sábado, 7 de fevereiro de 2009

Indústria de produção de fécula beneficia produtores do sudoeste

Unidade, que tem investimentos sociais de R$4 mi da Fundação Banco do Brasil, terá capacidade para beneficiar 100 toneladas do carboidrato por dia

A maior região produtora de mandioca do Brasil, o sudoeste da Bahia, vai ganhar uma indústria de produção de fécula, carboidrato extraído da raiz de mandioca usado em substituição ao amido de milho. A unidade, que fica pronta no primeiro semestre de 2010, será construída no distrito de Corta Lote, em Vitória da Conquista, com investimentos sociais da Fundação Banco do Brasil de cerca de R$ 4 mi. A capacidade de beneficiamento será de 100 toneladas de raiz por dia.

O convênio que garante a construção do empreendimento foi assinado hoje (5), em Salvador/BA, pelo governador do estado, Jaques Wagner, o presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, o presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub), Izaltiene Rodrigues, e por um representante da prefeitura de Vitória da Conquista.




A unidade fabril vai atender diretamente 2,2 mil agricultores familiares cooperados da Coopasub, em 17 municípios baianos. Indiretamente, cerca de 10 mil pessoas serão integradas ao mundo do trabalho. A produção anual de mandioca dos associados da cooperativa é, em média, de 44 mil toneladas de raiz.



“A região só produzia, até agora, farinha de mandioca. Poder trabalhar com a fécula, um produto nobre da raiz, vai garantir o acesso a um vasto mercado, que inclui de indústrias de embutidos, de celulose e panificação até a petroquímica”, afirma o assessor do projeto Dácio Brandão.



De acordo com ele, a fecularia vai garantir maior rendimento e inclusão social dos agricultores e a certeza de que terão como comercializar a produção. “A cooperativa vai comprar antecipadamente a farinha e a raiz da mandioca por um preço definido e justo, eliminando incertezas e, o mais importante, a figura do atravessador”, diz.



Investimentos sociais - O presidente da Fundação BB, Jacques Pena, destacou o papel da entidade na articulação de parcerias que garantem o incentivo a empreendimentos solidários, sustentáveis e de desenvolvimento territorial. “A cadeia produtiva da mandiocultura, no sudoeste da Bahia, já havia recebido investimentos sociais de R$ 3,6 milhões para fortalecimento da agricultura familiar em todo o processo produtivo, do plantio à comercialização. A implantação da indústria de fécula vai melhorar ainda mais a vida de milhares de agricultores familiares da região”, afirmou.



O governador da Bahia, Jaques Wagner, destacou a importância da Fundação Banco do Brasil para a inclusão social dos agricultores familiares ligados à Coopasub. “A atuação da Fundação BB é um exemplo de gestão campeã”, ressaltou.



Na mesma ocasião, foi assinado um convênio para a construção de uma unidade de empacotamento de farinha e um módulo administrativo, em Vitória da Conquista, com investimentos sociais de R$ 160 mil da Fundação Banco do Brasil. O projeto também tem investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


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