O professor Krugman e eu
Muito merecido o prêmio Nobel de Economia dado ao professor Paul Krugman. Não sou do ramo, mas diariamente passo os olhos sobre o noticiário envolvendo economia e economistas. Você, caro amigo, dirá: Esse Paulo Pires tá ficando biruta. Quem é ele para achar ou deixar de achar merecimento em alguém que recebeu ou vai ser indicado para o Prêmio Nobel. Não posso deixar de reconhecer que o amigo e a amiga estão inteiramente corretos. Faço estes comentários aqui porque não passo de um metido. Meu lugar, no máximo, está reservado na última seção de um escritoriozinho de Contabilidade e nada mais! Mas como sou um cara vaidoso, me meto nessas coisas mesmo que ninguém tenha solicitado.
O professor Krugman, outrora instalado na Universidade Harvard hoje está lotado no Departamento de Economia de Princeton (outra prestigiadíssima universidade americana). Em seu blog, hoje 14/10/2008, às 07h40min da manhã ele postou a seguinte mensagem: “Uma manhã interessante”. Acrescentou “algo interessante aconteceu comigo esta manhã” e remetendo o leitor à página do site do Nobel com o anúncio da premiação. “Para ser totalmente honesto, eu achava que esse dia chegaria, mas estava absolutamente convencido de que não seria tão cedo”, comentou posteriormente. “Conheço pessoas que vivem suas vidas esperando por esse anúncio, o que não é algo bom. Então, eu simplesmente não pensava nisso.”
A TV Brasil ontem repetiu a entrevista que o grande economista deu à Emissora em julho deste ano. Em sua exposição ele fala dos erros da política monetária do ex-presidente do FED – Banco Central americano – Sr. Greenspan e disse que o liberalismo na América havia passado do ponto desde o final dos anos 90. Acertou em cheio. Aliás, a TV Globo por intermédio de Miriam Leitão apresentou uma entrevista com o professor feita há 10 anos e já naquela época ele vinha alertando para a bolha imobiliária e a expansão desmesurada do crédito na terra do Tio Sam. As autoridades monetárias americanas não levaram a serio. Resultado: Tomaram na tarraqueta!!!
Como afirmei anteriormente não sou economista. Mas há muito leio matérias e estudos sobre assuntos econômicos. Em certa ocasião li um ensaio do Sr. Henri Maksoud falando sobre o papel das Ciências Econômicas, suas virtudes e defeitos. Fiquei atento ao escrito e o que mais me deixou curioso foi o fato de o empresário mencionar que alguns economistas queriam transformar esse ramo de conhecimento numa espécie de ciência advinhatória. Lembro-me que ele utilizou a expressão MACROECONOMANCIA, ou seja, a arte de projetar os fenômenos sócio-econômicos com o uso da adivinhação. Os economistas, figuras da maior importância no processo civilizatório da humanidade, de repente começaram a se achar no lugar de Deuses. Não faz muito tempo, o Brasil só fazia o que eles apontavam e queriam. Tudo bem, eles são inteligentes, fluentes, bem informados, bem propositados, mas isso não é tudo. Parodiando o inesquecível Winston Churcill diria que “Economia é assunto muito sério para ficar restrito apenas aos Economistas”.
Por isso, me junto aos que louvam a escolha da Academia de Estocolmo quanto ao nome do Professor Krugman, conferindo a ele o merecido Prêmio neste ano. E faço esta louvação porque este professor, tal qual acontece comigo (hum hum, hum) teve a coragem (tenho medo dessa palavra) de vir a público para externar tudo o que pensa de Economia, governos, políticas e o escambau. Ele em Princeton com uma coluna no New York Times e eu aqui na Uesb, com colunas nos Blogs dos amigos. Ele falando um monte de coisas importantes para a humanidade e eu um monte de besteiras para a comunidade. Mas tudo bem, quem sabe um dia, alguém daquela respeitável Academia se sensibilize com as minhas idéias e de repente resolva me coroar com um Nobel. O meu Ignobel já está reservado. Parabéns ao Prof. Krugman. Quando teremos um Nobel? O Brasil até hoje não teve esse privilégio. Estivemos perto. Mas uns invejosos filhos da mãe (daqui mesmo) jogaram areia no negócio e a gente dançou. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires (*) Professor UESB-FAINOR.
