Ezequiel Sena
.Naturalmente que a etnia africana tem em Zumbi dos Palmares o seu representante maior e o mais nobre símbolo de liberdade entre os seres humanos. Zumbi não morreu e Palmares continua vivíssimo. A segregação racial denominada apartheid caiu. Nelson Mandela é o verdadeiro mentor da queda. Barak Obama, o homem mais importante do planeta também é afrodescendente. Agora não se compreende como na Bahia, sendo a capital da beleza negra e fonte maior do sincretismo religioso brasileiro, em pleno século 21, ainda existam pessoas com mentes tão rançosas capazes de cultuar a segregação racial, e, desta maneira, contribuir para elevar o grau de desigualdade social tão nocivo a humanidade, a ponto de indignar a juíza baiana Luislinda Valois ao declarar: “Se você quiser saber o que é ser preto na Bahia, fique negro por 48 horas”.
Digite aqui o resto do postAlém disso, é triste reconhecer que muitos brasileiros não têm a mínima consciência das marcas criminosas deixadas pela escravidão em nossa sociedade. Neste dia 20 de novembro, dedicado ao Dia da Consciência Negra, homenageando o lendário Zumbi dos Palmares, não vão faltar elogios, discursos, citações de méritos, contextualização da história e também uma grande fartura de ideias. No entanto, não haverá linha de raciocínio capaz de traduzir ou explicar porque ainda persiste em nosso País esse odioso e irracional preconceito racial cravado no coração de tanta gente. Contudo serve também como alerta para todos os cidadãos brasileiros, em particular os afrodescendentes, para que reflitam com melhor acuidade sobre a importância dessa mistura étnica que formou o nosso povo.
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Vale registrar que a formação cultural do Brasil, dentre outras influências, teve basicamente mais solidez nas origens africanas e a importância desse legado biográfico tem na raça negra contornos bem definidos e consistentes. Uma extensão que aproveitou muito bem as virtudes e o silêncio da cor fazendo surgir grandes talentos para o enriquecimento da nossa história, como as referências deixadas por Henrique de Lima Barreto (1881-1922), Antônio Francisco Lisboa – O Aleijadinho (1730-1814), João Cândido Felisberto (1880-1969), líder que deu inspiração e referência ao Dia da Consciência Negra; Mario de Andrade (1893-1945), Alfredo da Rocha Vianna Filho - O Pixinguinha (1897-1973), Luiz Gama (1830-1882), o poeta João Cruz e Sousa (1861-1898), Escolástica Maria da Conceição Nazaré – Mãe Menininha do Gantois (1894-1986) – a ialorixá mais famosa do país; além do nosso mais ilustre escritor Antonio Maria Machado de Assis, e muitos outros que personificam e elevam culturalmente esta nação para o mundo.
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Mas, mesmo com a igualdade racial prevista na Constituição Federal, percebe-se que ainda existe resistência de grande parte da sociedade em aceitar a igualdade de direitos entre brancos e negros. Até nas escolas há resistência de alguns educadores em levar o conhecimento afro aos alunos, ainda assim, não se pode negar que os avanços alcançados nos últimos anos são vistos como de caráter prático, afirmativo e necessário.
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Chegamos praticamente ao final da primeira década do século XXI e com isso contabilizamos aproximadamente 250 mil jovens afrodescendentes e outras minorias estudando em mais de 70 universidades, com o apoio do Ministério da Educação. A bem da verdade alguns programas são importantes como Pró-Une, Cotas, Pró-Jovem, Quilombolas etc..., e o dia 20 DE NOVEMBRO não pode ser apagado da memória de nós brasileiros como vem acontecendo com outras datas importantes; como aconteceu no último domingo quando o jornal A TARDE saiu a campo e entrevistou engenheiros, aposentados, funcionários públicos, profissionais liberais e ninguém soube precisar corretamente o que significa o dia 15 de novembro para o Brasil. Lamentável. Entretanto, historiadores explicam que o desconhecimento vai além de um 2º grau mal feito. Vergonhoso!
