O conjunto urbanístico e arquitetônico do Centro Antigo de Caetité, que detém imóveis originários do século 19 e início do século 20, está a salvo de demolições até que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), unidade Secretaria Estadual de Cultura, finalize os trabalhos de pesquisa sobre os bens edificados ainda existentes. O trabalho definirá uma poligonal de tombamento pelo Governo do Estado, como patrimônio da Bahia.
Caetité, localizado a 757 quilômetros de Salvador, no sudoeste da Bahia, é o município que tem mais imóveis tombados pelo Ipac, depois da capital baiana, detendo sete tombamentos ‘definitivos’ e cinco ‘provisórios’, totalizando 12 construções consideradas patrimônio cultural da Bahia.
De acordo com o diretor geral do instituto, Frederico Mendonça, os tombamentos, sejam provisórios ou definitivos, já garantem a integridade dos imóveis e monumentos. O casario do centro de Caetité vêm sendo ameaçado pela forte especulação imobiliária presente nos últimos anos na cidade.
As mudanças urbanas começaram com a circulação de riqueza trazida pela exploração das jazidas de ferro, manganês e urânio que o município dispõe, exportadas até para o Canadá. “Isso é comum acontecer em centros urbanos que passam por acelerada progressão econômica e financeira.
No entanto, queremos mostrar que a preservação do patrimônio edificado é viável e pode, inclusive, ser mais um vetor para o desenvolvimento da cidade”, explica Mendonça.
Nessa perspectiva, em julho deste ano, o Ipac promoveu na cidade uma exposição que comemora os seus 40 anos de existência, além de encontros, palestras e oficinas patrimoniais, com participação da população.
Tombamento
Agora, o Ipac estuda o tombamento da área de proteção rigorosa para o centro de Caetité, que deverá ter cerca de 40,3 mil metros quadrados, demarcada por meio de uma poligonal, delimitando a zona de preservação do casario de importância arquitetônico-histórica.
“Em março deste ano, iniciamos processo semelhante para a Estação Hidromineral de Cipó, construída na década de 1930 e considerada o conjunto de arquitetura art déco e neocolonial mais conservado do Brasil”, relata Mendonça.
Na poligonal de Caetité, encontram-se casas da Praça Rodrigues Lima, Igreja de São Benedito, casa natal de César Zama, o Caetité Hotel, entre outros imóveis relevantes.
A casa onde nasceu Anísio Texeira, a do Barão de Cartité e a do Coronel Cazuzinha, imóveis já tombados pelo Ipac, integram também esse conjunto. O Observatório Meteorológico, construído no início do século 20, está em análise para aberyura do processo de tombamento e sua vizinhança, igualmente, será considerada área de proteção rigorosa.
Município
Caetité faz parte do território de identidade “Sertão Produtivo”, onde o governo estadual desenvolve diversas ações que beneficiam cadeias produtivas do semi-árido, aperfeiçoa sistemas polidutivos verticalizados, amplia a produção e integra redes de inserção competitiva dos produtos nos mercados local, nacional e internacional. Originalmente habitado por indígenas da linhagem Jê – tupinaens e pataxós –o município já tinha, no século 18, núcleo católico de catequese.
Seu nome deriva das palavras tupi ‘caa’ (mata), ‘ita’ (pedra) e ‘eté’ (grande), referência à formação rochosa à leste da cidade, conhecida por ‘pedra redonda’.
No final do século 18, registra-se a fazenda São Timóteo, entreposto do ouro que descia da chapada para o porto de Parati, no Rio de Janeiro. Em 1724, passa a pertencer à Vila de Rio de Contas, emancipada de Jacobina, e, em 1754, torna-se freguesia.
Até início do século 19, a população se mobiliza, comprando à Coroa o direito de tornar-se Vila, emancipando-se de Rio de Contas em 1810. Foi elevada a cidade em 1867. De seu território, originaram-se 47 municípios baianos.
Texto: Agecom
Caetité, localizado a 757 quilômetros de Salvador, no sudoeste da Bahia, é o município que tem mais imóveis tombados pelo Ipac, depois da capital baiana, detendo sete tombamentos ‘definitivos’ e cinco ‘provisórios’, totalizando 12 construções consideradas patrimônio cultural da Bahia.
De acordo com o diretor geral do instituto, Frederico Mendonça, os tombamentos, sejam provisórios ou definitivos, já garantem a integridade dos imóveis e monumentos. O casario do centro de Caetité vêm sendo ameaçado pela forte especulação imobiliária presente nos últimos anos na cidade.
As mudanças urbanas começaram com a circulação de riqueza trazida pela exploração das jazidas de ferro, manganês e urânio que o município dispõe, exportadas até para o Canadá. “Isso é comum acontecer em centros urbanos que passam por acelerada progressão econômica e financeira.
No entanto, queremos mostrar que a preservação do patrimônio edificado é viável e pode, inclusive, ser mais um vetor para o desenvolvimento da cidade”, explica Mendonça.
Nessa perspectiva, em julho deste ano, o Ipac promoveu na cidade uma exposição que comemora os seus 40 anos de existência, além de encontros, palestras e oficinas patrimoniais, com participação da população.
Tombamento
Agora, o Ipac estuda o tombamento da área de proteção rigorosa para o centro de Caetité, que deverá ter cerca de 40,3 mil metros quadrados, demarcada por meio de uma poligonal, delimitando a zona de preservação do casario de importância arquitetônico-histórica.
“Em março deste ano, iniciamos processo semelhante para a Estação Hidromineral de Cipó, construída na década de 1930 e considerada o conjunto de arquitetura art déco e neocolonial mais conservado do Brasil”, relata Mendonça.
Na poligonal de Caetité, encontram-se casas da Praça Rodrigues Lima, Igreja de São Benedito, casa natal de César Zama, o Caetité Hotel, entre outros imóveis relevantes.
A casa onde nasceu Anísio Texeira, a do Barão de Cartité e a do Coronel Cazuzinha, imóveis já tombados pelo Ipac, integram também esse conjunto. O Observatório Meteorológico, construído no início do século 20, está em análise para aberyura do processo de tombamento e sua vizinhança, igualmente, será considerada área de proteção rigorosa.
Município
Caetité faz parte do território de identidade “Sertão Produtivo”, onde o governo estadual desenvolve diversas ações que beneficiam cadeias produtivas do semi-árido, aperfeiçoa sistemas polidutivos verticalizados, amplia a produção e integra redes de inserção competitiva dos produtos nos mercados local, nacional e internacional. Originalmente habitado por indígenas da linhagem Jê – tupinaens e pataxós –o município já tinha, no século 18, núcleo católico de catequese.
Seu nome deriva das palavras tupi ‘caa’ (mata), ‘ita’ (pedra) e ‘eté’ (grande), referência à formação rochosa à leste da cidade, conhecida por ‘pedra redonda’.
No final do século 18, registra-se a fazenda São Timóteo, entreposto do ouro que descia da chapada para o porto de Parati, no Rio de Janeiro. Em 1724, passa a pertencer à Vila de Rio de Contas, emancipada de Jacobina, e, em 1754, torna-se freguesia.
Até início do século 19, a população se mobiliza, comprando à Coroa o direito de tornar-se Vila, emancipando-se de Rio de Contas em 1810. Foi elevada a cidade em 1867. De seu território, originaram-se 47 municípios baianos.
Texto: Agecom
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