MERCADO Com o crédito escasso e o consumidor mais cauteloso, as vendas e a produção no setor despencaram
AGÊNCIAS FOLHAPRESS E O GLOBO
São Paulo
Início de demissões, acúmulo de 305 mil veículos parados nos pátios por conta da queda nas vendas internas e freio na produção
Em outubro, o setor já havia registrado retração, embora mais modesta.
Redução no nível de crédito, maior dificuldade de venda de carros usados – que serve de entrada para o veículo novo – e perda de confiança do consumidor na economia, associados à crise global, são os fatores apontados pelo presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider, para explicar o tombo no setor.
"Foi uma freada muito forte a partir de outubro. Podemos considerar que o ano, para nós, foi até setembro. Depois o quadro virou outro’’, disse Schneider, referindose aos resultados do setor nos nove primeiros meses do ano – que devem garantir que 2008 seja recorde de vendas e produção. No mês passado, pela primeira vez no ano, o nível de empregos caiu na indústria – 480 vagas foram perdidas. "Em última análise, quem faz o emprego é o consumidor. As vendas precisam ser reativadas para a produção continuar’’, diz o presidente da Anfavea.
CRÉDITO –A injeção de R$ 4 bilhões do Banco do Brasil e outros R$ 4 bilhões da Nossa Caixa nas financeiras das montadoras para aliviar o crédito no mercado automotivo fez pouco até aqui para reaquecer as vendas. Segundo Schneider, metade do montante oferecido pelo BB já foi liberada, mas os recursos da Nossa Caixa não chegaram na ponta. Ainda assim, diz, já é possível sentir alguma melhora no mercado, especialmente nos primeiros dias de dezembro.
Com o resultado de outubro e novembro, a Anfavea decidiu revisar pela primeira vez as projeções de desempenho para 2008.
A entidade prevê agora que o mercado interno deverá absorver 2,815 milhões de veículos, contra 3,060 milhões na projeção anterior, o que representará acréscimo de 14,3% em relação a 2007.
A expectativa de produção caiu de 3,425 milhões para 3,240 milhões -8,8% de alta. Já o volume exportado deve ficar em 720 mil unidades, contra 780 mil inicialmente previstas.
O segmento mais atingido pela redução das vendas foi o de carros populares, cuja comercialização caiu 24,2% em novembro ante outubro. Os populares (com motores até 1 mil cilindradas) já representaram quase 60% das vendas das montadoras, mas, no mês passado essa participação caiu para 46,2% do total de veículos vendidos no país.
A Anfavea, porém, afirma que os investimentos de US$ 23 bilhões da indústria automotiva para ampliar a capacidade de produção até 2011 serão mantidos, mesmo com a retração nas vendas. "O Brasil tem condições de ter um bom mercado’’, diz Schneider.
Quanto as demissões no setor, que já começam a preocupar os sindicatos de trabalhadores, Schneider disse que a “indústria vai fazer o máximo para não demitir”, mas lembrou que quem garante o o posto de trabalho dos empregados das montadoras são os consumidores. Ele lembrou ainda que as concessões de férias coletivas pelas indústrias é uma de evitar mais dispensas.
AGÊNCIAS FOLHAPRESS E O GLOBO
São Paulo
Início de demissões, acúmulo de 305 mil veículos parados nos pátios por conta da queda nas vendas internas e freio na produção
Em outubro, o setor já havia registrado retração, embora mais modesta.
Redução no nível de crédito, maior dificuldade de venda de carros usados – que serve de entrada para o veículo novo – e perda de confiança do consumidor na economia, associados à crise global, são os fatores apontados pelo presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider, para explicar o tombo no setor.
"Foi uma freada muito forte a partir de outubro. Podemos considerar que o ano, para nós, foi até setembro. Depois o quadro virou outro’’, disse Schneider, referindose aos resultados do setor nos nove primeiros meses do ano – que devem garantir que 2008 seja recorde de vendas e produção. No mês passado, pela primeira vez no ano, o nível de empregos caiu na indústria – 480 vagas foram perdidas. "Em última análise, quem faz o emprego é o consumidor. As vendas precisam ser reativadas para a produção continuar’’, diz o presidente da Anfavea.
CRÉDITO –A injeção de R$ 4 bilhões do Banco do Brasil e outros R$ 4 bilhões da Nossa Caixa nas financeiras das montadoras para aliviar o crédito no mercado automotivo fez pouco até aqui para reaquecer as vendas. Segundo Schneider, metade do montante oferecido pelo BB já foi liberada, mas os recursos da Nossa Caixa não chegaram na ponta. Ainda assim, diz, já é possível sentir alguma melhora no mercado, especialmente nos primeiros dias de dezembro.
Com o resultado de outubro e novembro, a Anfavea decidiu revisar pela primeira vez as projeções de desempenho para 2008.
A entidade prevê agora que o mercado interno deverá absorver 2,815 milhões de veículos, contra 3,060 milhões na projeção anterior, o que representará acréscimo de 14,3% em relação a 2007.
A expectativa de produção caiu de 3,425 milhões para 3,240 milhões -8,8% de alta. Já o volume exportado deve ficar em 720 mil unidades, contra 780 mil inicialmente previstas.
O segmento mais atingido pela redução das vendas foi o de carros populares, cuja comercialização caiu 24,2% em novembro ante outubro. Os populares (com motores até 1 mil cilindradas) já representaram quase 60% das vendas das montadoras, mas, no mês passado essa participação caiu para 46,2% do total de veículos vendidos no país.
A Anfavea, porém, afirma que os investimentos de US$ 23 bilhões da indústria automotiva para ampliar a capacidade de produção até 2011 serão mantidos, mesmo com a retração nas vendas. "O Brasil tem condições de ter um bom mercado’’, diz Schneider.
Quanto as demissões no setor, que já começam a preocupar os sindicatos de trabalhadores, Schneider disse que a “indústria vai fazer o máximo para não demitir”, mas lembrou que quem garante o o posto de trabalho dos empregados das montadoras são os consumidores. Ele lembrou ainda que as concessões de férias coletivas pelas indústrias é uma de evitar mais dispensas.
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