Ex-Palmeiras, Porto e Botafogo, atacante ficou dois anos cuidando de investimentos e retornou ao time onde iniciou a carreira, o Serrano
Enquanto muitos jogadores se pegam sem saber o que fazer diante do dilema sobre quando abandonar o futebol, Penna encontrou uma solução bem comum em relacionamentos entre adolescentes para gerir sua carreira: deu um tempo. Artilheiro de Palmeiras e Porto no início da década, o atacante viu seu "castelo" no interior da Bahia ruir diante da má administração de "amigos" e não hesitou em unir o útil ao agradável: passar um tempo fora dos gramados, onde o desempenho não era o mesmo, e buscar uma estabilidade financeira cuidando de negócios pessoais.
- Parei um tempo para arrumar a minha vida. A gente deixa as coisas nas mãos de algumas pessoas que acabam agindo de má fé. Preferi voltar pra minha terra, virar administrador e poder voltar. O jogador de futebol ganha muita coisa e deixa na mão dos outros, quando vai ver, não tem nada. Agora, me condicionei, perdi peso e voltei a ser um jogador. Peguei gosto de novo.
Dono de imóveis, mercados, lan house, entre outros investimentos, em Vitória da Conquista, Penna, que deixou o futebol de lado em 2006 após passagens frustrantes no Botafogo e no Paulista de Jundiaí, reencontrou o prazer de estar na companhia da bola este ano. De volta ao modesto Serrano, de sua terra natal, o atacante dá uma de Romário e acumula funções. No entanto, em vez de ser treinador-jogador, ele lança a profissão jogador-cartola.
- Voltei para o time da minha cidade, onde comecei. Na verdade, sou diretor e jogador. Peguei o time junto com investidores. Queremos fazer o time subir para a primeira divisão e revelar jogadores. Esse ano está meio complicado, apesar do time estar bem. O projeto é subir em dois anos. A diretoria ainda é amadora - explica o atacante, que tem quatro gols em seis jogos pela Segundona baiana.
Assédio internacional e torcida pelo Verdão
Segundo Penna, o retorno, mesmo que tenha acontecido de forma tímida, já virou notícia no mundo do futebol, e propostas começam a pipocar de todos os lados, no Brasil e no exterior.
- Já surgiram convites do Chipre, um amigo meu joga lá, de time da própria Bahia, de empresários do Rio e de São Paulo. Graças a Deus o nome Pena deixou as portas abertas.
Enquanto não decide o futuro, Renivaldo Pereira de Jesus, nome de batismo, curte o passado. Em tom nostálgico, ele fala com carinho sobre suas passagens por Palmeiras e Porto, onde colecionou títulos e gols.
- Em cada clube que passei, vivi uma história gostosa. No Brasil, meu melhor momento foi no Palmeiras. Fui campeão da Copa dos Campeões, do Rio-São Paulo e vice da Libertadores em 2000. Fiz muitos gols. Mas o meu auge foi no Porto. Fui artilheiro do Campeonato Português e um dos maiores da Europa. Tive grande popularidade e até hoje sou tratado com muito carinho em Portugal. Fui muito feliz lá.
O Verdão, por sinal, tem lugar especial no coração do atacante, que não esconde a ansiedade pela conquista do pentacampeonato nacional.
- Estou na torcida pelo Palmeiras. Tenho grandes amigos, o Marcos, por exemplo, e aprendi a amar esse time. Vibro com cada vitória (assista o vídeo acima com o gol marcado por Penna na decisão do Rio-São Paulo de 2000).
Frustração no Rio de Janeiro
Sucesso no interior e na capital do estado de São Paulo, Pena não esconde a frustração por não ter dado certo no Rio de Janeiro. Sua história de decepções nos clubes cariocas começou sem nem mesmo pisar na Cidade Maravilhosa. Dado como reforço certo do Flamengo em 2002, ele era esperado pelo Rubro-Negro no aeroporto, mas, em cima da hora, foi barrado pelo Porto.
- Já estava com passagem marcada para ir para o Rio, mas o Porto me mandou para a França (foi jogar no Strasbourg). Fiquei triste, mas não pude fazer nada. Lula Pereira, que era o técnico do Flamengo na época, tinha me ajudado muito no começo da carreira, e não pude ajudá-lo quando ele precisou.
No Botafogo, Penna chegou a vestir a camisa, poucas vezes é verdade, mas o suficiente para ser campeão carioca em 2006.
- Fui campeão carioca pelo Botafogo, mas não considero muito este título. Praticamente não joguei, tive problemas com o Carlos Roberto, que era o treinador. No início, ele até tinha razão, eu estava fora de forma, mas depois não. Ele não me deu oportunidades, fiquei chateado e pedi para sair. Não sei ficar em um time só para receber. Tenho que produzir. Mas fiz grandes amigos lá, como o Diguinho. Ali, vivi uma família.
