Por Saulo Moreno Rocha
Em comemoração aos 100 anos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, e 15 anos de CEFET, em Vitória da Conquista, foi realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista no dia 16 de outubro de 2009. Esta sessão contou apenas com a participação de dois vereadores, sendo um deles, o proponente. Também estiveram presentes na mesa oficial, o diretor geral do IFBA - campus Vitória da Conquista, Prof. Paulo Marinho de Oliveira, o Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Abel Rebouças São José, e representando o corpo discente do IFBA, a aluna Bárbara Tigre.
Se levarmos em conta a falta de público, a audiência foi uma completa vergonha! Como que uma instituição deste nível completa 100 anos e nem o seu corpo estudantil comparece? Onde foram parar os discentes, docentes e demais funcionários do IFBA?
Por se tratar de uma audiência tão importante para a cidade, onde foram parar os senhores vereadores e a senhora vereadora? Como já citado acima, somente dois se fizeram presentes na audiência, o que evidencia a completa omissão do Poder Legislativo com relação as causas sociais da cidade, já que o assunto a ser exposto na referida sessão era - ou deveria ter sido - do interesse de toda comunidade conquistense.
Em busca de responder a estes questionamentos, procurei as autoridades estudantis da Instituição, o Grêmio Estudantil e o Diretório Acadêmico de Engenharia Elétrica, representando os alunos dos cursos técnicos/ integrados e o curso superior, respectivamente, nenhum dos presidentes recebeu comunicado oficial ou convite direcionado. Segundo a discente do curso de Engenharia Elétrica do IFBA, Selma Oliveira, essa omissão, comprometeu a ação estudantil ao não possibilitar a mobilização do alunado para comparecer a citada audiência.
Pelo exposto, o não comparecimento dos alunos ocorreu em decorrência da falta de articulação entre a diretoria do Campus e dos órgãos estudantis da Instituição. Sendo assim, cabe nos a pergunta, quem teria nomeado a discente que esteve na mesa solene? Se os órgãos estudantis da instituição sequer receberam comunicado oficial, a quem ela representava, a si mesma? Quem representou os auxiliares de serviços gerais, os jardineiros, seguranças e demais funções de aparentemente, "menor" peso na escala de valores dos organizadores dessa comemoração?
Pelo visto, a tão falada democracia repetidamente presente no discurso de nosso diretor, não se evidenciou pelas práticas adotadas. Como uma instituição pode ser democrática, já que seus alunos são colocados de fora de um de seus momentos históricos mais importantes? Onde estiveram representados os técnicos administrativos e os servidores do instituto? Uma escola se faz só de professores, mestres e doutores? Será?
Portanto, considero uma vergonha aquele plenário vazio, e que os organizadores não tivessem se empenhado no cuidado de mobilizarem aos estudantes e técnicos administrativos a também estarem presentes. Sendo assim, foram alijados daquele momento solene, que insisto em dizer, deveria ter contado com a participação da comunidade e de todos os discentes, docentes e auxiliares.
Os coordenadores pedagógicos e a comissão organizadora do evento do IFBA perderam a rara oportunidade de passar a nós alunos muito mais que conhecimento e conteúdo técnico para formação de mão de obra, contudo, na manifesta e vergonhosa omissão, nos deixaram a importante lição, de que para produzir cidadãos melhores e mais qualificados, é preciso reconhecer o lugar da cidadania e da participação de todos.
Mas, de todos mesmo!
Por Saulo Moreno Rocha
Discente do Ensino Médio Integrado do IFBA – Campus Vitória da Conquista
Membro do Madrigal de Conquista
Em comemoração aos 100 anos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, e 15 anos de CEFET, em Vitória da Conquista, foi realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista no dia 16 de outubro de 2009. Esta sessão contou apenas com a participação de dois vereadores, sendo um deles, o proponente. Também estiveram presentes na mesa oficial, o diretor geral do IFBA - campus Vitória da Conquista, Prof. Paulo Marinho de Oliveira, o Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Abel Rebouças São José, e representando o corpo discente do IFBA, a aluna Bárbara Tigre.
Se levarmos em conta a falta de público, a audiência foi uma completa vergonha! Como que uma instituição deste nível completa 100 anos e nem o seu corpo estudantil comparece? Onde foram parar os discentes, docentes e demais funcionários do IFBA?
Por se tratar de uma audiência tão importante para a cidade, onde foram parar os senhores vereadores e a senhora vereadora? Como já citado acima, somente dois se fizeram presentes na audiência, o que evidencia a completa omissão do Poder Legislativo com relação as causas sociais da cidade, já que o assunto a ser exposto na referida sessão era - ou deveria ter sido - do interesse de toda comunidade conquistense.
