Por Juscelino Souza
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O mesmo microfone, há anos conduzido hábil e astutamente por Hérzem Gusmão, enquanto radialista - foi a maior desgraça de Guilherme Menezes, que pelo visto – e demonstrado no debate dessa quinta-feira, 2, na TV Sudoeste, ainda não se familiarizou com tal aparato (a despeito de anos e anos usando-o na tribuna da Câmara dos Deputados). Nervoso não, incomodado com o par de microfones, Guilherme Menezes viu em Hérzem Gusmão seu algoz.
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Na tentativa de reverter a situação, lançou “míssil” em forma de perguntas incisivas, mas teve de volta o mesmo poder de fogo do radialista. Principal patrocinador do programa “Resenha Geral”, o deputado se sentiu a vontade para cobrar de Hérzem o mesmo discurso que tanto ecoava pelos microfones naquela época falando do seu trabalho à frente da Prefeitura, etc e tal. Até que o radialista deu a mão à palmatória, por um dia tê-lo comparado ao ex-prefeito Jadiel (Matos), de saudosa memória dos conquistenses, mas disse ter mudado de opinião.
Direito dele. Assim como é direito seu ter que engolir de Guilherme a cobrança de velados apoios quando o petista se arvorava em debates com outros adversários, tais como Pedral, Coriolano Sales e companhia. Os tempos mudaram, nobre e - porque não dizer, confuso eleitor. E como não estar confuso com tantos discursos tortos. Um diz que tem apoio de tais e tais ministros, outro fala que todo o ministério de Lula está ao seu lado. E há quem diga que, nem só o ministério, da Lula também, de cabo-a-rabo. Pelo visto, Conquista está mesmo bem servida, nem que seja só em discurso.
O debate só não descambou para um “bate-boca” e lavagem de roupa-suja porque as regras impediam os candidatos de se prolongar e, por extensão, de se digladiarem entre si. De um lado, Guilherme acusando Hérzem de mudança de discurso e, do outro, Hérzem ironizando o petista, insinuando que o mesmo gosta muito de cobrar imposto. Entre o fogo cruzado, o pacificador Esmeraldino Correia, investido na condição de coronel do debate, tentou apagar o fogo e discursou de forma amena. Ganhou simpatizantes por isso, como os demais ganharam a antipatia de muitos outros pela petulância e falta de propostas concretas. Muitos haverão de dizer que um deles venceu o debate.
O povo é quem ganhou, porque teve a oportunidade de conhecer melhor quem se propõe a reger nossos destinos na Prefeitura pelos próximos quatro anos. Agora, é localizar o título, reservar a roupa do dia e pedir muita serenidade a Deus antes, durante e principalmente após a votação no dia 5. A propósito: o título é só para prender a atenção do leitor, ao contrário do que os candidatos pouco conseguiram no espaço cedido pela televisão e conduzido pelo apresentador Genildo Lawinsky, da Rede Bahia, cujo terno “risca-de-giz” estava mais apertado do que assalariado na metade de um mês corrente. Bem, nada que ofuscasse o programa.
• Jornalista e analista político do Blog do Anderson
Na tentativa de reverter a situação, lançou “míssil” em forma de perguntas incisivas, mas teve de volta o mesmo poder de fogo do radialista. Principal patrocinador do programa “Resenha Geral”, o deputado se sentiu a vontade para cobrar de Hérzem o mesmo discurso que tanto ecoava pelos microfones naquela época falando do seu trabalho à frente da Prefeitura, etc e tal. Até que o radialista deu a mão à palmatória, por um dia tê-lo comparado ao ex-prefeito Jadiel (Matos), de saudosa memória dos conquistenses, mas disse ter mudado de opinião.
Direito dele. Assim como é direito seu ter que engolir de Guilherme a cobrança de velados apoios quando o petista se arvorava em debates com outros adversários, tais como Pedral, Coriolano Sales e companhia. Os tempos mudaram, nobre e - porque não dizer, confuso eleitor. E como não estar confuso com tantos discursos tortos. Um diz que tem apoio de tais e tais ministros, outro fala que todo o ministério de Lula está ao seu lado. E há quem diga que, nem só o ministério, da Lula também, de cabo-a-rabo. Pelo visto, Conquista está mesmo bem servida, nem que seja só em discurso.
O debate só não descambou para um “bate-boca” e lavagem de roupa-suja porque as regras impediam os candidatos de se prolongar e, por extensão, de se digladiarem entre si. De um lado, Guilherme acusando Hérzem de mudança de discurso e, do outro, Hérzem ironizando o petista, insinuando que o mesmo gosta muito de cobrar imposto. Entre o fogo cruzado, o pacificador Esmeraldino Correia, investido na condição de coronel do debate, tentou apagar o fogo e discursou de forma amena. Ganhou simpatizantes por isso, como os demais ganharam a antipatia de muitos outros pela petulância e falta de propostas concretas. Muitos haverão de dizer que um deles venceu o debate.
O povo é quem ganhou, porque teve a oportunidade de conhecer melhor quem se propõe a reger nossos destinos na Prefeitura pelos próximos quatro anos. Agora, é localizar o título, reservar a roupa do dia e pedir muita serenidade a Deus antes, durante e principalmente após a votação no dia 5. A propósito: o título é só para prender a atenção do leitor, ao contrário do que os candidatos pouco conseguiram no espaço cedido pela televisão e conduzido pelo apresentador Genildo Lawinsky, da Rede Bahia, cujo terno “risca-de-giz” estava mais apertado do que assalariado na metade de um mês corrente. Bem, nada que ofuscasse o programa.
• Jornalista e analista político do Blog do Anderson
3 comentários:
Brilhante comentário, jornalista. Parabéns
Boa analíse , em breve relato.O único ponto positivo a favôr do dep.Guilherme, foi, o de ter comparecido ao debate!.Houve até quem apostasse, que o mesmo não estaria presente ao evento! RGS.
Fico feliz e honrada em saber que temos bons jornalistas, pessoas cultas, como Jucelino Souza, capazes de produzir análises tão profundas e isentas como a que hoje tive o prazer de ler.
Professora Carmem
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