sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Amanhã: "O novo compromisso de Vitória da Conquista"

Kleber Silva
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Advogado
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O que mais me fascina na Democracia é a liberdade de expressão. No mundo atual, acredito que chegamos à plenitude das possibilidades do homem se expressar. É televisão, rádio, cinema, jornal, revista, internet, etc. Em pensar que até pouco tempo atrás, apesar de muitos desses meios de comunicação já existirem, não era garantido ao cidadão brasileiro exercer o sagrado direito de expressar-se. Acredito que isso já faz parte do passado e, se não fizesse, já estaria no “pau-de-arara” antes de terminar este parágrafo.


Há pouco tempo atrás, antes do início da corrida eleitoral, conversei com um amigo filiado ao Partido dos Trabalhadores e expressei a minha surpresa pela iminente escolha do Deputado Guilherme Menezes para concorrer o pleito municipal. Disse a ele que, na minha opinião, o PT estaria dando um passo para trás, vez que a eleição do Deputado ocasionaria uma perda irreparável para Vitória da Conquista no Congresso Nacional, já que é o nosso único representante naquele Parlamento. Além disso, o Partido dos Trabalhadores estaria tacitamente afirmando que, dentre os inúmeros e valorosos filiados, não teria ninguém com capacidade para concorrer e vencer as eleições, a exemplo do que está ocorrendo no cenário nacional onde, até o presente momento, somente o próprio Presidente Lula tem chances reais de vencer a corrida presidencial de 2010, caso lhe fosse possível concorrer a mais um pleito. Seria uma confissão de que o poder de renovação do Partido dos Trabalhadores estaria esgotado. Depois, no decorrer da campanha eleitoral, tive conhecimento de que a candidatura do Dr. Guilherme Menezes foi motivada por questões internas do Partido dos Trabalhadores que, na condição de membro de outro partido político, me reservo no direito de não fazer qualquer análise.

Após o pleito de 05 de outubro de 2008, os caminhos do Deputado Federal Guilherme Menezes foram traçados por pouco mais da metade dos eleitores de Vitória da Conquista. A partir de 1° de janeiro de 2009, o Dr. Guilherme Menezes deixa a Câmara dos Deputados, em Brasília, para assumir, pela terceira vez, o mandato de Prefeito Municipal de nosso Município. A maioria dos eleitores conquistenses escolheu livre e conscientemente deixar nosso Município, o terceiro maior do Estado, sem nenhuma representação no Congresso Nacional, sem refletir, no entanto, como é que serão garantidas emendas no orçamento da União em favor de nossa cidade nesses próximos dois anos seguintes.

Quando assumir o mandato de Prefeito, o Dr. Guilherme Menezes terá, em tese, uma composição no Legislativo Municipal que favorecerá a sua gestão, ficando, dessa forma, obrigado a realizar uma administração sem precedentes durante os quatro anos de seu mandato, do início ao fim. Portanto, não poderá escusar-se de assistir integralmente todo o Município, zonas urbana e rural, alegando a falta de apoio da Câmara de Vereadores. Poderá, sim, alegar que faltam emendas consignadas no orçamento da União, podendo, assim, transferir a culpa para os quase oitenta mil eleitores que o tiraram de Brasília.

A eleição municipal também foi extremamente importante para oposição conquistense. As urnas serviram para destituir a velha oposição e eleger a nova oposição de Vitória da Conquista. Ao contrário do mandato do Deputado Guilherme Menezes, a ser iniciado apenas no primeiro dia do mês de janeiro do próximo ano, o mandato da nova oposição começou logo após ter sido apurada a última urna eleitoral. A nova oposição tem a “cara” de quase metade dos eleitores conquistenses que mostraram sua insatisfação e desconfiança com a atual Administração Municipal e que abraçaram uma nova forma de fazer política: sem dinheiro, mas com muitas idéias e propostas inovadoras.

A nova oposição não mediu forças com um candidato de uma Administração Municipal falida e desacreditada. Muito pelo contrário, a nova oposição foi muito eficiente, pois enfrentou um candidato apoiado por uma Administração Municipal que tem propagado ser referência nacional e ganhadora de diversos prêmios. Além disso, a nova oposição conquistense teve que “peitar” um candidato que também teve o apoio dos Governos Estadual e Federal. Por isso, não se pode dizer que a nova oposição foi derrotada, pois quase metade dos eleitores conquistenses também lhe outorgou um mandato, credenciando-lhe para atuar racional e diligentemente em favor dos interesses de Vitória da Conquista, contribuindo para que o Município não fique a margem do progresso e para que seu povo seja sempre favorecido e nunca penalizado.

Hoje, tanto o novo Prefeito eleito como a nova oposição devem volver os olhos para os interesses sociais e coletivos do Município, em detrimento aos interesses pessoais e partidários, pois ambos têm um novo compromisso com Vitória da Conquista: o amanhã.

4 comentários:

Anônimo disse...

Justa análise!

Anônimo disse...

Esse comentário-análise-lamento se assemelha à fala de Hérzen Gusmão ao agradecer A Deus,aos parentes,amigos,eleitores e todo o mundo enfim pela sua expressiva votação no último pleito eleitoral!Antes ele lamentava o fato do Dr.Guilherme ter abandonado o povo de Conquista ao assumir Brasilia! Agora ele lamenta o fato do Dr.Guilherme deixar Brasília e voltar para Vitóra da Conquista como prefeito!Ora bolas!!!

Anônimo disse...

Meu caro Anderson,
O teu blog,ultimamente,se assemelha a um muro de lamentações!
Aproveite e ,por favor ,peça a essa galera chorona para ir chorar lá no pé do Cristo Redentor! Chega de lamúrias e jeremiadas!

Anônimo disse...

Através dos poucos comentários que lí, sobre a eleição do dep.Guilherme á prefeitura - Nota-se uma desesperança, um desalento.Como se o único objetivo desses eleitores, fossem apenas, impedir que a oposição se tornasse situação. O eleger por eleger!.J. Dean Pereira.