Luciana Rebouças, do A TARDE
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Os pais ainda não esqueceram a verificação que fizeram no ano passado, após a constatação de que alguns brinquedos vindos da China soltavam tinta tóxica e pequenas peças poderiam ser engolidas pelas crianças. Apesar de a fiscalização estar mais intensa, ainda é motivo de preocupação neste Dia das Crianças saber que 40% dos brinquedos vendidos no varejo são importados e, dentre estes, 90% vêm da China, segundo informações da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).
A preocupação se justifica. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada nesta terça-feira, 7, apresenta que os brinquedos são os presentes mais lembrados pelos pais nesta data, com 56% da preferência, seguida de vestuário (21%) e eletrônicos (2,7%).
Mesmo tendo trocado um dos brinquedos de seu filho em um recall do ano passado – havia risco de as peças soltarem –, o consumidor Igor Castro diz que dará um brinquedo este ano para atender ao pedido do filho. “Agora, antes de comprar o presente dele, procuro prestar atenção se o brinquedo tem peças pequenas. Na hora de brincar, vejo se as peças podem se soltar”.
Já Rosângela Ferreira, que compra presentes nesta época para duas crianças de 4 anos, diz que repara se o brinquedo apresenta o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). “A parte dos acessórios das bonecas é importante. E o mesmo vale para os carrinhos. Se tiver peças pequenas, eu não compro”, acrescenta Rosângela.
CERTIFICAÇÃO – Gustavo Kuster, chefe da diretoria de qualidade do Inmetro, diz que, após os problemas detectados no ano passado, não houve mais nenhuma ocorrência no Inmetro. “Foi aprovada uma portaria estabelecendo que cada lote de brinquedos importados fosse certificado pelo instituto”, reforça sobre os cuidados tomados.
Para Kuster, os três principais cuidados antes da aquisição de um brinquedo são: comprar em uma loja devidamente fiscalizada; observar o selo do Inmetro no produto; e ver se a faixa etária corresponde com a da criança. “Esta medida diz respeito ao tamanho das peças que compõem o brinquedo, também se ele pode ser colocado na boca”, informa.
Na Bahia, o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) começou, no início deste mês, a Operação Dia das Crianças, com uma fiscalização mais intensa dos brinquedos. Os resultados das apreensões serão apresentados até o fim desta semana. “Os pais devem procurar o selo do Inmetro, que atesta um cuidado com a segurança das crianças e com as normas para o meio ambiente”, diz Jorge Barreto, diretor de regulamentação de mercado do Ibametro.
O diretor diz que os problemas mais comuns são com materiais descolando e tinta soltando dos brinquedos. Ele ainda ressalta que não há fiscalização, ou garantia de qualidade, nos brinquedos vendidos em camelôs. Além destes fatores, muitos destes brinquedos apresentam selo do Inmetro falsificado.
ACIDENTES – Apesar de muitos pais não pensarem nos riscos que alguns brinquedos podem trazer, em um momento de comemoração, é exatamente com a intenção de prevenir que os cuidados devem ser tomados.
Luiza Batista, coordenadora nacional de políticas públicas da organização não-governamental Criança Segura, lembra que quedas em bicicletas são responsáveis por causar traumatismo craniano nas crianças. “Se os pais comprarem junto os capacetes, eles diminuem em 75% o risco de um acidente com conseqüências mais graves. E, assim, os pais incentivam a cultura da segurança”, orienta Luiza.
A coordenadora também lembra que, se na casa houver crianças de diferentes idades, é importante orientar os mais velhos a não deixarem seus brinquedos ao alcance dos menores, que podem se machucar. “Preocupe-se em saber qual é o enchimento do brinquedo. São aquelas bolinhas pequenas, que, caso se parta, poderão ser engolidas? Meu filho pode tirar a pilha do brinquedo sozinho? O urso tem um olho que ele vai conseguir arrancar?”, enumera Luiza as situações que podem expor ao risco as crianças.
