Por Francisco Silva Filho
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Parece intempestivo tratar de um assunto que, durante mais de noventa dias não saiu da boca do povo, das bolsas de apostas, e até mesmo, dos catiripapos dos mais exaltados; principalmente porque, depois que se segue da apuração dos votos, não se cabe mais qualquer comentário acerca dos fatos que fizeram da eleição em nossa cidade mais um capítulo do exercício da cidadania dos eleitores que não se furtaram ao dever, como também, o direito de escolher o seu candidato a prefeito e um vereador.
Cabe, entretanto, fazer umas considerações à cerca dos ânimos dos eleitores no que toca à vontade de votar nos cidadãos que se fizeram candidatos ao cargo maior; o executivo municipal. Sabemos, e isso é fato, quem em Conquista há uma tendência em se acomodar com o que acham que está sendo bom para si mesmo, para a cidade, enfim, para todos. O povo em Conquista não gosta de se render às mudanças, salvo, quando elas se fazem imperiosas; não gosta de mudar pelo simples mudar. Aqui em Curitiba, também, não é muito diferente, não. Acredito que, por ser Vitória da Conquista uma cidade que tem, ressalvadas as proporções no que se referem à cultura, a densidade demográfica e, até mesmo climática; muito parecida com Curitiba. O frio faz as pessoas ficarem mais conservadoras, menos aventureiras; enfim, faz as pessoas ficarem mais acomodadas.
O medo de mudança do conquistense, mais uma vez cimentou a vida política do Guilherme Menezes em nosso território. A vitória do Guilherme com 56,20% dos votos válidos lhe deu um aparente conforto, pelos menos até as próximas eleições. No que se refere ao Guilherme, há que se considerar, que entre ele e o PT se estabeleceu um “binômio” perigoso, mas, necessário; para se eleger ele precisa do PT; e o PT para fazer um prefeito precisa do Guilherme. Melhor explicando: fora do PT, ele não se elege, e o PT sem ele não ganha eleição em Conquista.
Como em Conquista há uma prática mais que cinqüentenária, um candidato a prefeito jamais ganhou a eleição em seu primeiro pleito, fica aí uma brecha tanto para o Hérzem Gusmão, bem como, para o coronel Esmeraldino Correia. Quando se analisa o número de eleitores registrados no TRE em Conquista (195.365), e confrontar o número de votos obtidos pelo candidato Guilherme Menezes (79.461) tem-se claro, que, no universo de mais de 195 mil eleitores, 115 mil representam os eleitores com integral rejeição ao candidato petista. Este é um capital eleitoral nem um pouco desprezível, sobretudo, porque, os eleitores que votaram no Guilherme compõem um misto de seus fiéis eleitores e os fanáticos do PT; enfim, este é o capital político eleitoral petista em nossa cidade.
Confesso que, eu fui colhido de surpresa pela imensa votação recebida pelo Hérzem; não que eu o achasse incapaz de ser prefeito em nossa cidade, aliás, só o Hérzem não sabe das minhas intenções políticas envolvendo o nome dele e o de um grande nome em nossa cidade para prefeito ainda nessas eleições de 2008, sobre esse assunto há mais de dois anos eu venho confabulando com o nosso patrono político em Conquista, o J. Pedral. Quando eu fiz uma visita ao Hérzem na Rádio Cidade no ano passado, ele me disse: Francisco eu sou candidato a prefeito. E me falou com tanta convicção, que acabou sendo um brado “eu vou ganhar” e finalizou dizendo que ele não aceitava sair candidato à vice-prefeito com ninguém. Até parecia que o que eu havia conversado com o Pedral já havia chegado até o Hérzem, e, desta forma ele já foi logo rechaçando qualquer idéia que divergisse do seu real intento. O grande nome que eu queria que saísse prefeito de Conquista não quis colocar-se em condição de apreciação popular; mas, tudo tem o seu devido tempo.
A votação conseguida pelo Hérzem foi uma conquista de um capital político invejável, digno de ser aplicado – não na bolsa de valores, para que não se perca – na caderneta de suas anotações, e, em sabendo cada um desses nomes, cativá-los, para que eles lhes rendam os devidos frutos a razão de a 1% (hum) ao mês, capitalizados ao fim de quatro anos, acabarão por lhe renderem, se não estou enganado na capitalização, mais de 56% sobre o percentual nesta eleição obtido, que resultará em algo em torno de 49,5%. Você Hérzem, saiu desta eleição “Coroado de Êxito”, afinal, em nunca tendo sido candidato a nada, o seu índice de rejeição foi baixo, pois, se considerarmos que somados os votos brancos, nulos e as abstenções totalizaram 53.963 mil eleitores que representam 27,62% do total de eleitores conquistenses, e que eles não votariam em Guilherme ou em qualquer outro candidato do PT, essa rejeição tem que também ser dividida com o coronel Esmeraldino; dessa forma, Hérzem, você tem que administrar o que conquistou, e, mais ainda, conquistar a simpatia da oposição de Conquista tão dividida e, sobretudo, sem credibilidade.
