A produção industrial da Bahia sofreu queda histórica no último mês de dezembro, recuando 15,6%, em relação ao mês imediatamente anterior. Foi a quarta taxa negativa consecutiva, acumulando queda de 20,3%. O desempenho baiano foi o segundo pior do País. A maior queda foi de Minas Gerais (16,4%.) e São Paulo registrou resultado negativo de 14,9% em dezembro. Esses números foram piores do que a média nacional, recuo de 12,4%, o maior desde 1991, quando teve início série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comportamento nas taxas foi negativo em seis dos nove setores pesquisados. Maior destaque para os produtos químicos (-41,1%), causado pela menor fabricação de etileno não-saturado e polietileno de baixa densidade.
Redução também no refino de petróleo e produção de álcool (-10,7%), puxada pela baixa na produção de óleo diesel e naftas; e veículos automotores (-100%), por conta paralisação na produção de automóveis por férias coletivas na Ford.
Nem tudo foi desaceleração na indústria em dezembro. Contribuições positivas de alimentos e bebidas (16,5%) e celulose e papel (14,2%), creditadas, respectivamente, ao aumento da produção de óleo de soja refinado, farinhas; e da celulose.
Para o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Victor Ventin, a situação era prevista e pode piorar, sobretudo por conta da falta de resposta do governo estadual ao maior pleito da Fieb, junto com as federações do comércio e da agricultura, e a associação comercial: a prorrogação do prazo para recolhimento do ICMS para pessoa jurídica. De acordo com Ventin, as entidades aguardam posição há mais de 70 dias.
“Pedimos a prorrogação por 20 dias do pagamento do ICMS, uma prorrogação isonômica.
Não entendo porque um governo petista não toma esse posicionamento para melhorar a liquidez das empresas e garantir os empregos. Parabenizo o PT nacional porque já tomou essa medida.
Estados de São Paulo e Minas Gerais já tiveram essa iniciativa.
A secretaria da Fazenda tem grande capacidade arrecadadora, mas parece cega pela volúpia arrecadatória. Até quando? Não quero ser partidário, mas fico surpreso com a falta de sensibilidade para o emprego. Os bancos, por usa vez, não querem emprestar.
A nossa alternativa é cotar na carne”, critica Ventin.
Os cortes da indústria foram em matéria-prima, energia e emprego.
Victor Ventin avalia que a crise financeira internacional atingiu todas as áreas da indústria sem distinção. “Estamos interligados”, argumenta. Maurício Jansen, diretor do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, discorda e revela que o comportamento das empresas está em análise. “O Dieese está levantando as maiores empresas na Bolsa de Valores e identificando as que estão distribuindo lucros.
A Elekeiroz é uma delas”.
Sobre os resultados da indústria, o governador Jaques Wagner declarou ontem, na reunião nacional de secretários do trabalho: “O governo federal está alimentando a área do crédito, buscando reduzir impostos nós aqui também fizemos a nossa parte, liberando o pagamento de ICMS acumulado para várias áreas da indústria, particularmente da petroquímica”, disse.
Colaborou Luiz Souza
O Sindicato dos Químicos e Petroleiros homologou 84 demissões em janeiro de 2009, 204 em dezembro de 2008 e 190 em novembro de 2008.
A média de tempo de serviço era de oito anos e dez meses.
A Tarde
O comportamento nas taxas foi negativo em seis dos nove setores pesquisados. Maior destaque para os produtos químicos (-41,1%), causado pela menor fabricação de etileno não-saturado e polietileno de baixa densidade.
Redução também no refino de petróleo e produção de álcool (-10,7%), puxada pela baixa na produção de óleo diesel e naftas; e veículos automotores (-100%), por conta paralisação na produção de automóveis por férias coletivas na Ford.
Nem tudo foi desaceleração na indústria em dezembro. Contribuições positivas de alimentos e bebidas (16,5%) e celulose e papel (14,2%), creditadas, respectivamente, ao aumento da produção de óleo de soja refinado, farinhas; e da celulose.
Para o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Victor Ventin, a situação era prevista e pode piorar, sobretudo por conta da falta de resposta do governo estadual ao maior pleito da Fieb, junto com as federações do comércio e da agricultura, e a associação comercial: a prorrogação do prazo para recolhimento do ICMS para pessoa jurídica. De acordo com Ventin, as entidades aguardam posição há mais de 70 dias.
“Pedimos a prorrogação por 20 dias do pagamento do ICMS, uma prorrogação isonômica.
Não entendo porque um governo petista não toma esse posicionamento para melhorar a liquidez das empresas e garantir os empregos. Parabenizo o PT nacional porque já tomou essa medida.
Estados de São Paulo e Minas Gerais já tiveram essa iniciativa.
A secretaria da Fazenda tem grande capacidade arrecadadora, mas parece cega pela volúpia arrecadatória. Até quando? Não quero ser partidário, mas fico surpreso com a falta de sensibilidade para o emprego. Os bancos, por usa vez, não querem emprestar.
A nossa alternativa é cotar na carne”, critica Ventin.
Os cortes da indústria foram em matéria-prima, energia e emprego.
Victor Ventin avalia que a crise financeira internacional atingiu todas as áreas da indústria sem distinção. “Estamos interligados”, argumenta. Maurício Jansen, diretor do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, discorda e revela que o comportamento das empresas está em análise. “O Dieese está levantando as maiores empresas na Bolsa de Valores e identificando as que estão distribuindo lucros.
A Elekeiroz é uma delas”.
Sobre os resultados da indústria, o governador Jaques Wagner declarou ontem, na reunião nacional de secretários do trabalho: “O governo federal está alimentando a área do crédito, buscando reduzir impostos nós aqui também fizemos a nossa parte, liberando o pagamento de ICMS acumulado para várias áreas da indústria, particularmente da petroquímica”, disse.
Colaborou Luiz Souza
O Sindicato dos Químicos e Petroleiros homologou 84 demissões em janeiro de 2009, 204 em dezembro de 2008 e 190 em novembro de 2008.
A média de tempo de serviço era de oito anos e dez meses.
A Tarde
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