Raul Ferraz e Murilo Mármore
Das últimas eleições, alguns aprendizados podem ser tirados, principalmente pelos políticos mais antigos de Conquista. O nome só não ganha, ou como queiram, só o nome não ganha. No caso, reportamo-nos aos de Raul Ferraz e de Murilo Mármore. O primeiro, verdadeira lenda dos comícios que ouvíamos nos bairros da Cidade nas décadas de 60, 70 e 80, e o segundo, simplesmente um dos melhores Prefeitos que esta Cidade já teve. Nenhum dos dois obteve êxito na disputa para vereança local. É uma pena. Lamentamos particularmente em nome de Murilo Mármore, pessoa com a qual mantivemos e mantemos estreitos laços de amizade pessoal e familiar. Doutor Murilo merecia um voto de confiança. Não deu. O que se há de fazer? Penso que a nossa sociedade deixou escapar um momento ímpar para indicar um grande vereador para representá-la. Só isso.
A escolha dos auxiliares
O velho Nicoló Maquiavel em sua obra O Príncipe diz que um bom governante deve escolher os seus auxiliares procurando neles tanta ou mais sabedoria do que a que ele, governante, tem. Penso que se o doutor Guilherme souber escolher criteriosamente uma equipe de qualidade - e isso ele já demonstrou que sabe - terá tudo para fazer um bom governo. O que nos leva a concluir por essa assertiva são as estreitas relações (políticas) com o Governador, com o Presidente Lula e, em que pese alguns estranhamentos com o líder do governo Deputado Waldenor Pereira. A bem da verdade Guilherme sempre soube se cercar de bons auxiliares. Por isso suas administrações sempre tiveram aprovação pública.
Zé da Paz: Um candidato vencedor
Encontrei-me rapidamente com Zé da Paz em frente à Caixa Econômica da Praça Barão do Rio Branco. De cara nosso Zé deu logo aquele inconfundível SIM que ecoou nos ouvidos de toda a Praça. O homem teve uma grande votação e demonstrou muito prestígio pessoal. Sem muitos recursos (para não dizer nenhum) Zé fez mais de 1200 votos e saiu da eleição sorridente e espalhando contentamento por toda a Cidade. Quem o conhece bem como eu, fica encantado com a sua pureza. Zé agradece a todos e, por incrível que pareça, a sensação que ele passa é de quem confia que todo mundo votou nele. A lógica de Zé é a dos inocentes. Se todas as pessoas que ele cumprimenta e agradece tivessem votado nele, certamente o da Paz teria prá mais de 10 mil votos. Mas que nada! Isso ele nem leva em conta. O que conta foi a sua participação e a possibilidade de e falar para o seu Povo, nosso Povo, para nós, o Povo. Viva Zé da Paz!
Juraci Gralha: Novas idéias
Outro com quem me encontrei e me deixou surpreso com as novas idéias foi Juraci Gralha. O Grande Jura, como costumo lhe chamar, disse-me que nas próximas eleições sairá candidato a vereador e sua campanha vai se dirigir basicamente a dois segmentos importantes: A dos eleitores jovens, começando pela própria neta, e o dos Homossexuais. Defendeu suas “novas” idéias políticas expondo que em suas “pesquisas” detectou um número enorme de bichas e sapatões no município e esse segmento não pode deixar de ter um representante à altura. Olhei para Jura e procurei observar se ele apresentava alguns tiques diferentes, mas ele continuou firme em sua exposição. Acabou me convencendo de que realmente “as meninas” e os “meninos” precisam de uma representação mais assumida. Gostaríamos de ver o “futuro” vereador Gralha na Câmara, cheio de fricote fazendo uma defesa apaixonada do pessoal Gay. Seria algo digno do genial Shakespeare: Tragicômico.
A decepção de alguns candidatos
Alguns candidatos saíram decepcionadíssimos dessas eleições. Não é prá menos. Conheço gente que pela terceira vez se candidatou e prá variar, levou chumbo. Não sei se vou ser inconveniente, mas vou repetir aqui uma advertência do grande irlandês Samuel Beckett: “Tente de novo, fracasse de novo, fracasse melhor”. O Presidente Lula e Abraham Lincoln tentaram tantas vezes que a coisa acabou dando certo. Política é um jogo de dados. Como já dissemos em outra ocasião, repetindo um grande poeta, a vida é um jogo de dados. Tudo tem risco. Portanto, não nos decepcionemos. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena (F. Pessoa). Até a próxima.
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