Enquanto muitos jogadores se pegam sem saber o que fazer diante do dilema sobre quando abandonar o futebol, Penna encontrou uma solução bem comum em relacionamentos entre adolescentes para gerir sua carreira: deu um tempo. Artilheiro de Palmeiras e Porto no início da década, o atacante viu seu "castelo" no interior da Bahia ruir diante da má administração de "amigos" e não hesitou em unir o útil ao agradável: passar um tempo fora dos gramados, onde o desempenho não era o mesmo, e buscar uma estabilidade financeira cuidando de negócios pessoais.
- Parei um tempo para arrumar a minha vida. A gente deixa as coisas nas mãos de algumas pessoas que acabam agindo de má fé. Preferi voltar pra minha terra, virar administrador e poder voltar. O jogador de futebol ganha muita coisa e deixa na mão dos outros, quando vai ver, não tem nada. Agora, me condicionei, perdi peso e voltei a ser um jogador. Peguei gosto de novo.
Dono de imóveis, mercados, lan house, entre outros investimentos, em Vitória da Conquista, Penna, que deixou o futebol de lado em 2006 após passagens frustrantes no Botafogo e no Paulista de Jundiaí, reencontrou o prazer de estar na companhia da bola este ano. De volta ao modesto Serrano, de sua terra natal, o atacante dá uma de Romário e acumula funções. No entanto, em vez de ser treinador-jogador, ele lança a profissão jogador-cartola.
- Voltei para o time da minha cidade, onde comecei. Na verdade, sou diretor e jogador. Peguei o time junto com investidores. Queremos fazer o time subir para a primeira divisão e revelar jogadores. Esse ano está meio complicado, apesar do time estar bem. O projeto é subir em dois anos. A diretoria ainda é amadora - explica o atacante, que tem quatro gols em seis jogos pela Segundona baiana.
Assédio internacional e torcida pelo Verdão
Segundo Penna, o retorno, mesmo que tenha acontecido de forma tímida, já virou notícia no mundo do futebol, e propostas começam a pipocar de todos os lados, no Brasil e no exterior.
- Já surgiram convites do Chipre, um amigo meu joga lá, de time da própria Bahia, de empresários do Rio e de São Paulo. Graças a Deus o nome Pena deixou as portas abertas.
Enquanto não decide o futuro, Renivaldo Pereira de Jesus, nome de batismo, curte o passado. Em tom nostálgico, ele fala com carinho sobre suas passagens por Palmeiras e Porto, onde colecionou títulos e gols.
- Em cada clube que passei, vivi uma história gostosa. No Brasil, meu melhor momento foi no Palmeiras. Fui campeão da Copa dos Campeões, do Rio-São Paulo e vice da Libertadores em 2000. Fiz muitos gols. Mas o meu auge foi no Porto. Fui artilheiro do Campeonato Português e um dos maiores da Europa. Tive grande popularidade e até hoje sou tratado com muito carinho em Portugal. Fui muito feliz lá.
O Verdão, por sinal, tem lugar especial no coração do atacante, que não esconde a ansiedade pela conquista do pentacampeonato nacional.
- Estou na torcida pelo Palmeiras. Tenho grandes amigos, o Marcos, por exemplo, e aprendi a amar esse time. Vibro com cada vitória (assista o vídeo acima com o gol marcado por Penna na decisão do Rio-São Paulo de 2000).
Frustração no Rio de Janeiro
Sucesso no interior e na capital do estado de São Paulo, Pena não esconde a frustração por não ter dado certo no Rio de Janeiro. Sua história de decepções nos clubes cariocas começou sem nem mesmo pisar na Cidade Maravilhosa. Dado como reforço certo do Flamengo em 2002, ele era esperado pelo Rubro-Negro no aeroporto, mas, em cima da hora, foi barrado pelo Porto.
- Já estava com passagem marcada para ir para o Rio, mas o Porto me mandou para a França (foi jogar no Strasbourg). Fiquei triste, mas não pude fazer nada. Lula Pereira, que era o técnico do Flamengo na época, tinha me ajudado muito no começo da carreira, e não pude ajudá-lo quando ele precisou.
No Botafogo, Penna chegou a vestir a camisa, poucas vezes é verdade, mas o suficiente para ser campeão carioca em 2006.
- Fui campeão carioca pelo Botafogo, mas não considero muito este título. Praticamente não joguei, tive problemas com o Carlos Roberto, que era o treinador. No início, ele até tinha razão, eu estava fora de forma, mas depois não. Ele não me deu oportunidades, fiquei chateado e pedi para sair. Não sei ficar em um time só para receber. Tenho que produzir. Mas fiz grandes amigos lá, como o Diguinho. Ali, vivi uma família.
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