quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Em 2030, média será de 40 anos na Bahia


Você imagina como estará a população da Bahia daqui a aproximadamente 20 anos? Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os baianos terão em média 40 anos. As mulheres vão ter menos filhos e a população chegará a mais de 16milhões de habitantes, dois milhões a mais do que agora.

A estimativa de crescimento da população foi divulgada nesta quinta-feira (27).

O ritmo de crescimento da população baiana diminuiu nos últimos 20 anos. Segundo o IBGE, em 1980 éramos 9,5 milhões de pessoas. Hoje, somos 14,5 milhões. Para 2030, o aumento será de apenas dois milhões.


O principal motivo para essa redução do crescimento populacional é a baixa fecundidade, ou seja, assim como no restante do Brasil, a mulher baiana tem cada vez menos filhos.

A entrada no mercado de trabalho e o acesso a meios contraceptivos provocaram essa mudança. Na década de 80, as mulheres baianas tinham, em média, 7,2 filhos. Em 2008, essa média caiu para 1,8. A projeção para 2030 é ainda menor, cada mulher vai ter 1,5 filho.

Os dados mostram ainda que a população está envelhecendo. Se na década de 80, a maior parte das pessoas estava na faixa dos 20 anos, agora está na dos 28. Em 2030, a maioria estará na faixa dos 40 anos.

‘A nossa população estará dividida entre aqueles com menos e com mais de 40 anos de idade, o que tirará da gente a condição de um país e de um estado jovem passando à condição de um estado maduro, tendendo ao envelhecimento’, explica o coordenador do IBGE, Jailson Rodrigues.

Segundo o demógrafo José Ribeiro, essa mudança de perfil da população tem pontos positivos e negativos. ‘Tem impactos positivos na área da saúde e na área da atenção materna e infantil. Por outro lado, com o envelhecimento da população, e pelo fato de a gente ter 85% dos idosos sem plano de saúde, haverá uma grande pressão no SUS, sobretudo pelo perfil de doença da população idosa’, explica.

Na casa do técnico em informática Ivan Neto, os gastos são altos para manter dona Lúcia, 80 anos, e dona Yara, 79. ‘De R$ 1.500 a R$ 2 mil mensais com medicamento, locomoção e consultas’, conta.

Para dona Yara, algo deve ser feito agora para garantir melhores condições aos futuros idosos, uma vez que a expectativa de vida para 2030 é de 82 anos, dez a mais que a atual. ‘Se hoje é difícil envelhecer nesse país, imagine daqui a 20 anos. O que será do idoso?’ preocupa-se.

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