JUSCELINO SOUZA, A ATARDE
celinosouza@grupoatarde.com.br
Pouco mais de um ano depois de A TARDE ter denunciado a ação de ladrões que se faziam passar por agentes de combate à dengue, a situação volta a se repetir em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador). Como se não bastasse ter que evitar o mosquito transmissor da doença, a população convive com a desconfiança e o medo de abrir a porta para um falso agente. Na dúvida, alguns moradores se trancam em casa e evitam receber a visita.
É o que tem feito a aposentada Maria Augusta Oliveira, 70 anos, desde que foi surpreendida e amordaçada por dois assaltantes – um deles disfarçado de agente de endemias – há pouco mais de duas semanas. O drama da aposentada durou meia hora, até conseguir se livrar da mordaça e buscar socorro na vizinhança. Os dois aparentavam ter entre 16 e 18 anos e estavam armados, mas nada levaram, a não ser o sossego da mulher, que credita seu lance de sorte à forte religiosidade.
Para não levantar suspeitas, os rapazes chegaram ao imóvel durante o dia. Nenhum deles usava crachá ou qualquer outro documento de identificação, mas não encontraram dificuldade no acesso ao interior da casa.
Chegaram até mesmo a fingir, procurando focos do mosquito nos fundos da residência. Era um pretexto para verificar os pertences da aposentada e, em seguida, anunciar o assalto. Antes que o plano fosse colocado em prática, a vítima desconfiou e foi imobilizada.
Sem se refazer do susto, ela diz que não mais permitirá o acesso de estranhos à sua casa.
Para agravar ainda mais a situação, uma vizinha da vítima por pouco não passou pelo mesmo problema, mas evitou a ação a tempo. Diante de uma eventual resistência dos demais moradores em receber os agentes, o Centro de Controle de Endemias (CCE ) da Secretaria Municipal da Saúde tem orientado a população a solicitar a identificação funcional. Dos 113 mil imóveis cadastrados pelo centro, 10 mil não foram alcançados no ciclo anterior, seja por pendência ou recusa do morador em receber o agente. O percentual não visitado chega a 10,4%, enquanto o Ministério da Saúde recomenda um índice abaixo de 10%.
AÇÕES –Para tentar reverter a situação, o CCE ingressou com 20 ações no Ministério Público Estadual (MP) para ter acesso às residências com recusa. Diferentemente do imóvel pendente, onde o responsável estava ausente no momento da visita, o de recusa é aquele em que não foi permitido o acesso. O órgão se fundamenta numa legislação estadual que garante a entrada dos agentes nas residências, mas o MP ainda não avaliou os pedidos.
Todos os 114 agentes de combate à dengue fazem visitas devidamente fardados. Eles usam camisa verde ou branca, com a inscrição da prefeitura municipal na parte da frente e o nome do Centro de Controle de Endemias na parte de trás, além de mochila personalizada e crachá de identificação.
Ainda fazendo frente a possíveis dúvidas, a direção do centro mantém o agente zoneado, ou seja; ele é o mesmo que sempre faz as visitas em determinado bairro. “Em alguns momentos ele pode ser substituído, no caso de férias, mas na maioria das vezes é o mesmo que atua na comunidade”, explicou a coordenadora municipal de endemias, Fabiana Cavalcante.
O número de agentes deve ser ampliado nos próximos meses. A coordenadora antecipou que já foi aberto processo seletivo para completar o quadro. A redução ocorreu por mudança de cargos, problemas médicos e desistência da atividade. Este ano foram notificados 79 casos positivos de dengue e 129 ainda aguardam resultado.
“Está dentro da normalidade para esta época do ano”, tranqüiliza Fabiana.
Pouco mais de um ano depois de A TARDE ter denunciado a ação de ladrões que se faziam passar por agentes de combate à dengue, a situação volta a se repetir em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador). Como se não bastasse ter que evitar o mosquito transmissor da doença, a população convive com a desconfiança e o medo de abrir a porta para um falso agente. Na dúvida, alguns moradores se trancam em casa e evitam receber a visita.
É o que tem feito a aposentada Maria Augusta Oliveira, 70 anos, desde que foi surpreendida e amordaçada por dois assaltantes – um deles disfarçado de agente de endemias – há pouco mais de duas semanas. O drama da aposentada durou meia hora, até conseguir se livrar da mordaça e buscar socorro na vizinhança. Os dois aparentavam ter entre 16 e 18 anos e estavam armados, mas nada levaram, a não ser o sossego da mulher, que credita seu lance de sorte à forte religiosidade.
Para não levantar suspeitas, os rapazes chegaram ao imóvel durante o dia. Nenhum deles usava crachá ou qualquer outro documento de identificação, mas não encontraram dificuldade no acesso ao interior da casa.
Chegaram até mesmo a fingir, procurando focos do mosquito nos fundos da residência. Era um pretexto para verificar os pertences da aposentada e, em seguida, anunciar o assalto. Antes que o plano fosse colocado em prática, a vítima desconfiou e foi imobilizada.
Sem se refazer do susto, ela diz que não mais permitirá o acesso de estranhos à sua casa.
Para agravar ainda mais a situação, uma vizinha da vítima por pouco não passou pelo mesmo problema, mas evitou a ação a tempo. Diante de uma eventual resistência dos demais moradores em receber os agentes, o Centro de Controle de Endemias (CCE ) da Secretaria Municipal da Saúde tem orientado a população a solicitar a identificação funcional. Dos 113 mil imóveis cadastrados pelo centro, 10 mil não foram alcançados no ciclo anterior, seja por pendência ou recusa do morador em receber o agente. O percentual não visitado chega a 10,4%, enquanto o Ministério da Saúde recomenda um índice abaixo de 10%.
AÇÕES –Para tentar reverter a situação, o CCE ingressou com 20 ações no Ministério Público Estadual (MP) para ter acesso às residências com recusa. Diferentemente do imóvel pendente, onde o responsável estava ausente no momento da visita, o de recusa é aquele em que não foi permitido o acesso. O órgão se fundamenta numa legislação estadual que garante a entrada dos agentes nas residências, mas o MP ainda não avaliou os pedidos.
Todos os 114 agentes de combate à dengue fazem visitas devidamente fardados. Eles usam camisa verde ou branca, com a inscrição da prefeitura municipal na parte da frente e o nome do Centro de Controle de Endemias na parte de trás, além de mochila personalizada e crachá de identificação.
Ainda fazendo frente a possíveis dúvidas, a direção do centro mantém o agente zoneado, ou seja; ele é o mesmo que sempre faz as visitas em determinado bairro. “Em alguns momentos ele pode ser substituído, no caso de férias, mas na maioria das vezes é o mesmo que atua na comunidade”, explicou a coordenadora municipal de endemias, Fabiana Cavalcante.
O número de agentes deve ser ampliado nos próximos meses. A coordenadora antecipou que já foi aberto processo seletivo para completar o quadro. A redução ocorreu por mudança de cargos, problemas médicos e desistência da atividade. Este ano foram notificados 79 casos positivos de dengue e 129 ainda aguardam resultado.
“Está dentro da normalidade para esta época do ano”, tranqüiliza Fabiana.
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