As cinco lojas de departamento da rede C&A instaladas em Salvador serão embargadas nesta quarta-feira, 3, pela Coordenadoria de Defesa do Consumidor de Salvador (Codecon). A ação se deve à redução do parcelamento, sem juros, das compras no cartão de crédito C&A, de cinco para três vezes, sem que os clientes fossem avisados com antecedência.
O embargo administrativo dá três dias para que a empresa faça o aviso formalmente, através de meios de comunicação de massa ou via correspondência individual. Caso a direção da empresa não cumpra a medida no tempo determinado pela Codecon, as lojas correm o risco de ter as portas fechadas por 72 horas e sofrer novas sanções. A C&A ainda terá de pagar multas que vão de R$ 50 mil a R$ 80 mil por loja.
“Eles alegaram que no interior dos estabelecimentos há cartazes anunciado o novo parcelamento. Mas isso não vale, porque o consumidor vai às lojas com uma intenção de compra e, chegando lá, é pego de surpresa”, disse o coordenador da Codecon, Magid Dracoulakis. Ele afirma que, além da falta de aviso prévio aos consumidores, a C&A cometeu quebra de contrato, ferindo assim o Código de Defesa do Consumidor.
“Isso é no mínimo uma falta de respeito com o consumidor. Imagine quantas pessoas podem passar constrangimento ao descobrir, somente no caixa, que não podem mais parcelar suas compras em cinco vezes?”, questiona a cliente da loja Doris Santana, 22 anos. Ela adianta que, depois da notícia, vai preferir usar outros cartões de crédito quando for às compras na C&A. A mudança na forma de parcelamento da loja também foi surpresa para a profissional de marketing, Iara Matos, 61 anos. “Não vi nada a respeito disso na mídia. Cheguei aqui sem saber. Acho que eles vão perder muito em venda”, avaliou a consumidora.
Magid Dracoulakis afirma que, com a redução do poder de compra, os planos dos clientes da empresa ficaram prejudicados, principalmente com a aproximação das festas de fim de ano. Ele informou que a gerência de uma das lojas da C&A apresentou como justificativas para a redução do parcelamento das compras, a alta inadimplência e os eventuais efeitos da crise internacional nas administradoras de cartão de crédito. “Eles se aproveitaram de uma crise financeira, cujas repercussões no Brasil ainda são pequenas, para tentar angariar lucros em pleno período natalino, quando as vendas se multiplicam”, disse.
Devido à irregularidade, as lojas do Salvador Shopping, Avenida Sete de Setembro e dos shoppings Piedade, Barra e Iguatemi foram autuadas pela Codecon no último dia 27, a partir de quando tiveram a primeira chance de fazer o anúncio público sobre a mudança no parcelamento. Além da C&A, a administradora de cartão de crédito Ibi também responderá aos autos, por ser “responsável solidária” da rede. A TARDE tentou falar com os responsáveis pela C&A no Brasil, mas até as 19 horas desta terça-feira (2), não obteve resposta.
Débora Alcântara, do A TARDE
O embargo administrativo dá três dias para que a empresa faça o aviso formalmente, através de meios de comunicação de massa ou via correspondência individual. Caso a direção da empresa não cumpra a medida no tempo determinado pela Codecon, as lojas correm o risco de ter as portas fechadas por 72 horas e sofrer novas sanções. A C&A ainda terá de pagar multas que vão de R$ 50 mil a R$ 80 mil por loja.
“Eles alegaram que no interior dos estabelecimentos há cartazes anunciado o novo parcelamento. Mas isso não vale, porque o consumidor vai às lojas com uma intenção de compra e, chegando lá, é pego de surpresa”, disse o coordenador da Codecon, Magid Dracoulakis. Ele afirma que, além da falta de aviso prévio aos consumidores, a C&A cometeu quebra de contrato, ferindo assim o Código de Defesa do Consumidor.
“Isso é no mínimo uma falta de respeito com o consumidor. Imagine quantas pessoas podem passar constrangimento ao descobrir, somente no caixa, que não podem mais parcelar suas compras em cinco vezes?”, questiona a cliente da loja Doris Santana, 22 anos. Ela adianta que, depois da notícia, vai preferir usar outros cartões de crédito quando for às compras na C&A. A mudança na forma de parcelamento da loja também foi surpresa para a profissional de marketing, Iara Matos, 61 anos. “Não vi nada a respeito disso na mídia. Cheguei aqui sem saber. Acho que eles vão perder muito em venda”, avaliou a consumidora.
Magid Dracoulakis afirma que, com a redução do poder de compra, os planos dos clientes da empresa ficaram prejudicados, principalmente com a aproximação das festas de fim de ano. Ele informou que a gerência de uma das lojas da C&A apresentou como justificativas para a redução do parcelamento das compras, a alta inadimplência e os eventuais efeitos da crise internacional nas administradoras de cartão de crédito. “Eles se aproveitaram de uma crise financeira, cujas repercussões no Brasil ainda são pequenas, para tentar angariar lucros em pleno período natalino, quando as vendas se multiplicam”, disse.
Devido à irregularidade, as lojas do Salvador Shopping, Avenida Sete de Setembro e dos shoppings Piedade, Barra e Iguatemi foram autuadas pela Codecon no último dia 27, a partir de quando tiveram a primeira chance de fazer o anúncio público sobre a mudança no parcelamento. Além da C&A, a administradora de cartão de crédito Ibi também responderá aos autos, por ser “responsável solidária” da rede. A TARDE tentou falar com os responsáveis pela C&A no Brasil, mas até as 19 horas desta terça-feira (2), não obteve resposta.
Débora Alcântara, do A TARDE
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