Para a coordenadora, os recalls que aconteceram foram importantes para os pais ficarem mais atentos à qualidade dos brinquedos. “No caso dos menores, até os 3 anos, eles colocam tudo na boca. Por isso, é importante verificar para que idade é indicado o presente. Aparentemente, o brinquedo pode ser grande, mas pode se quebrar em partes pequenas com facilidade ou soltar tinta quando as crianças colocarem eles na boca
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Os pais ainda não esqueceram a verificação que fizeram no ano passado, após a constatação de que alguns brinquedos vindos da China soltavam tinta tóxica e pequenas peças poderiam ser engolidas pelas crianças. Apesar de a fiscalização estar mais intensa, ainda é motivo de preocupação neste Dia das Crianças saber que 40% dos brinquedos vendidos no varejo são importados e, dentre estes, 90% vêm da China, segundo informações da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).
A preocupação se justifica. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada nesta terça-feira, 7, apresenta que os brinquedos são os presentes mais lembrados pelos pais nesta data, com 56% da preferência, seguida de vestuário (21%) e eletrônicos (2,7%).
Mesmo tendo trocado um dos brinquedos de seu filho em um recall do ano passado – havia risco de as peças soltarem –, o consumidor Igor Castro diz que dará um brinquedo este ano para atender ao pedido do filho. “Agora, antes de comprar o presente dele, procuro prestar atenção se o brinquedo tem peças pequenas. Na hora de brincar, vejo se as peças podem se soltar”.
Já Rosângela Ferreira, que compra presentes nesta época para duas crianças de 4 anos, diz que repara se o brinquedo apresenta o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). “A parte dos acessórios das bonecas é importante. E o mesmo vale para os carrinhos. Se tiver peças pequenas, eu não compro”, acrescenta Rosângela.
CERTIFICAÇÃO – Gustavo Kuster, chefe da diretoria de qualidade do Inmetro, diz que, após os problemas detectados no ano passado, não houve mais nenhuma ocorrência no Inmetro. “Foi aprovada uma portaria estabelecendo que cada lote de brinquedos importados fosse certificado pelo instituto”, reforça sobre os cuidados tomados.
Para Kuster, os três principais cuidados antes da aquisição de um brinquedo são: comprar em uma loja devidamente fiscalizada; observar o selo do Inmetro no produto; e ver se a faixa etária corresponde com a da criança. “Esta medida diz respeito ao tamanho das peças que compõem o brinquedo, também se ele pode ser colocado na boca”, informa.
Na Bahia, o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) começou, no início deste mês, a Operação Dia das Crianças, com uma fiscalização mais intensa dos brinquedos. Os resultados das apreensões serão apresentados até o fim desta semana. “Os pais devem procurar o selo do Inmetro, que atesta um cuidado com a segurança das crianças e com as normas para o meio ambiente”, diz Jorge Barreto, diretor de regulamentação de mercado do Ibametro.
O diretor diz que os problemas mais comuns são com materiais descolando e tinta soltando dos brinquedos. Ele ainda ressalta que não há fiscalização, ou garantia de qualidade, nos brinquedos vendidos em camelôs. Além destes fatores, muitos destes brinquedos apresentam selo do Inmetro falsificado.
ACIDENTES – Apesar de muitos pais não pensarem nos riscos que alguns brinquedos podem trazer, em um momento de comemoração, é exatamente com a intenção de prevenir que os cuidados devem ser tomados.
Luiza Batista, coordenadora nacional de políticas públicas da organização não-governamental Criança Segura, lembra que quedas em bicicletas são responsáveis por causar traumatismo craniano nas crianças. “Se os pais comprarem junto os capacetes, eles diminuem em 75% o risco de um acidente com conseqüências mais graves. E, assim, os pais incentivam a cultura da segurança”, orienta Luiza.
A coordenadora também lembra que, se na casa houver crianças de diferentes idades, é importante orientar os mais velhos a não deixarem seus brinquedos ao alcance dos menores, que podem se machucar. “Preocupe-se em saber qual é o enchimento do brinquedo. São aquelas bolinhas pequenas, que, caso se parta, poderão ser engolidas? Meu filho pode tirar a pilha do brinquedo sozinho? O urso tem um olho que ele vai conseguir arrancar?”, enumera Luiza as situações que podem expor ao risco as crianças.
Para a coordenadora, os recalls que aconteceram foram importantes para os pais ficarem mais atentos à qualidade dos brinquedos. “No caso dos menores, até os 3 anos, eles colocam tudo na boca. Por isso, é importante verificar para que idade é indicado o presente. Aparentemente, o brinquedo pode ser grande, mas pode se quebrar em partes pequenas com facilidade ou soltar tinta quando as crianças colocarem eles na boca
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