”. Depois dessa fui embora, rumo ao Bar de Saruê, tomar um caldo de cana com Anderson.

2 comentários:

Anônimo disse...

Até o povo aprender a VOTAR.
Ate...

Anônimo disse...

Bem lembrado - a politíca americana e a América Latina, em décadas passadas!.