JUSCELINO SOUZA, A TARDE
JOSÉ SILVA, AGENCIA A TARDE
celinosouza@grupoatarde.com.br
Ontem à tarde, um avião Fokker 50 da OceanAir Linhas Aéreas levantou vôo no Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador), numa viagem sem retorno.
A companhia deixou de operar na cidade sob alegação de falta de condições de pouso e decolagem para aeronaves de grande porte no aeroporto. Até o final da tarde de ontem a empresa mantinha dois vôos diários para Salvador e Montes Claros (MG).
Nos últimos três anos, a OceanAir operou na cidade com aviões Fokker 50, com capacidade para até 50 passageiros. Com a aquisição do grupo pela Gol, funcionários – que não quiseram se identificar – afirmaram que de agora em diante a empresa só deverá operar com grandes aeronaves, tipo Fokker 100. Esta justificativa também foi a recebida pelo agente de viagem José Maria Caíres, segundo declarou.
Na época da concessão da linha, a diretoria cobrou a ampliação do aeroporto para utilizar aviões maiores, condicionando sua permanência a esta mudança, mas a promessa da contrapartida não avançou. Ainda assim, o anúncio surpreendeu agentes de viagem, passageiros e até funcionários, que dizem não saber como proceder para ressarcimento de passagens adquiridas pela central de reservas.
“Acho isso um retrocesso numa cidade tão importante como Vitória da Conquista”, avaliou a gerente de posto de combustíveis Ilsete Delauro, que aguardava para embarcar. Com a saída da OceanAir, somente uma empresa aérea, a Passaredo, atenderá à cidade. O grupo oferece vôos para São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Barreiras e Salvador. A situação mobilizou representantes da prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas e Sebrae, que se reuniram na noite de ontem para discutir formas de pressionar por uma solução. Eles, no entanto, preferiram não se pronunciar antes do debate conjunto.
AMPLIAÇÃO – Devido à vizinhança com residências nos bairros Patagônia, Santa Cruz, Brasil e Batéias, a ampliação do aeroporto foi descartada. A solução seria então a construção de uma nova unidade, prevista no Plano Plurianual (PPA) da União desde 2004, com recurso total de R$ 25 milhões. Apesar dos impedimentos, a ampliação foi o objetivo informado na solicitação de aporte de recursos por meio da inclusão de emenda no Projeto de Lei nº 13.493/2003, que institui o PPA da Administração Pública Estadual, para o período de 2004/2007. Porém, os recursos entraram no orçamento dois anos após o Departamento de Aviação Civil ter detectado uma série de problemas no local.
As deficiências referem-se, principalmente, à falta de condições operacionais e de infra-estrutura, que compromete a segurança das operações aéreas. Muitas pessoas, atravessam a pista de pouso durante a noite para encurtar caminho até suas casas, construídas ilegalmente na área.
Na extensão dos 5 quilômetros de muro existem trechos que variam de um metro a 80 centímetros de altura, enquanto o padrão é de 2,5 metros de muro e mais meio metro de tela.
De acordo com decisão publicada no Diário Oficial da União do último dia 8, estes são alguns pontos que serão melhorados com recurso alocado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Serão R$ 4,65 milhões para ampliação da pista de pouso e também a de taxeamento; revitalização do balizamento noturno; e colocação de cerca de proteção.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Infra-Estrutura do Estado (Seinfra), a União e o Estado têm até o final de junho para assinar o convênio, e representantes das duas instâncias irão se reunir no próximo dia 19 em Brasília para discutir os termos.
35 .mil passageiros e 95 mil quilos de carga passam pelo terminal aeroportuário local a cada ano.
Ontem à tarde, um avião Fokker 50 da OceanAir Linhas Aéreas levantou vôo no Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador), numa viagem sem retorno.
A companhia deixou de operar na cidade sob alegação de falta de condições de pouso e decolagem para aeronaves de grande porte no aeroporto. Até o final da tarde de ontem a empresa mantinha dois vôos diários para Salvador e Montes Claros (MG).
Nos últimos três anos, a OceanAir operou na cidade com aviões Fokker 50, com capacidade para até 50 passageiros. Com a aquisição do grupo pela Gol, funcionários – que não quiseram se identificar – afirmaram que de agora em diante a empresa só deverá operar com grandes aeronaves, tipo Fokker 100. Esta justificativa também foi a recebida pelo agente de viagem José Maria Caíres, segundo declarou.
Na época da concessão da linha, a diretoria cobrou a ampliação do aeroporto para utilizar aviões maiores, condicionando sua permanência a esta mudança, mas a promessa da contrapartida não avançou. Ainda assim, o anúncio surpreendeu agentes de viagem, passageiros e até funcionários, que dizem não saber como proceder para ressarcimento de passagens adquiridas pela central de reservas.
“Acho isso um retrocesso numa cidade tão importante como Vitória da Conquista”, avaliou a gerente de posto de combustíveis Ilsete Delauro, que aguardava para embarcar. Com a saída da OceanAir, somente uma empresa aérea, a Passaredo, atenderá à cidade. O grupo oferece vôos para São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Barreiras e Salvador. A situação mobilizou representantes da prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas e Sebrae, que se reuniram na noite de ontem para discutir formas de pressionar por uma solução. Eles, no entanto, preferiram não se pronunciar antes do debate conjunto.
AMPLIAÇÃO – Devido à vizinhança com residências nos bairros Patagônia, Santa Cruz, Brasil e Batéias, a ampliação do aeroporto foi descartada. A solução seria então a construção de uma nova unidade, prevista no Plano Plurianual (PPA) da União desde 2004, com recurso total de R$ 25 milhões. Apesar dos impedimentos, a ampliação foi o objetivo informado na solicitação de aporte de recursos por meio da inclusão de emenda no Projeto de Lei nº 13.493/2003, que institui o PPA da Administração Pública Estadual, para o período de 2004/2007. Porém, os recursos entraram no orçamento dois anos após o Departamento de Aviação Civil ter detectado uma série de problemas no local.
As deficiências referem-se, principalmente, à falta de condições operacionais e de infra-estrutura, que compromete a segurança das operações aéreas. Muitas pessoas, atravessam a pista de pouso durante a noite para encurtar caminho até suas casas, construídas ilegalmente na área.
Na extensão dos 5 quilômetros de muro existem trechos que variam de um metro a 80 centímetros de altura, enquanto o padrão é de 2,5 metros de muro e mais meio metro de tela.
De acordo com decisão publicada no Diário Oficial da União do último dia 8, estes são alguns pontos que serão melhorados com recurso alocado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Serão R$ 4,65 milhões para ampliação da pista de pouso e também a de taxeamento; revitalização do balizamento noturno; e colocação de cerca de proteção.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Infra-Estrutura do Estado (Seinfra), a União e o Estado têm até o final de junho para assinar o convênio, e representantes das duas instâncias irão se reunir no próximo dia 19 em Brasília para discutir os termos.
35 .mil passageiros e 95 mil quilos de carga passam pelo terminal aeroportuário local a cada ano.
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