Paulo Pires (*)
A comarca Vitória da Conquista
Cravada quase ao meridional baiano
Divide-se pela Serra do Periperi
E vive como uma Jibóia que opera
Sobre a Cabeceira de uma cama
Construída por pedras que pularam
De fragmentos que espocaram
Do solo explosivo e ferroso
Núcleo central das Minas Gerais
De longe se toma um susto
Com o último braço da Serra Geral
Mas é por dentro quando se lhe percorre
Que se tem a dimensão da integridade física
Sua natureza artística, cultura humana.
Espaço florido, beleza social
A história diz que o centro
Começava com a Rua Grande
Que sem explicação nenhuma
Plantaram ao meio um casario leviano
Algumas paisagens não podem mais ser vistas
Porque lhe cortam o horizonte
Ferro, pedra e cimento armado.
Ainda assim, dá prá ver ao longe.
O sol pousando no Remanso
Com tintas de laranja, anilina.
Harmonizando o canto vespertino
Do pato do mato no aquático das Bateias
E as flores, que vem de outra Lagoa
Somam-se ao gravatá, ao lodo e coroas de frade
Para o presépio do dia de Natal
Na serra há calombos,
Verdadeiros pontos de ônibus
Dos vários animais silvestres
Homens de cimento Cajaíba, parados.
Que de cima do Planalto tocam violas
Com cordas de arame farpado.
Há também Dão Barros,
Velho bardo de cantigas amorosas, sentimentais.
Silvio Jessé e todos os agrestes, unhas de gato,
Muito espinho
Cuia, gibão, farinha.
E o que restou da grande seca do noventinha
Couro de cangalha velha
Sapato de osso, faca, prosa na cozinha.
Correias, Pedrais, silêncio, musicais.
Moça, mulher, homens, ruas, becos e terminais.
Germinam sussurros noturnos, madrigais.
Peixe, pássaro, borboletas, marginais.
A cidade diversa, crescida, rediviva.
Pelas mãos de Fontes, cada dia, cada dia mais!
Cravada quase ao meridional baiano
Divide-se pela Serra do Periperi
E vive como uma Jibóia que opera
Sobre a Cabeceira de uma cama
Construída por pedras que pularam
De fragmentos que espocaram
Do solo explosivo e ferroso
Núcleo central das Minas Gerais
De longe se toma um susto
Com o último braço da Serra Geral
Mas é por dentro quando se lhe percorre
Que se tem a dimensão da integridade física
Sua natureza artística, cultura humana.
Espaço florido, beleza social
A história diz que o centro
Começava com a Rua Grande
Que sem explicação nenhuma
Plantaram ao meio um casario leviano
Algumas paisagens não podem mais ser vistas
Porque lhe cortam o horizonte
Ferro, pedra e cimento armado.
Ainda assim, dá prá ver ao longe.
O sol pousando no Remanso
Com tintas de laranja, anilina.
Harmonizando o canto vespertino
Do pato do mato no aquático das Bateias
E as flores, que vem de outra Lagoa
Somam-se ao gravatá, ao lodo e coroas de frade
Para o presépio do dia de Natal
Na serra há calombos,
Verdadeiros pontos de ônibus
Dos vários animais silvestres
Homens de cimento Cajaíba, parados.
Que de cima do Planalto tocam violas
Com cordas de arame farpado.
Há também Dão Barros,
Velho bardo de cantigas amorosas, sentimentais.
Silvio Jessé e todos os agrestes, unhas de gato,
Muito espinho
Cuia, gibão, farinha.
E o que restou da grande seca do noventinha
Couro de cangalha velha
Sapato de osso, faca, prosa na cozinha.
Correias, Pedrais, silêncio, musicais.
Moça, mulher, homens, ruas, becos e terminais.
Germinam sussurros noturnos, madrigais.
Peixe, pássaro, borboletas, marginais.
A cidade diversa, crescida, rediviva.
Pelas mãos de Fontes, cada dia, cada dia mais!
Um comentário:
Paulo,
Voce como sempre, escreve muito bem,este texto mim lembra o seu sorriso.
Te ...
até.
Postar um comentário