“A dor da gente não sai no Jornal”
A blitz que a Receita Federal deu nesse fim de semana na Feira do Paraguai, se observada apenas pelo lado estrito da Lei, é incontestável. Porém, diria de minha parte, se formos analisá-la pelo aspecto das humanidades (como propõe o professor Humberto Fonseca), a coisa merece outras considerações. Tudo bem, tudo bem. Ninguém de sã consciência julgaria defensável a ilicitude de operações com venda de mercadorias contrabandeadas. Todavia, como bem pontuou o jornalista Herzem Gusmão, o procedimento da Receita foi, sob o ponto de vista humano, um desastre para todas as famílias que operam naquele local. Desastre porque na própria visão da sociedade, se os comerciantes estão ali há quase vinte anos, é porque houve por parte do poder público municipal aquiescência para que eles pudessem realizar suas operações com o amparo de um ente federativo chamado Prefeitura Municipal. Prá ser sincero, até eu já comprei coisas ali, na mais santa das despreocupações. Nunca me preocupei, num país com tanto desemprego, que as mercadorias ali oferecidas fossem objeto de crítica moral. Imoral é a falta de emprego. Imoral é a corrupção. Vender bugigangas sem nota fiscal é apenas um meio de vida para quem não encontrou espaço no mundo da legalidade (que, aliás, não é tão legal como se pensa). A TV Sudoeste mostrou o exato momento em que as mercadorias eram tomadas daqueles cidadãos. Sinceramente, doeu no coração. Por isso escrevo algumas linhas, lembrando de um velho samba de Luis Reis e Haroldo Barbosa, onde eles dizem ao final da letra: “Ninguém morou na dor que era o seu mal. A dor da gente não sai no jornal”. Mas a gente faz um apelo patético ao pessoal da Receita (impossível de ser atendido e por isso ingênuo) para que liberem as mercadorias e dêem àquelas pessoas, pelo menos a liberdade de se recuperarem daquilo que é praticamente o seu patrimônio. Elas merecem um voto de confiança.
Paraguai II
Tenho refletido sobre essa questão das humanidades. O professor Humberto Fonseca na entrevista que deu à TV Sudoeste, nesta manhã de segunda feira (03-11-2008), a pedido do apresentador Judson Almeida, assinalou que a História por si só não explica a questão da vida do Homem aqui na Terra. O professor acentuou que a História precisa de outras humanidades, outros conhecimentos (Sociologia, Filosofia, Psicologia, Geografia, etc.) para possibilitar aos seres humanos se melhorarem, se compreenderem melhor e entenderem com maior amplitude os seus papéis aqui nesse mundão de Deus. Nesse sentido, voltamos a questão da Feira destacando que o problema ali não era para ser resolvido exclusivamente pelo viés tributário. A questão tributária é apenas uma das abordagens que a civilização criou e impôs ao homem via sujeito Ativo chamado Estado. Mas, muito além da questão tributária, residem outras, que melhoram ou pioram a existência Humana. Muitas vezes tomamos decisões e achamos que elas resolverão certas questões. Isso é um equívoco. Muitas decisões só resolvem pendências de alguma parte, enquanto outra ou outras padecem as conseqüências e caem no sofrimento. Esquecemo-nos de que tudo é interligado e que nossas ações podem trazer felicidade ou angústia para o próximo. Pense e ame o próximo como a ti mesmo. Um avisozinho ali não seria nada de mais. Evitaria muita tristeza.
Paraguai III
Os comerciantes da Feira dizem que vão até à Prefeitura pedir interveniência do Sr. Prefeito para solucionar o problema. Não sei se o Prefeito irá albergar essa reivindicação. O que ocorre é que a ação está no âmbito da Receita, ou seja, nas mãos do governo Federal. Por isso o Prefeito José Raimundo, terá muita dificuldade para encontrar uma saída para os “paraguaios”. É o tipo do conflito que coloca qualquer administrador numa saia justa dos diabos. A receita, por sua vez, depois de ter lavrado seus autos de infração, não vai poder liberar as mercadorias porque agora elas estão sob a custódia da Instituição e, me parece, de lá só sairão para leilão ou doação a entidades beneficentes.