Muito merecido o prêmio Nobel de Economia dado ao professor Paul Krugman. Não sou do ramo, mas diariamente passo os olhos sobre o noticiário envolvendo economia e economistas. Você, caro amigo, dirá: Esse Paulo Pires tá ficando biruta. Quem é ele para achar ou deixar de achar merecimento em alguém que recebeu ou vai ser indicado para o Prêmio Nobel. Não posso deixar de reconhecer que o amigo e a amiga estão inteiramente corretos. Faço estes comentários aqui porque não passo de um metido. Meu lugar, no máximo, está reservado na última seção de um escritoriozinho de Contabilidade e nada mais! Mas como sou um cara vaidoso, me meto nessas coisas mesmo que ninguém tenha solicitado.
O professor Krugman, outrora instalado na Universidade Harvard hoje está lotado no Departamento de Economia de Princeton (outra prestigiadíssima universidade americana). Em seu blog, hoje 14/10/2008, às 07h40min da manhã ele postou a seguinte mensagem: “Uma manhã interessante”. Acrescentou “algo interessante aconteceu comigo esta manhã” e remetendo o leitor à página do site do Nobel com o anúncio da premiação. “Para ser totalmente honesto, eu achava que esse dia chegaria, mas estava absolutamente convencido de que não seria tão cedo”, comentou posteriormente. “Conheço pessoas que vivem suas vidas esperando por esse anúncio, o que não é algo bom. Então, eu simplesmente não pensava nisso.”
A TV Brasil ontem repetiu a entrevista que o grande economista deu à Emissora em julho deste ano. Em sua exposição ele fala dos erros da política monetária do ex-presidente do FED – Banco Central americano – Sr. Greenspan e disse que o liberalismo na América havia passado do ponto desde o final dos anos 90. Acertou em cheio. Aliás, a TV Globo por intermédio de Miriam Leitão apresentou uma entrevista com o professor feita há 10 anos e já naquela época ele vinha alertando para a bolha imobiliária e a expansão desmesurada do crédito na terra do Tio Sam. As autoridades monetárias americanas não levaram a serio. Resultado: Tomaram na tarraqueta!!!
Como afirmei anteriormente não sou economista. Mas há muito leio matérias e estudos sobre assuntos econômicos. Em certa ocasião li um ensaio do Sr. Henri Maksoud falando sobre o papel das Ciências Econômicas, suas virtudes e defeitos. Fiquei atento ao escrito e o que mais me deixou curioso foi o fato de o empresário mencionar que alguns economistas queriam transformar esse ramo de conhecimento numa espécie de ciência advinhatória. Lembro-me que ele utilizou a expressão MACROECONOMANCIA, ou seja, a arte de projetar os fenômenos sócio-econômicos com o uso da adivinhação. Os economistas, figuras da maior importância no processo civilizatório da humanidade, de repente começaram a se achar no lugar de Deuses. Não faz muito tempo, o Brasil só fazia o que eles apontavam e queriam. Tudo bem, eles são inteligentes, fluentes, bem informados, bem propositados, mas isso não é tudo. Parodiando o inesquecível Winston Churcill diria que “Economia é assunto muito sério para ficar restrito apenas aos Economistas”.
Por isso, me junto aos que louvam a escolha da Academia de Estocolmo quanto ao nome do Professor Krugman, conferindo a ele o merecido Prêmio neste ano. E faço esta louvação porque este professor, tal qual acontece comigo (hum hum, hum) teve a coragem (tenho medo dessa palavra) de vir a público para externar tudo o que pensa de Economia, governos, políticas e o escambau. Ele em Princeton com uma coluna no New York Times e eu aqui na Uesb, com colunas nos Blogs dos amigos. Ele falando um monte de coisas importantes para a humanidade e eu um monte de besteiras para a comunidade. Mas tudo bem, quem sabe um dia, alguém daquela respeitável Academia se sensibilize com as minhas idéias e de repente resolva me coroar com um Nobel. O meu Ignobel já está reservado. Parabéns ao Prof. Krugman. Quando teremos um Nobel? O Brasil até hoje não teve esse privilégio. Estivemos perto. Mas uns invejosos filhos da mãe (daqui mesmo) jogaram areia no negócio e a gente dançou. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires (*) Professor UESB-FAINOR.
2 comentários:
Tenha fé, um dia voce alcançará o almenajado prêmio. RGS
Essas palavras suas mecheram com minhas idéias, acho que vou fazer uma CHARGE com isso...rsrsrsr
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