Por Ezequiel Sena
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Algumas vezes fico imaginando como o efeito que certas frases têm sobre nossas vidas; o modismo acontece de uma hora para outra e de onde menos se espera. Uma simples expressão ou frase é o suficiente para mudar hábitos e influenciar radicalmente a maneira de falar, agir, divertir, ou talvez até o pensar das pessoas –, ver o caso dos bordões de esquetes televisivos ou de rádio. O humor é como um espelho reflete idéias, valores, opiniões, crenças de uma época ou ocasião da vida cotidiana. O Chico Anísio, o Jô Soares e outros humoristas sempre lançaram mão desses recursos para fazer humor e enriquecer seus programas. Do mesmo jeito que a mídia utiliza-se da charge para ilustrar e caricaturar um político ou alguém que esteja em evidência.
Embora o bordão tenha vida curta, mas o resultado às vezes é devastador ou pode tão-somente ser educativo. Normalmente conviver com ele é muito engraçado. É o caso da atriz Katiúscia Canoro – a esfuziante e atrapalhada Lady Kate, do programa Zorra Total; – que se tornou presença obrigatória nas noites de sábado. Esperar para assistir ao quadro de Lady Kate virou mania nacional, especialmente pelo famosíssimo “Tô pagano!” Um bordão que poderia ser apenas mais um chavão, no entanto, ganhou contornos de bandeira explícita na boca do povo. Esse bordão, mesmo falado propositalmente de forma coloquial, virou sucesso em todos os cantos do país.
É inegável que nos últimos anos tem surgido uma geração de comediantes talentosos – mas a Lady Kate e o seu “Tô pagano”, no momento, é insuperável! – quem ainda não viu tem que ver, pois já está passando da hora. É o testemunho vivo do poder do capital manifestado de forma crítica e bem humorada sobre aquilo que se paga. Uma maneira lógica e irônica de exigir qualidade pelo que se adquiriu e que, nem sempre, esse direito é respeitado.
Na política, o “Tô pagano” deveria prevalecer sob todos os pontos de vistas, o prefeito pode até se vangloriar afirmando que transformou a cidade em um canteiro de obras, porém a conta não foi paga por ele. Da mesma forma que o vereador, o deputado, o senador se envaidecem por terem viabilizado certos benefícios para a comunidade, entretanto eles não são donos de nada, muito menos do erário público. Até mesmo que tenham influenciado no direcionamento da verba, ainda assim, não podem dizer: fiz isso ou fiz aquilo! Hoje em dia o cidadão consegue discernir sem rodeios o certo do errado, pois ele é quem paga a conta. O político apenas gerencia.
O bordão quando pega é pra valer! A juventude incorpora isso sem dificuldades; o ineditismo se propaga em seu vasto vocabulário que lhes dá crédito em conversas e brincadeiras nos finais de semana: O “Tô pagano” se tornou hábito no linguajar da turma. Apenas estas duas palavrinhas são suficientes para trazer ao cotidiano uma carga imensa de censura e irreverência. Na verdade, é uma variação simples do nosso jeito de cobrar, reclamar ou exigir de forma direta e objetiva. E por que não! – o “Tô pagano” serve ainda para acalmar e consolar os aflitos, afugentar as tristezas e aliviar os sentimentos daqueles que estão pelos cantos sofrendo a dor de uma desilusão!
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Algumas vezes fico imaginando como o efeito que certas frases têm sobre nossas vidas; o modismo acontece de uma hora para outra e de onde menos se espera. Uma simples expressão ou frase é o suficiente para mudar hábitos e influenciar radicalmente a maneira de falar, agir, divertir, ou talvez até o pensar das pessoas –, ver o caso dos bordões de esquetes televisivos ou de rádio. O humor é como um espelho reflete idéias, valores, opiniões, crenças de uma época ou ocasião da vida cotidiana. O Chico Anísio, o Jô Soares e outros humoristas sempre lançaram mão desses recursos para fazer humor e enriquecer seus programas. Do mesmo jeito que a mídia utiliza-se da charge para ilustrar e caricaturar um político ou alguém que esteja em evidência.
Embora o bordão tenha vida curta, mas o resultado às vezes é devastador ou pode tão-somente ser educativo. Normalmente conviver com ele é muito engraçado. É o caso da atriz Katiúscia Canoro – a esfuziante e atrapalhada Lady Kate, do programa Zorra Total; – que se tornou presença obrigatória nas noites de sábado. Esperar para assistir ao quadro de Lady Kate virou mania nacional, especialmente pelo famosíssimo “Tô pagano!” Um bordão que poderia ser apenas mais um chavão, no entanto, ganhou contornos de bandeira explícita na boca do povo. Esse bordão, mesmo falado propositalmente de forma coloquial, virou sucesso em todos os cantos do país.
É inegável que nos últimos anos tem surgido uma geração de comediantes talentosos – mas a Lady Kate e o seu “Tô pagano”, no momento, é insuperável! – quem ainda não viu tem que ver, pois já está passando da hora. É o testemunho vivo do poder do capital manifestado de forma crítica e bem humorada sobre aquilo que se paga. Uma maneira lógica e irônica de exigir qualidade pelo que se adquiriu e que, nem sempre, esse direito é respeitado.
Na política, o “Tô pagano” deveria prevalecer sob todos os pontos de vistas, o prefeito pode até se vangloriar afirmando que transformou a cidade em um canteiro de obras, porém a conta não foi paga por ele. Da mesma forma que o vereador, o deputado, o senador se envaidecem por terem viabilizado certos benefícios para a comunidade, entretanto eles não são donos de nada, muito menos do erário público. Até mesmo que tenham influenciado no direcionamento da verba, ainda assim, não podem dizer: fiz isso ou fiz aquilo! Hoje em dia o cidadão consegue discernir sem rodeios o certo do errado, pois ele é quem paga a conta. O político apenas gerencia.
O bordão quando pega é pra valer! A juventude incorpora isso sem dificuldades; o ineditismo se propaga em seu vasto vocabulário que lhes dá crédito em conversas e brincadeiras nos finais de semana: O “Tô pagano” se tornou hábito no linguajar da turma. Apenas estas duas palavrinhas são suficientes para trazer ao cotidiano uma carga imensa de censura e irreverência. Na verdade, é uma variação simples do nosso jeito de cobrar, reclamar ou exigir de forma direta e objetiva. E por que não! – o “Tô pagano” serve ainda para acalmar e consolar os aflitos, afugentar as tristezas e aliviar os sentimentos daqueles que estão pelos cantos sofrendo a dor de uma desilusão!
2 comentários:
Ezequiel,
A analogia entre o bordão "Tô pagano" e 'quem paga a conta' foi uma comparação correta.O artigo fugiu ao aniversário da cidade, uma vez que quase todos os colunistas escreveram sobre o assunto. Voce fugiu ao tema e foi feliz.
Abraços
J.P.Camillo Neri
Cada vez que leio o textos de Ezequiel observo uma sutileza nos pontos que atingem o ser humano. Você realmente tem toda razão o nosso dia-a-dia e repleto de coisas que são criadas espontaneamente, mas isso é o viver. De forma diferente não teria graça..! Mais uma vez parabéns pelas belas maravilhas que você tem proporcionado aos leitores.
Marinaldo Vaz
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