Mais vereadores em Conquista (?)
O presidente da Câmara Municipal, Alexandre Pereira, vai buscar com a Justiça Eleitoral aumentar o número de vereadores de nossa cidade, saindo dos 15 atuais para 19 cadeiras a partir da próxima legislatura. Fico entusiasmado com essa possibilidade, pois tenho em mente que quando nossa câmara tiver mil representantes, talvez aí eu possa me candidatar. Vai durar um pouco, mas acho que nessas condições, terei alguma chance. Eu vereador! Ah se o povo votasse em mim! Seria um vereador Bossa Nova. A primeira coisa que faria seria concordar com todos os meus opositores (no fundo, no fundo, todo mundo tem razão). Depois procuraria votar em todos os processos que ajudassem Conquista a ter um Aeroporto, um Centro de Convenção e a Praça da Bandeira livre da Favela Comercial que hoje tem instalada.
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Aécio Neves e as palavras do Cartomante
Pelo que ouvi do Senador Pedro Simon, acho que o Governador Aécio Neves (Minas Gerais), sai do PSDB e vai para o PMDB para se candidatar à presidência em 2010, com apoio do senhor Lula da Silva. O Governador Serra não está gostando nada desse papo. Ele sabe que se o PT sair com Dilma Roussef toma uma lavagem (e o Lula, se não me falha a percepção, já constatou isso). Por outro lado, se o Aécio se mandar para o PMDB (partido fundado pelo vovô Tancredo), aí a coisa pega para o Governador de São Paulo. Serra pede para que o Aécio fique no PSDB, mas o playboy de Minas insiste que já esperou demais para sair candidato a Presidente da República. 2010 vai ser um ano de muitas mudanças. Waldenor Pereira e Herzem Gusmão não vêem a hora de saírem candidatos. Acho que se elegerão. Teremos dois Federais com forte presença de Tribuna. Para Estaduais temos condições de mandar pelo menos uns três. E digo ainda: se se articularem direitinho, dá prá fazer quatro, considerando que vivemos numa região com mais ou menos um milhão de eleitores. A coisa vai ficar é boa. Tô doido prá votar.
A blitz que a Receita Federal deu nesse fim de semana na Feira do Paraguai, se observada apenas pelo lado estrito da Lei, é incontestável. Porém, diria de minha parte, se formos analisá-la pelo aspecto das humanidades (como propõe o professor Humberto Fonseca), a coisa merece outras considerações. Tudo bem, tudo bem. Ninguém de sã consciência julgaria defensável a ilicitude de operações com venda de mercadorias contrabandeadas. Todavia, como bem pontuou o jornalista Herzem Gusmão, o procedimento da Receita foi, sob o ponto de vista humano, um desastre para todas as famílias que operam naquele local. Desastre porque na própria visão da sociedade, se os comerciantes estão ali há quase vinte anos, é porque houve por parte do poder público municipal aquiescência para que eles pudessem realizar suas operações com o amparo de um ente federativo chamado Prefeitura Municipal. Prá ser sincero, até eu já comprei coisas ali, na mais santa das despreocupações. Nunca me preocupei, num país com tanto desemprego, que as mercadorias ali oferecidas fossem objeto de crítica moral. Imoral é a falta de emprego. Imoral é a corrupção. Vender bugigangas sem nota fiscal é apenas um meio de vida para quem não encontrou espaço no mundo da legalidade (que, aliás, não é tão legal como se pensa). A TV Sudoeste mostrou o exato momento em que as mercadorias eram tomadas daqueles cidadãos. Sinceramente, doeu no coração. Por isso escrevo algumas linhas, lembrando de um velho samba de Luis Reis e Haroldo Barbosa, onde eles dizem ao final da letra: “Ninguém morou na dor que era o seu mal. A dor da gente não sai no jornal”. Mas a gente faz um apelo patético ao pessoal da Receita (impossível de ser atendido e por isso ingênuo) para que liberem as mercadorias e dêem àquelas pessoas, pelo menos a liberdade de se recuperarem daquilo que é praticamente o seu patrimônio. Elas merecem um voto de confiança.
