Por Ezequiel Sena
x
Político é político e pronto! Pouco importa se é homem, mulher ou homossexual! Cada um na sua individualidade, ou melhor, na sua pluralidade, como diz Caetano Veloso. É até leviano de nossa parte desmerecer a liderança e a capacidade intelectual de um parlamentar por ser gay. Pra mim é preconceito! Queiram ou não, é uma realidade os espaços que o homossexual vem ganhando em todos os setores da sociedade. Porém, esse ódio irracional parece que mudou de lado, os próprios gays estão aborrecidos e revoltados com a eleição do travesti Léo Kret, (quarta maior votação para a cadeira da Câmara de Vereadores de Salvador, 12.861 votos) - achando eles que, por ela ser tão esfuziante, debochada, folclórica e charmosa, vai pagar muito mico e desmoralizar a classe. Jamais pensam nas propostas que ela pretende apresentar à frente do Legislativo Municipal. Estão preocupados mesmo é com a imagem. Entretanto, é muito chato ver gay criticando gay, patrulhando gay, pressionando gay, difamando gay apenas por ciumeira ou pura rivalidade. Por essas e outras que a sabedoria popular profetiza: - “ô classe desunida..!”
Penso que depois da Cicciolina, a política não é mais a mesma coisa; de lá para cá o mundo deu muitas voltas e com isso mudou muiiito... E, hoje, em pleno século 21, vejo e sinto como um fato perfeitamente normal. Afinal de contas, o povo elege o político que bem entende. Então ter o seu candidato no poder é fato consumado e aceito pela sociedade, desde que seja escolhido nas urnas, democraticamente na acepção da palavra.
Outro eleitor exclama escandalizado ao ver a foto debochada do gay Léo Kret em primeira página dos jornais da capital: - “Como é que pode, puseram um travesti na Câmara de Vereadores...”! Se recuarmos no tempo, coisa de vinte e poucos anos, o leitor quarentão vai se recordar da “atriz” de filmes pornô Cicciolina, fofinha, em italiano, que foi eleita com uma boa vantagem de votos perante muitos “marmanjos” ao Parlamento (aqui Congresso) italiano, e não houve tanto tititi, falatório, feito este caso do gay brasileiro, diga-se soteropolitano, uma vez que a Itália é o destino para muitos travestis brasileiros (ver estatística do GLS Atobá), e eles não estão aí por acaso, fazendo miché, enfeitando e tumultuando avenidas famosas, muitos italianos bi adoram mesmo uma boneca.
Mas vamos lá. Não é preciso retroceder no tempo e pinçar como exemplo a deputada (daputada: olha o trocadilho!) aposentada Cicciolina, e nem na distância quilométrica que nos separa do Velho Mundo, já que temos aqui um exemplo palpável na Câmara Federal: um congressista assumidamente gay, o Clodovil, e muitos outros não declarados abertamente (escondidos no armário), como o estilista –. No entanto, estão lá dentro também representando o povo, ou melhor, interesses pessoais, de corporações, de sindicatos e de classes... Enfim vejo, portanto, que não há o que se admirar. Contudo, se o indivíduo enxergar pelo lado moral, religioso, homofóbico, machista, e não se adaptar aos afluentes da democracia dirá que o mundo está realmente de cabeça para baixo meeesmo! – então o “observador” tem toda razão. Não só em relação a esse edil, mas também em relação a muitas outras coisas que acontecem no mundo da política. No caso do vereador, digo vereadora Leo Kret (ela faz questão de ser feminina), legítima representante das cores do arco íris, é café pequeno. O tempo dirá!
Penso que depois da Cicciolina, a política não é mais a mesma coisa; de lá para cá o mundo deu muitas voltas e com isso mudou muiiito... E, hoje, em pleno século 21, vejo e sinto como um fato perfeitamente normal. Afinal de contas, o povo elege o político que bem entende. Então ter o seu candidato no poder é fato consumado e aceito pela sociedade, desde que seja escolhido nas urnas, democraticamente na acepção da palavra.
Outro eleitor exclama escandalizado ao ver a foto debochada do gay Léo Kret em primeira página dos jornais da capital: - “Como é que pode, puseram um travesti na Câmara de Vereadores...”! Se recuarmos no tempo, coisa de vinte e poucos anos, o leitor quarentão vai se recordar da “atriz” de filmes pornô Cicciolina, fofinha, em italiano, que foi eleita com uma boa vantagem de votos perante muitos “marmanjos” ao Parlamento (aqui Congresso) italiano, e não houve tanto tititi, falatório, feito este caso do gay brasileiro, diga-se soteropolitano, uma vez que a Itália é o destino para muitos travestis brasileiros (ver estatística do GLS Atobá), e eles não estão aí por acaso, fazendo miché, enfeitando e tumultuando avenidas famosas, muitos italianos bi adoram mesmo uma boneca.
Mas vamos lá. Não é preciso retroceder no tempo e pinçar como exemplo a deputada (daputada: olha o trocadilho!) aposentada Cicciolina, e nem na distância quilométrica que nos separa do Velho Mundo, já que temos aqui um exemplo palpável na Câmara Federal: um congressista assumidamente gay, o Clodovil, e muitos outros não declarados abertamente (escondidos no armário), como o estilista –. No entanto, estão lá dentro também representando o povo, ou melhor, interesses pessoais, de corporações, de sindicatos e de classes... Enfim vejo, portanto, que não há o que se admirar. Contudo, se o indivíduo enxergar pelo lado moral, religioso, homofóbico, machista, e não se adaptar aos afluentes da democracia dirá que o mundo está realmente de cabeça para baixo meeesmo! – então o “observador” tem toda razão. Não só em relação a esse edil, mas também em relação a muitas outras coisas que acontecem no mundo da política. No caso do vereador, digo vereadora Leo Kret (ela faz questão de ser feminina), legítima representante das cores do arco íris, é café pequeno. O tempo dirá!
3 comentários:
Boa, Ezequiel.Gostei!
Um colunista de seu naipe jamais deve se ater a preconceitos - mesmo que voce não concorde -, informar e ter opinião é sinônimo de liberdade democrática, quem não gostar que critique, com substância; afinal o leitor tem o direito de resposta. Muito bom este artigo sobre o vereador travesti Léo Krét. Imparcial, corajoso, irreverente,e com um toque de humor, acima de tudo destituído de amarras religiosas e e moral hipócrita.
Armínio Esdras Arduz
BH - Minas Gerais
Muito bom! Anderson, voce está arrebentando com a qualidade dos seus colunistas. O Ezequiel a cada dia melhor.
Um abraço.
Gerson Almeida
Meu nome é janaína Barbosa dos Santos,tenho 17 anos, e sempre leio seus artigos. o Último sobre o vereador Léo Kret tá muito bom.Sem preconceitos.
Parabéns, senhor Ezequiel.
Postar um comentário