sábado, 8 de novembro de 2008

Academia do Papo


Cidadão conquistense

Estive nesta feira (07/11/2008), no Clube Social Conquista para acompanhar a entrega do Titulo de Cidadão Conquistense. Diversas personalidades do nosso mundo político, cultural, educacional, empresarial e social foram contempladas. Uma dessas, aliás, muito merecido, foi o Prefeito Jose Raimundo Fontes. Minha presença ao evento se deu pelo fato de minha irmã Isabel ter sido também agraciada. O evento foi razoavelmente organizado, apresentando aqui e ali pequenos senões quanto à concepção e desenvolvimento, aqui não merecedores de comentários.


Enquanto o evento se desenrolava, fiquei ao lado do jornalista Paulo Nunes. Eu falador, ele mais ainda, entramos num papo analítico sobre a organização do evento. Daí em diante a conversa rolou para os mais variados assuntos. Em seguida chegou o Professor-Coronel Esmeraldino Correia (candidato a prefeito no último pleito) e aí a coisa aumentou de volume. Enveredamos por uma conversa que parecia não ter fim. Esmeraldino entusiasmado com a votação obtida na eleição de outubro último, disse estar se preparando para novas surtidas no campo político. Ouvimos atentamente suas palavras e de minha parte disse-lhe que ele está certíssimo. Trata-se de um filho da terra (e não só por isso), com experiência profissional diversa e ainda por cima dotado de qualidades morais inquestionáveis. Portanto, um cidadão, um político com respeitabilidade e direito de colocar abertamente seu nome para apreciação da cidade e região. Excelente candidato a deputado estadual (pensei cá comigo!).

A região sudoeste tem um eleitorado beirando aí a casa de um milhão de eleitores ou mais. Acho que a nossa cidade, se refletir bem de como é importante o componente político, tem condições de mandar prá Salvador uns 4 deputados estaduais. Nomes bons não nos faltam. E digo mais: Jean Fabrício, Alexandre Pereira, Esmeraldino Correia e o próprio Clovis Ferraz, nos dariam uma representatividade de respeito na Assembléia Legislativa Estadual. Boto fé nesses quatro. Cada um pelos mais variados aspectos.

Na década de setenta, inicio dos anos 80, tínhamos um eleitorado bem inferior ao que temos hoje e éramos representados por três deputados. Hoje, podemos fazer uns quatro estaduais tranquilamente. Quanto aos Federais, podemos mandar pelo menos dois para Brasília, é só pensar direitinho. Já imaginaram Conquista com dois embaixadores no Planalto Central? Eu tenho os meus nomes. Os dois são de agremiações diferentes, mas penso que jamais hesitariam de fazer um esforço em conjunto para que a Cidade tenha o de melhor. Um é conquistense nato (giboieiro) e o outro é de Caculé (da tribo Bunda Vermelho) criado aqui e hoje, cidadão conquistense também. O primeiro é o Herzem Gusmão e o segundo, Waldenor Pereira. Apesar de serem opositores no campo político, são amigos pessoais e têm uma admiração mútua que os coloca acima de qualquer contenda quando Conquista entra no meio.

O evento prosseguia e os mini-discursos de agradecimentos se ouviam. Pessoas que realmente deram grandes contribuições à nossa cidade estavam lá. Para quem não estava acostumado com tanta luz, tanto flash, tanta câmara deve ter ficado impressionado. Houve momentos que parecia mais a entrega do Oscar. As pessoas muito elegantes (inclusive eu) deram à festa um tom de grandiloqüência que ainda não é a nossa tônica, principalmente os mais antigos. A rapaziada mais jovem, notadamente as moças, apresenta-se com um charme e uma indumentária capaz de provocar admiração em gente como Angelina Jolie. O prefeito chegou muito elegante acompanhado de Avanete, saiu cumprimentando e sendo saudado por todos, inclusive o pessoal da oposição. Aquilo me proporcionou um bem estar refrescante. A cidade pode hoje reunir em eventos sociais, pessoas com matizes ideológicas e administrativas diferentes, sem prejuízo de o ambiente continuar saudável. Maravilha!

Hélio Ribeiro, outro agraciado, estava muito elegante e tão compenetrado que passou a dois metros de mim e não me viu. Acho que era emoção. Foi uma festa bonita. Em alguns momentos pude perceber que os vereadores que não foram reeleitos estavam um tanto quanto nostálgicos. Não deixo de tirar-lhes a razão. É duro o malogro eleitoral. Paulo Nunes se levantou foi ao encontro de Fabio Sena. Enquanto isso comi mais uns dois quibes, meia dúzia de outros salgadinhos, tomei uns quatro copos de cerveja e me piquei para o Bem Querer. Era hora de o bom velhinho [eu] descansar. Antes, porém observei sobre a semelhança de Zé Raimundo com Roberto Mangabeira Unger (será que são parentes?). Um abraço cordial e até a próxima. Parabéns aos novos cidadãos conquistenses.
Paulo Pires
(*) Professor UESB-FAINOR.

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