Paraguai II
Tenho refletido sobre essa questão das humanidades. O professor Humberto Fonseca na entrevista que deu à TV Sudoeste, nesta manhã de segunda feira (03-11-2008), a pedido do apresentador Judson Almeida, assinalou que a História por si só não explica a questão da vida do Homem aqui na Terra. O professor acentuou que a História precisa de outras humanidades, outros conhecimentos (Sociologia, Filosofia, Psicologia, Geografia, etc.) para possibilitar aos seres humanos se melhorarem, se compreenderem melhor e entenderem com maior amplitude os seus papéis aqui nesse mundão de Deus. Nesse sentido, voltamos a questão da Feira destacando que o problema ali não era para ser resolvido exclusivamente pelo viés tributário. A questão tributária é apenas uma das abordagens que a civilização criou e impôs ao homem via sujeito Ativo chamado Estado. Mas, muito além da questão tributária, residem outras, que melhoram ou pioram a existência Humana. Muitas vezes tomamos decisões e achamos que elas resolverão certas questões. Isso é um equívoco. Muitas decisões só resolvem pendências de alguma parte, enquanto outra ou outras padecem as conseqüências e caem no sofrimento. Esquecemo-nos de que tudo é interligado e que nossas ações podem trazer felicidade ou angústia para o próximo. Pense e ame o próximo como a ti mesmo. Um avisozinho ali não seria nada de mais. Evitaria muita tristeza.
Paraguai III
Os comerciantes da Feira dizem que vão até à Prefeitura pedir interveniência do Sr. Prefeito para solucionar o problema. Não sei se o Prefeito irá albergar essa reivindicação. O que ocorre é que a ação está no âmbito da Receita, ou seja, nas mãos do governo Federal. Por isso o Prefeito José Raimundo, terá muita dificuldade para encontrar uma saída para os “paraguaios”. É o tipo do conflito que coloca qualquer administrador numa saia justa dos diabos. A receita, por sua vez, depois de ter lavrado seus autos de infração, não vai poder liberar as mercadorias porque agora elas estão sob a custódia da Instituição e, me parece, de lá só sairão para leilão ou doação a entidades beneficentes.
Mais vereadores em Conquista (?)
O presidente da Câmara Municipal, Alexandre Pereira, vai buscar com a Justiça Eleitoral aumentar o número de vereadores de nossa cidade, saindo dos 15 atuais para 19 cadeiras a partir da próxima legislatura. Fico entusiasmado com essa possibilidade, pois tenho em mente que quando nossa câmara tiver mil representantes, talvez aí eu possa me candidatar. Vai durar um pouco, mas acho que nessas condições, terei alguma chance. Eu vereador! Ah se o povo votasse em mim! Seria um vereador Bossa Nova. A primeira coisa que faria seria concordar com todos os meus opositores (no fundo, no fundo, todo mundo tem razão). Depois procuraria votar em todos os processos que ajudassem Conquista a ter um Aeroporto, um Centro de Convenção e a Praça da Bandeira livre da Favela Comercial que hoje tem instalada.
