terça-feira, 10 de junho de 2008

A DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR

Por Romulo Alves Martins

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Todos temos a preocupação pelo bem das pessoas que amamos, sobretudo das nossas crianças, adolescentes e jovens. De fato, sabemos que depende deles o futuro desta nossa cidade. Portanto, não podemos deixar de ser solícitos pela formação das novas gerações, pela sua capacidade de se orientar na vida e discernir o bem do mal, pela sua saúde não só física, mas também moral.

Mas educar nunca foi fácil e hoje parece tornar-se sempre mais difícil. Sabem muito bem disso os pais, os professores e todos aqueles que desempenham responsabilidades educativas diretas. Há uma sensação entre nós de uma grande “emergência educativa”, confirmada pelos insucessos com os quais com muita freqüência se confrontam os nossos esforços para formar pessoas sólidas, capazes de colaborar com os outros e dar um sentido à própria vida.
É forte certamente, quer entre os pais, quer entre os professores, a tentação a renunciar e, ainda antes, o risco de não compreender nem sequer qual seja o seu papel, ou melhor, a missão que lhes foi confiada. Na realidade, estão em questão não só as responsabilidades pessoais dos adultos ou jovens, que contudo existem e não devem ser escondidas, mas também uma atmosfera difundida, que faz duvidar do valor da pessoa humana. Então se torna difícil transmitir de uma geração a outra algo de válido e de certo, regras de comportamento, objetivos credíveis com base nas quais se possa construir a própria vida.
Todas essas dificuldades, de fato, não são insuperáveis. Uma autêntica educação depende antes de tudo da proximidade e confiança que nascem da afeição: experiência fundamental de afeição que as crianças fazem, ou pelo menos deveriam fazer, com os seus pais e educadores. Mas cada verdadeiro educador sabe que para educar deve doar algo de si mesmo e que só assim pode ajudar aos seus alunos a superar egoísmos e a tornar-se por sua vez capazes de utilizar a formação educacional para o correto uso da liberdade, estando os pais e professores sempre atentos a ajudá-los a corrigir idéias e opções erradas. O que nunca devemos fazer é favorecê-los nos erros, fingir que não os vemos, ou pior, partilhá-los, como se fossem as novas fronteiras do progresso humano.
É decisivo na educação o sentido de responsabilidade. A responsabilidade é em primeiro lugar pessoal, mas também devemos compartilhar responsabilidades como cidadãos de uma mesma cidade, como membros de uma família humana, pois os nossos estilos de vida, as orientações gerais da sociedade, os meios de comunicação, exercem uma grande influência sobre a formação das novas gerações. Portanto, há necessidade da contribuição de cada um de nós, de cada pessoa, família ou grupo social, para que a sociedade, começando pelo nosso município de Vitória da Conquista, se torne um ambiente mais favorável à educação.

Adaptado da Revista Passos.

Rômulo Martins.


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