Francisco Silva Filho – Curitiba-PR
Cabe, entretanto, fazer umas considerações à cerca dos ânimos dos eleitores no que toca à vontade de votar nos cidadãos que se fizeram candidatos ao cargo maior; o executivo municipal. Sabemos, e isso é fato, quem em Conquista há uma tendência em se acomodar com o que acham que está sendo bom para si mesmo, para a cidade, enfim, para todos. O povo em Conquista não gosta de se render às mudanças, salvo, quando elas se fazem imperiosas; não gosta de mudar pelo simples mudar. Aqui em Curitiba, também, não é muito diferente, não. Acredito que, por ser Vitória da Conquista uma cidade que tem, ressalvadas as proporções no que se referem à cultura, a densidade demográfica e, até mesmo climática; muito parecida com Curitiba. O frio faz as pessoas ficarem mais conservadoras, menos aventureiras; enfim, faz as pessoas ficarem mais acomodadas.
O medo de mudança do conquistense, mais uma vez cimentou a vida política do Guilherme Menezes em nosso território. A vitória do Guilherme com 56,20% dos votos válidos lhe deu um aparente conforto, pelos menos até as próximas eleições. No que se refere ao Guilherme, há que se considerar, que entre ele e o PT se estabeleceu um “binômio” perigoso, mas, necessário; para se eleger ele precisa do PT; e o PT para fazer um prefeito precisa do Guilherme. Melhor explicando: fora do PT, ele não se elege, e o PT sem ele não ganha eleição em Conquista.
Como em Conquista há uma prática mais que cinqüentenária, um candidato a prefeito jamais ganhou a eleição em seu primeiro pleito, fica aí uma brecha tanto para o Hérzem Gusmão, bem como, para o coronel Esmeraldino Correia. Quando se analisa o número de eleitores registrados no TRE em Conquista (195.365), e confrontar o número de votos obtidos pelo candidato Guilherme Menezes (79.461) tem-se claro, que, no universo de mais de 195 mil eleitores, 115 mil representam os eleitores com integral rejeição ao candidato petista. Este é um capital eleitoral nem um pouco desprezível, sobretudo, porque, os eleitores que votaram no Guilherme compõem um misto de seus fiéis eleitores e os fanáticos do PT; enfim, este é o capital político eleitoral petista em nossa cidade.
Confesso que, eu fui colhido de surpresa pela imensa votação recebida pelo Hérzem; não que eu o achasse incapaz de ser prefeito em nossa cidade, aliás, só o Hérzem não sabe das minhas intenções políticas envolvendo o nome dele e o de um grande nome em nossa cidade para prefeito ainda nessas eleições de 2008, sobre esse assunto há mais de dois anos eu venho confabulando com o nosso patrono político em Conquista, o J. Pedral. Quando eu fiz uma visita ao Hérzem na Rádio Cidade no ano passado, ele me disse: Francisco eu sou candidato a prefeito. E me falou com tanta convicção, que acabou sendo um brado “eu vou ganhar” e finalizou dizendo que ele não aceitava sair candidato à vice-prefeito com ninguém. Até parecia que o que eu havia conversado com o Pedral já havia chegado até o Hérzem, e, desta forma ele já foi logo rechaçando qualquer idéia que divergisse do seu real intento. O grande nome que eu queria que saísse prefeito de Conquista não quis colocar-se em condição de apreciação popular; mas, tudo tem o seu devido tempo.