Ezequiel Sena
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Digite aqui o resto do postAlém disso, é triste reconhecer que muitos brasileiros não têm a mínima consciência das marcas criminosas deixadas pela escravidão em nossa sociedade. Neste dia 20 de novembro, dedicado ao Dia da Consciência Negra, homenageando o lendário Zumbi dos Palmares, não vão faltar elogios, discursos, citações de méritos, contextualização da história e também uma grande fartura de ideias. No entanto, não haverá linha de raciocínio capaz de traduzir ou explicar porque ainda persiste em nosso País esse odioso e irracional preconceito racial cravado no coração de tanta gente. Contudo serve também como alerta para todos os cidadãos brasileiros, em particular os afrodescendentes, para que reflitam com melhor acuidade sobre a importância dessa mistura étnica que formou o nosso povo.
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Vale registrar que a formação cultural do Brasil, dentre outras influências, teve basicamente mais solidez nas origens africanas e a importância desse legado biográfico tem na raça negra contornos bem definidos e consistentes. Uma extensão que aproveitou muito bem as virtudes e o silêncio da cor fazendo surgir grandes talentos para o enriquecimento da nossa história, como as referências deixadas por Henrique de Lima Barreto (1881-1922), Antônio Francisco Lisboa – O Aleijadinho (1730-1814), João Cândido Felisberto (1880-1969), líder que deu inspiração e referência ao Dia da Consciência Negra; Mario de Andrade (1893-1945), Alfredo da Rocha Vianna Filho - O Pixinguinha (1897-1973), Luiz Gama (1830-1882), o poeta João Cruz e Sousa (1861-1898), Escolástica Maria da Conceição Nazaré – Mãe Menininha do Gantois (1894-1986) – a ialorixá mais famosa do país; além do nosso mais ilustre escritor Antonio Maria Machado de Assis, e muitos outros que personificam e elevam culturalmente esta nação para o mundo.
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Mas, mesmo com a igualdade racial prevista na Constituição Federal, percebe-se que ainda existe resistência de grande parte da sociedade em aceitar a igualdade de direitos entre brancos e negros. Até nas escolas há resistência de alguns educadores em levar o conhecimento afro aos alunos, ainda assim, não se pode negar que os avanços alcançados nos últimos anos são vistos como de caráter prático, afirmativo e necessário.
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Chegamos praticamente ao final da primeira década do século XXI e com isso contabilizamos aproximadamente 250 mil jovens afrodescendentes e outras minorias estudando em mais de 70 universidades, com o apoio do Ministério da Educação. A bem da verdade alguns programas são importantes como Pró-Une, Cotas, Pró-Jovem, Quilombolas etc..., e o dia 20 DE NOVEMBRO não pode ser apagado da memória de nós brasileiros como vem acontecendo com outras datas importantes; como aconteceu no último domingo quando o jornal A TARDE saiu a campo e entrevistou engenheiros, aposentados, funcionários públicos, profissionais liberais e ninguém soube precisar corretamente o que significa o dia 15 de novembro para o Brasil. Lamentável. Entretanto, historiadores explicam que o desconhecimento vai além de um 2º grau mal feito. Vergonhoso!
Ezequiel Sena
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Grande Ezequiel! Estava fazendo falta amigo! Sabe de uma coisa Zica? As datas comemorativas em nosso país sempre são lembradas quando os autores delas ainda conseguem reunir forças para mantê-las vivas "acesas". Depois que os seus mentores se vão, vão-se também os motivos da sua celebração, e não se fala mais nisso; quando muito, sobra mais um feriado que só servirá para mais badalação e irritação dos que querem ou preferem trabalhar! Você sabe que a memória do brasileiro é curta... Você sabe por que? É simples amigo; a maioria dos brasileiros tem vergonha do seu passado. Tem vergonha de ter sido filho de pedreiro ou lavadeira ou de ambos; tem vergonha de ter sido em sua mocidade um carregador de feira, um engraxate, um vendedor de pamonha e outras coisitas mais (eu fui isso tudo e não tenho vergonha, ao contrário, só tenho orgulho de ter sido). Por isso mesmo, é que a memória se torna curta e indivíduo cada vez mais se torna discriminador; e o que é pior, discriminador de si mesmo!
ResponderExcluirAbraços,
Francisco - Curitiba