domingo, 5 de abril de 2009

15 anos sem Cobain


Este domingo [5/4] fazem quinze anos que Kurt Cobain decidiu que não poderia mais enganar os fãs e a si mesmo fingindo que estava se divertindo 100% e puxou o gatilho do revolver que o matou. Três dias depois, o eletricista que foi consertar o sistema de alarme da casa o achou no chão. No bilhete suicida, se despediu assim: "Sou uma pessoa de humor muito errático e não tenho mais paixão. Paz, amor, empatia - Kurt Cobain."

Smell Like Teen Spirit virou hino dos anos 90, Seatle, a capital do rock e Kurt Cobain, ícone. Deve ser muito doido mesmo ser a banda da vez, ver suas ideias espalhadas pelo mundo, suas letras cantadas por fãs apaixonados, uma indústria fonográfica bombando e com ela, as cobranças. Até que segurar "o barato e a vergonha de se tornar um popstar internacional" ficou difícil.

O cara temperamental que viveu um amor louco, se chapou de heroína, roypnol e champagne e negligenciou todos os pedidos pra que cuidasse de si mesmo saia finalmente de cena e com ele a banda declarava oficialmente o fim. O próprio Kurt já tinha dito em entrevistas que o Nirvana estava esgotado, começava a se repetir. Grunge era uma moda que, assim como chegou, iria embora.


Além do peso da guitarra "para agradar a garotada", Kurt Cobain queria ser mais leve, chegar perto do R.E.M, tocar com Michael Stipe. Ser conhecido como um cantor e compositor e não como um roqueiro, sentar num banquinho e tocar feito Jhonny Cash, mas era muito drama bloqueando o caminho.


O triste, sensível, insatisfeito pisciano, pequeno homem de Jesus nos agradeceu do fundo do seu estômago queimado pelas cartas e pela preocupação com ele todos aqueles anos. E partiu.


Domingo é Rape me nas alturas...

Blog Dez / A Tarde

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