A votação conseguida pelo Hérzem foi uma conquista de um capital político invejável, digno de ser aplicado – não na bolsa de valores, para que não se perca – na caderneta de suas anotações, e, em sabendo cada um desses nomes, cativá-los, para que eles lhes rendam os devidos frutos a razão de a 1% (hum) ao mês, capitalizados ao fim de quatro anos, acabarão por lhe renderem, se não estou enganado na capitalização, mais de 56% sobre o percentual nesta eleição obtido, que resultará em algo em torno de 49,5%. Você Hérzem, saiu desta eleição “Coroado de Êxito”, afinal, em nunca tendo sido candidato a nada, o seu índice de rejeição foi baixo, pois, se considerarmos que somados os votos brancos, nulos e as abstenções totalizaram 53.963 mil eleitores que representam 27,62% do total de eleitores conquistenses, e que eles não votariam em Guilherme ou em qualquer outro candidato do PT, essa rejeição tem que também ser dividida com o coronel Esmeraldino; dessa forma, Hérzem, você tem que administrar o que conquistou, e, mais ainda, conquistar a simpatia da oposição de Conquista tão dividida e, sobretudo, sem credibilidade.
Francisco Silva Filho – Curitiba-PR
7 comentários:
Chico, simplesmente genial!
Um abraço,
Ezequiel Sena
Pedral, para mim é uma lenda! Lembro-me dele na minha casa, quando meu pai foi eleito presidente da associação do bairro em 1964. A casa ficou "cheia de comunista", disse, assustado, meu pai. Pedral foi preso, Péricles se matou na prisão. Eu me senti na história. Pedral ainda está na política? Em qual partido?
Apesar de ter votado em Hérzen não concordo com o nosso amigo quando diz que o povo conquistense( ou parte dele )tem medo de mudanças! O conquistense é um povo politizado,esclarecido e sabe discenir o que convém para nossa cidade no momento certo!
Acredito que a mudança virá sim,mas de forma gradual e quando necessária!A primeira vitória de Guilherme foi por protesto,uma vez que o Sr.J.Pedral deixou nossa cidade numa situação caótica sob todos os aspectos e o povo percebeu isso e optou pela mudança!
Esse blá,blá,blá de votos nulos e brancos como potencial a favor desse ou daquele candidato é ridículo,pois acontece em todo processo eleitoral(na Bahia então...).Ridículo também é querer associar a vontade politica de um povo ao clima de uma determinada região! Sendo assim todo povo de regiões frias seria acomodado!Hérzen tem,sim,potencial para chegar lá e precisa para de chorar sobre leite derramado,aprender as devidas lições e se estruturar melhor! E o mesmo deve ser feito pelos seus puxa-sacos!Chororô não ajuda em nada!
Hérzen precisa é de ação,de luta,conquista gradual à medida que a população for se conscientizando e de maneira racional,justa,digna e politicamente honrosa elege-lo novo representante nas próximas eleiçoes!
J.Pedral foi a maior decepção para o povo de Conquista! Sua última adiministração foi marcada pelos desmandos e incompetência geral!Ele chegou mesmo a vender a alma ao diabo quando se associou a ACM,traindo o povo conquistense e todo o seu eleitorado!Ele merece ser execrado publicamente e não merece honra nenhuma!As pessoas deveriam pensar melhor antes de citar J. Pedral como referência política!Ele que se faz de eterna vítima da ditadura militar,perseguido e tudo mais, não pensou duas vezes antes de trair Vitória da Conquista ao se associar a ACM visando interesses proprios!Uma vergonha!
O Brasil vai bem! A Bahia vai bem e Vitória da Conquista vai bem também!Nossa cidade está progredindo e muito!E como!Só não enxerga isso quem não quer e se faz de besta!Os quase oitenta mil que votaram no Dr. Guilherme Menezes reconheceram isso muito bem!Jugaram,analisaram e decidiram muito bem!E quando a nossa população achar que deve mudar seu governo é porque o momento certo terá chegado!
Então respeitem a vontade popular a parem de subestimar um povo tão batalhador,tão honrado e consciente do que quer!
O Sr.Francisco deveria respeitar o povo conquistense e parar de falar besteira!
Dizer que o povo conquistense é medroso e acomodado é um comentário infeliz e revela,no mínimo,a imaturidade do Sr.Francisco,que precisa conhecer e respeitar melhor o nosso povo!
Bobagem querer comparar a sociedade curitibana com a conquistense!Cada povo tem suas características marcantes!Notamos assim as diferenças que qualificam cada sociedade!Curitiba é Curitiba ( com todo respeito) e Vitória da Conquista é Vitória da Conquista ( com todo orgulho)
Sr.Francisco,por favor,amadureça e apareça!!!
Então Pedral se aliou a ACM? Não sabia. Estou fora de Conquista há muitos anos. Que vacilo. Melhor, que traição. Pela atitude, deveria estar no PT, que se transformou no novo PFL. Que decepção. Mais um sonho que virou pesadelo.
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