quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Diversos usos da manipueira são discutidos em encontro na UESB

Visando a difusão da manipueira, resíduo líquido obtido da prensagem da massa da mandioca, a divulgação dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos com o produto e as diversas alternativas de utilização, acontece até amanhã (4/9), no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista, o 1º Seminário Nacional sobre Manipueira. O evento é coordenado pela Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub).

Na oportunidade, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), ligada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri), esteve representada pelo engenheiro agrônomo e chefe do escritório local de Olindina, Sérgio Ricardo, que ministrou palestra sobre os múltiplos usos do produto, e por treze técnicos de sete regiões administrativas, que trabalham com a mandioca.

As pesquisas com a manipueira visam a sua utilização na produção de fertilizantes, biogás, alimentação animal, combate a pragas e doenças, dentre outros usos. "Este é um produto que se encontra em grande quantidade, em qualquer unidade de processamento de mandioca, atividade muito exercitada pelos agricultores familiares", explicou a engenheira agrônoma e chefe da Divisão de Culturas Industriais (DCI), da EBDA, Darcy Regis.

Ela ainda chama a atenção para a correta utilização do resíduo poluente. "Por ser um produto tóxico, a sua utilização correta vai minimizar os efeitos na natureza e evitar a contaminação de mananciais e a intoxicação de animais", advertiu. "A manipueira ainda é um produto em fase de pesquisas, mas que já se delineia como de grande importância para o agricultor familiar, que poderá utilizá-lo para minimizar custos de produção", comentou a agrônoma da EBDA.

A empresa já vem testando a sua utilização em pequenas propriedades familiares, seja na forma de fertilizante, seja no combate à pragas e doenças, a exemplo do combate à formigas, carrapatos e outros insetos. Trabalhos com o produto também estão sendo testados na Estação Experimental de Aramarí e no município de Inhambupe.

Através da Divisão de Culturas Industriais (DCI), a EBDA também vem desenvolvendo diversos eventos de capacitação, visando à inserção de técnicos e agricultores familiares na cadeia produtiva da mandioca.

FONTE

Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
Assessoria de Imprensa da EBDA

Um comentário:

Anônimo disse...

Esses seminários, debates,relatórios etc,. são muito importantes - mas, muito mais importante é o apoio constante e efetivo aos produtores de mandioca e processadores do produto - na produção dos derivados. RGS(pesquisador).