Bomba Gay
Voltando ao prêmio IgNobel, esqueci de dizer que um dos seus ganhadores foi um cientista que propôs ao governo americano utilizar em suas guerras malucas uma Bomba Gay. O grande invento (?) consistia no seguinte: Os americanos lançariam a bomba sobre as tropas inimigas e de repente todos os adversários, embriagados por um pó químico contido na bomba, reagiriam com a maior boiolagem ao ataque. Meu consultor para assuntos de sacanagem Carlos Cansadinho, disse que os soldados adversários ao ficarem boiolados, imediatamente baixavam as calças das fardas e, naquela posição que Napoleão perdeu a guerra, gritavam com o sotaque inconfundível da categoria: “Vai... encarar?”.
O assunto, embora pareça um tanto quanto pitoresco, está ganhando dimensões internacionais. No Brasil, anteontem – 05 de junho de 2008 - começou a primeira Conferência de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais. Quem encerrou a noite de abertura foi ninguém menos que o Presidente Lula da Silva. Confesso que fiquei curioso para ouvir o discurso do Presidente. Cá prá nós, o homem não tem nada de besta. Fêz um pronunciamento beleza. As “meninas” adoraram. Lula só faltou fazer beicinhos e botar mãozinhas nos quadris. Que o barbudo é esperto lá isso é. Todos os gays saíram de lá impressionados com o improviso do Presidente. O homem mandou um palavreado super inteligente.
A questão da sexualidade ainda é um dos tabus mais inquietantes e um dos temas mais mal resolvidos da civilização. As pessoas não compreendem que cada um escolhe e vive o que gosta. Tem cara que gosta de mulher, assim como tem outros que gostam de homem. Tem mulher que se dá bem com homem. Outras só se dão bem com mulher. Qual é o problema? Para os puritanos e conservadores, sugiro investigar os estudos de um geneticista italiano contemporâneo chamado Enrico Não sei das Quantas (esqueci o sobrenome do danado), cujo trabalho apresenta um resultado interessante. A conclusão de sua pesquisa aponta para o seguinte fato: Cada dia mais os homens estão se feminizando, ao passo que as mulheres estão se masculinizando. Diz o cientista que isto é um processo biogenético natural.
A matéria mais recente publicada sobre esse professor italiano, saiu em Veja ou Isto é de dois ou três meses passados. Em tom mais que afirmativo, o professor assegura que o ser humano do futuro será bissexual. Todo mundo vai virar Gillete. Como sou um sujeito sempre propenso a aceitar mudanças nas pessoas, considero que a partir dessas mutações, ninguém vai ficar de sacanagem com o “outro” só porque o sujeito “aluga a cauda”. Vale alertar para o fato de que a tese do professor relaciona-se a gerações a partir de 2020. Não sei se alcançarei este tempo, mas, sinceramente, creio que será um tempo de alívio para a humanidade.
Um dos males do ser humano é não aceitar o “outro” do jeito que ele é. Fico impressionado. Parte considerável da humanidade não está (ou foi) educada para isso. Eu diria, à moda dos franceses, que uma das melhores coisas do mundo é a diferença. Se você estivesse em Paris em 1968, constataria que uma das frases mais destacadas nos muros da capital francesa era “Vivre la difference!”. Nesta frase exorta-se uma desejável harmonia para que os seres humanos aceitem “o outro” em sua integridade.
A propósito da sexualidade humana, conforme grandes historiadores (inclusive Edward Gibbon) parece que o homem ocidental regrediu. Na antiguidade, os gregos, os egípcios e os romanos não tinham grandes preocupações com o assunto. Todo mundo se relacionava com a maior naturalidade. Depois é que começou a idiotice. Baseado numa dezena de livros, e mais aprofundadamente em obras de John Boswell, Paul D. Hardman, Paul Veyne, Aline Rousselle e Marie-Jo Bonnet; e em artigos de, entre outros, V.A Kolve, Tom Cowan, Colin Spencer e António Sánchez, o historiador carioca Amílcar Torrão Filho, autor de Tríbades Galantes, Fanchonos Militantes - Homossexuais que Fizeram História (Editora GLS), não tem dúvida em afirmar que demos passos para trás. Outro historiador carioca Ronaldo Vainfas da UFF, diz que em Esparta e Creta, os soldados eram todos ou quase todos Gillete. Eu diria que os guerreiros eram bifásicos: Ora em 110, ora em 220 watts. Portanto, não se esqueça caro amigo, daqui a pouco tempo, as pessoas funcionarão sexualmente de forma híbrida. Não se assuste. São transformações naturais. Lá do Céu (?) quero contemplar o mundo sem Batalhas. Todo mundo jogando flor em todo mundo. Finalmente será adotado o lema: “Faça amor, não faça Guerra”. Adeus mundo bom e gostoso. Viva a diferença. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires
(*) Professor UESB-FAINOR
Voltando ao prêmio IgNobel, esqueci de dizer que um dos seus ganhadores foi um cientista que propôs ao governo americano utilizar em suas guerras malucas uma Bomba Gay. O grande invento (?) consistia no seguinte: Os americanos lançariam a bomba sobre as tropas inimigas e de repente todos os adversários, embriagados por um pó químico contido na bomba, reagiriam com a maior boiolagem ao ataque. Meu consultor para assuntos de sacanagem Carlos Cansadinho, disse que os soldados adversários ao ficarem boiolados, imediatamente baixavam as calças das fardas e, naquela posição que Napoleão perdeu a guerra, gritavam com o sotaque inconfundível da categoria: “Vai... encarar?”.
