domingo, 27 de setembro de 2009

Direto da Praça

Lula disse... Por Paulo Pires
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O senhor Lula da Silva afirmou há poucos dias em Boa Vista, Roraima, que “ a gente ganha a eleição do ano que vem de qualquer jeito”. A resposta foi dada a um repórter local, que destacou o baixo desempenho nos palanques promovido pela inexpressiva empatia da preferida do presidente, ministra Dilma Roussef.


Temos que considerar duas coisas. A primeira é que o jornalista não mentiu. A ministra Dilma é um peso, prá ser sincero, um dos mais pesados que um presidente poderia apresentar como sucessor. Na linguagem popular, o povão diria que ela é uma mala sem alça, com a corda quebrada três horas da manhã, numa Estação Rodoviária, embaixo de um grande temporal. E por azar ou descuido, dona Dilma parece colaborar com o que acham dela. Lá em Boa Vista (Roraima) na saudação inicial que fêz, disse que “estava muito feliz por estar naquele momento falando para o povo de Rondônia” (o povão embaixo gritou: Roraima, Roraima!!!).

Mas o Lula, que aprendeu de quase tudo em Política (hoje os analistas dizem que o Sapo Barbudo tem Pós-doutorado neste campo), reiterou sua tranquilidade em relação a eleição do ano que vem. Se examinarmos o cenário com cuidado veremos que o Sapo tem razão. Ele tem falado aos quatro cantos que o Serra só ganharia a eleição se no primeiro turno fizesse os 50% mais um dos votantes, caso contrário, vai pro brejo. E não é que ele tem razão...? No cenário que temos hoje, estão Dilma Roussef, Ciro Gomes, Marina Silva e Heloisa Helena, além do governador Serra. Qualé o parangolé? O parangolé é o seguinte: Serra tem contra si quatro candidatos todos saídos da algibeira do Sapo. E pelo andar da carruagem, o carequinha de São Paulo não faz os cinqüenta 50% no primeiro turno nem a pau. A eleição então será disputada no segundo turno. É claro que no segundo turno o presidente terá que escolher entre Dilma, Ciro, Marina e/ou Heloisa Helena. E neste caso, os eleitores de qualquer um dos quatro, jamais migrariam para a candidatura do Governador paulista. Mesmo a contragosto, votariam nas criaturas lulistas. Por isso Serra anda meio desconfiado. Eu, se fosse ele, também ficaria...
Aqui em Conquista.

Depois que o radialista Herzem Gusmão se filiou ao PMDB, imediatamente foi iniciada a dança nas siglas partidárias locais. Claudionor Dutra (meu colega de UESB e amigo) assumiu o PSDB. Dr. Joaz Meira, que estava sem dar um pio, imediatamente se apresentou como candidato à Câmara Federal pelo PSB (cuja maior expressão eleitoral local é o vereador Gilzete Moreira). A presença de Joaz deu ao tabuleiro político local um manifesto de novas alternativas. Ticolô (como é conhecido Claudionor Dutra) certamente vai sair candidato. Trata-se de um político jovem, com imagem pública muito positiva, respaldada pelo trabalho de intenso dinamismo frente à Cooperativa Agropecuária Conquistense (leia-se COOPMAC) e, portanto, com uma capacidade de articulação muito inteligente.

Em verdade, candidatos temos à mancheia. Uns mais expressivos que outros, mas todos com intenções louváveis quando se referem ao desenvolvimento local e regional. São pessoas com muitos serviços prestados à nossa comunidade e certamente terão os reconhecimentos em forma de votos. É certo que alguns não terão tantos reconhecimentos (votos) como pensavam ter. Mas isso faz parte da ilusão política. É o famoso auto-engano. Em política a coisa não é fácil. Muitas vezes o candidato pensa ter ou ser um sujeito super reconhecido pelo seu trabalho, mas esquece que há outros candidatos que estão trabalhando em seus redutos. Quando ocorre isso, é um Deus nos acuda. O sujeito fica frustrado, melancólico, chateado. Chama o povo de ingrato, diz que nunca mais vai se candidatar e coisa e tal.

Há poucos dias encontrei meu amigo Juraci Gralha na Alameda. Prá quem não se lembra, Juraci foi vereador conquistense pelo Guigó, nos anos setenta. Pois o nosso Juraci afirmou que também está mudando de Partido e que vai lançar seu nome a Deputado Federal. Por estar com muita pressa não tive tempo de perguntar a ele qual Partido. Mas, uma coisa posso dizer: O homem está com a corda toda. Afirmou-me com segurança que já tem sua eleição como favas contadas. Coisa certa, concluiu. Disse que “não queria sair, mas o povo tem feito muita pressão e o jeito é ele, mais uma vez, fazer esse sacrifício”. Achei bonito (e original) o argumento do Gralha. Geralmente é sempre assim: É o povo. Se o Povo quer, o que fazer? “Sacrificar-se”.

Um comentário:

Anônimo disse...

O presidente Lula, tem muitos auxiliares,assessores e colaboradores.Aliás, pode contar até mesmo com o "imperador bolivariano",se fizer necessário!.VIVA O BRASIL!.