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Aécio Neves e as palavras do Cartomante
Pelo que ouvi do Senador Pedro Simon, acho que o Governador Aécio Neves (Minas Gerais), sai do PSDB e vai para o PMDB para se candidatar à presidência em 2010, com apoio do senhor Lula da Silva. O Governador Serra não está gostando nada desse papo. Ele sabe que se o PT sair com Dilma Roussef toma uma lavagem (e o Lula, se não me falha a percepção, já constatou isso). Por outro lado, se o Aécio se mandar para o PMDB (partido fundado pelo vovô Tancredo), aí a coisa pega para o Governador de São Paulo. Serra pede para que o Aécio fique no PSDB, mas o playboy de Minas insiste que já esperou demais para sair candidato a Presidente da República. 2010 vai ser um ano de muitas mudanças. Waldenor Pereira e Herzem Gusmão não vêem a hora de saírem candidatos. Acho que se elegerão. Teremos dois Federais com forte presença de Tribuna. Para Estaduais temos condições de mandar pelo menos uns três. E digo ainda: se se articularem direitinho, dá prá fazer quatro, considerando que vivemos numa região com mais ou menos um milhão de eleitores. A coisa vai ficar é boa. Tô doido prá votar.
5 comentários:
...,até o presente momento,nenhum vereador de oposição, manifestou-se de público!.Nem mesmo,o mais famoso reinvindicador conquistense - André Caíro!.Mas,o professor Paulo Pires - como dizem, no popular;"falou e disse".Com certeza,se resolver trilhar o caminho da política. - Terá futuro, também nesta área!. RGS.
Tens razão a dôr de todos os camelôs, não dá IBOPE.Marlon Pereira.
Paulo Pires você costuma dar títulos e diplomas a quem não os conquistou pela via dos estudos acadêmicos? Desde quando o Hérzem Gusmão é Jornalista? Que eu saiba, e toda Conquista sabe é que ele cursou por correspondência um curso de direito Deus sabe lá aonde, e por essa justíssima razão jamais conseguiu ser aprovado na OAB. Nunca foi e jamais será Advogado. Uma simples pós graduação em jornalismo não faz do Hérzem um Jornalista, assim como, um Jornalista que faz uma simples pós graduação em qualquer área do direito, não será jamais um Bacharel em Direito, muito menos ainda, um Advogado. Vai devagar Paulo, menos, Paulo, Menos!!! Ele é radialista e somente isso, nada mais que isso!!!
Todos sabem que a Feira do Paraguai não comercializa nos conformes da lei, porém é de conhecimento público, e não é de hoje, já faz um tempão que ela está lá vivinha da silva! É contravenção sujeita à busca e apreensão, rola processo, até cadeia. Pois bem, terá que coibir qualquer tipo de jogatina que corre a solta em nossa cidade e porque não dizer no país. Contudo, assim que passa a repressão, a feira retorna e o jogo com o mesmo vigor de antes – ou melhor, dizendo tudo como dantes – e a vida continua sem atropelos, como se nada tivesse acontecido. É inegável que a Feira do Paraguai funcione daquela forma porque teve aquiescência do Poder Público Municipal que a organizou daquela forma. Na verdade a feira hoje é uma instituição forte e imutável, está enraizado na vida do conquistense, notadamente os mais pobres que não podem pagar mais caro por um objeto semelhante em lojas de grife. Abrindo um parêntese e fazendo uma breve retrospectiva ao passado respondam-me: Tem quantos anos que está funcionando a feira naquele local? 10, 20 sei lá! Portanto, meu caro amigo Paulo Pires concordo plenamente com seus dizeres, ou melhor seu desabafo. Antes de punir, vamos mostrar o caminho a seguir daqueles pais de família que nada mais fazem do que buscar o sustento da família.
Ezequiel Sena
È verdade que ali tem muita gente que trabalha para ganhar o sustento. Também é verdade que tem muita gente, que tem lojas, fazendas e carros caros etc. Ta ali só de fachada, sonegando impostos. Eles não são tão coitadinhos assim.A Receita Federal deveira pedir os extratos da conta bancária para verificar quem é realmente coitadinhos.
Eles sabem que é errado e continuam nos erro.
Até...
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