O assunto, embora pareça um tanto quanto pitoresco, está ganhando dimensões internacionais. No Brasil, anteontem – 05 de junho de 2008 - começou a primeira Conferência de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais. Quem encerrou a noite de abertura foi ninguém menos que o Presidente Lula da Silva. Confesso que fiquei curioso para ouvir o discurso do Presidente. Cá prá nós, o homem não tem nada de besta. Fêz um pronunciamento beleza. As “meninas” adoraram. Lula só faltou fazer beicinhos e botar mãozinhas nos quadris. Que o barbudo é esperto lá isso é. Todos os gays saíram de lá impressionados com o improviso do Presidente. O homem mandou um palavreado super inteligente.
A questão da sexualidade ainda é um dos tabus mais inquietantes e um dos temas mais mal resolvidos da civilização. As pessoas não compreendem que cada um escolhe e vive o que gosta. Tem cara que gosta de mulher, assim como tem outros que gostam de homem. Tem mulher que se dá bem com homem. Outras só se dão bem com mulher. Qual é o problema? Para os puritanos e conservadores, sugiro investigar os estudos de um geneticista italiano contemporâneo chamado Enrico Não sei das Quantas (esqueci o sobrenome do danado), cujo trabalho apresenta um resultado interessante. A conclusão de sua pesquisa aponta para o seguinte fato: Cada dia mais os homens estão se feminizando, ao passo que as mulheres estão se masculinizando. Diz o cientista que isto é um processo biogenético natural.
A matéria mais recente publicada sobre esse professor italiano, saiu em Veja ou Isto é de dois ou três meses passados. Em tom mais que afirmativo, o professor assegura que o ser humano do futuro será bissexual. Todo mundo vai virar Gillete. Como sou um sujeito sempre propenso a aceitar mudanças nas pessoas, considero que a partir dessas mutações, ninguém vai ficar de sacanagem com o “outro” só porque o sujeito “aluga a cauda”. Vale alertar para o fato de que a tese do professor relaciona-se a gerações a partir de 2020. Não sei se alcançarei este tempo, mas, sinceramente, creio que será um tempo de alívio para a humanidade.
Um dos males do ser humano é não aceitar o “outro” do jeito que ele é. Fico impressionado. Parte considerável da humanidade não está (ou foi) educada para isso. Eu diria, à moda dos franceses, que uma das melhores coisas do mundo é a diferença. Se você estivesse em Paris em 1968, constataria que uma das frases mais destacadas nos muros da capital francesa era “Vivre la difference!”. Nesta frase exorta-se uma desejável harmonia para que os seres humanos aceitem “o outro” em sua integridade.
A propósito da sexualidade humana, conforme grandes historiadores (inclusive Edward Gibbon) parece que o homem ocidental regrediu. Na antiguidade, os gregos, os egípcios e os romanos não tinham grandes preocupações com o assunto. Todo mundo se relacionava com a maior naturalidade. Depois é que começou a idiotice. Baseado numa dezena de livros, e mais aprofundadamente em obras de John Boswell, Paul D. Hardman, Paul Veyne, Aline Rousselle e Marie-Jo Bonnet; e em artigos de, entre outros, V.A Kolve, Tom Cowan, Colin Spencer e António Sánchez, o historiador carioca Amílcar Torrão Filho, autor de Tríbades Galantes, Fanchonos Militantes - Homossexuais que Fizeram História (Editora GLS), não tem dúvida em afirmar que demos passos para trás. Outro historiador carioca Ronaldo Vainfas da UFF, diz que em Esparta e Creta, os soldados eram todos ou quase todos Gillete. Eu diria que os guerreiros eram bifásicos: Ora em 110, ora em 220 watts. Portanto, não se esqueça caro amigo, daqui a pouco tempo, as pessoas funcionarão sexualmente de forma híbrida. Não se assuste. São transformações naturais. Lá do Céu (?) quero contemplar o mundo sem Batalhas. Todo mundo jogando flor em todo mundo. Finalmente será adotado o lema: “Faça amor, não faça Guerra”. Adeus mundo bom e gostoso. Viva a diferença. Um abraço cordial e até a próxima.
Paulo Pires
(*) Professor UESB-FAINOR
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