Em busca de responder a estes questionamentos, procurei as autoridades estudantis da Instituição, o Grêmio Estudantil e o Diretório Acadêmico de Engenharia Elétrica, representando os alunos dos cursos técnicos/ integrados e o curso superior, respectivamente, nenhum dos presidentes recebeu comunicado oficial ou convite direcionado. Segundo a discente do curso de Engenharia Elétrica do IFBA, Selma Oliveira, essa omissão, comprometeu a ação estudantil ao não possibilitar a mobilização do alunado para comparecer a citada audiência.
Pelo exposto, o não comparecimento dos alunos ocorreu em decorrência da falta de articulação entre a diretoria do Campus e dos órgãos estudantis da Instituição. Sendo assim, cabe nos a pergunta, quem teria nomeado a discente que esteve na mesa solene? Se os órgãos estudantis da instituição sequer receberam comunicado oficial, a quem ela representava, a si mesma? Quem representou os auxiliares de serviços gerais, os jardineiros, seguranças e demais funções de aparentemente, "menor" peso na escala de valores dos organizadores dessa comemoração?
Pelo visto, a tão falada democracia repetidamente presente no discurso de nosso diretor, não se evidenciou pelas práticas adotadas. Como uma instituição pode ser democrática, já que seus alunos são colocados de fora de um de seus momentos históricos mais importantes? Onde estiveram representados os técnicos administrativos e os servidores do instituto? Uma escola se faz só de professores, mestres e doutores? Será?
Portanto, considero uma vergonha aquele plenário vazio, e que os organizadores não tivessem se empenhado no cuidado de mobilizarem aos estudantes e técnicos administrativos a também estarem presentes. Sendo assim, foram alijados daquele momento solene, que insisto em dizer, deveria ter contado com a participação da comunidade e de todos os discentes, docentes e auxiliares.
Os coordenadores pedagógicos e a comissão organizadora do evento do IFBA perderam a rara oportunidade de passar a nós alunos muito mais que conhecimento e conteúdo técnico para formação de mão de obra, contudo, na manifesta e vergonhosa omissão, nos deixaram a importante lição, de que para produzir cidadãos melhores e mais qualificados, é preciso reconhecer o lugar da cidadania e da participação de todos.
Mas, de todos mesmo!
Por Saulo Moreno Rocha
Discente do Ensino Médio Integrado do IFBA – Campus Vitória da Conquista
Membro do Madrigal de Conquista
5 comentários:
Realmente assiste razão a você meu caro estudante Saulo Moreno Rocha. Este seu artigo-denúncia, serve para alertar toda a nossa população a respeito da atuação dos nossos vereadores, que salvo raras exceções, e pelo que leio, vejo que estão mais preocupados com a realização de inúmeras sessões quando não comemorativas, outras tantas para prestar homenagens a fulano ou beltrano. Eu ainda considero a educação como a base mais sólida para o desenvolvimento de uma cidade, de um estado de um país. Chega agora em boa hora este artigo, pois como cidadão e pai de família, eu consigo vislumbrar no Cefet de nossa cidade uma ótima oportunidade para os nossos jovens, que nos tempos em que era chamado apenas de Escola Técnica Federal, os formandos já saiam diretamente para o mercado de trabalho. Também questiono, porque até hoje ninguém, absolutamente niguém, realizou qualquer homenagem ao Dr.Professor Ubirajara Brito, que foi a pessoa que na condição de Ministro de Estado viabilizou a vinda e intalação do Cefet para nossa cidade, e acrescento mais, será que aí no Cefet existe alguma referência mesmo numa pequena plaquinha a cerca de tal fato. Porque a Câmara Municipal nunca se reuniu para apresentar homenagens a tão ilustre homem público, que tantos serviços prestou e presta a nossa cidade, mesmo tendo ele nascido em Tremedal, tendo sido exilado político, trabalhado em diversos paises do mundo, nunca recebeu o título de cidadão conquistense, mesmo tendo escolhido para ser sua cidade natal Vitória da Conquista, onde reside, paga seus impostos, contribuiu agora com o fortalecimento da FAINOR, que agora já possui mais tres cursos de nível superior, que são: Arquitetura, Odontologia e Engenharia da Computação. Parabéns Saulo. Parabéns aos dois vereadores que lá estiveram e principalmente parabéns meu caro Mestre e amigo Ubirajara Brito, que pode dormir tranquilo, pois é homem sério, honesto, honrado e comprometido com os anseios de nossa população, e dos nossos jovens estudantes. Saulo eu lhe recomendo que procure o Professor Ubirajara Brito, com uma comissão de alunos, e quero vr se os problemas do Cefet, não serão resolvidos, independemente de siglas ou colorações partidárias. Desculpem-me pelo desabafo, e se eu exagerei, mas tudo que disse é uma verdade irrefutável. Continuem na luta, e tenha na minha pessoa um aliado.
Dr. Afranio Garcez.
Realmente assiste razão a você meu caro estudante Saulo Moreno Rocha. Este seu artigo-denúncia, serve para alertar toda a nossa população a respeito da atuação dos nossos vereadores, que salvo raras exceções, e pelo que leio, vejo que estão mais preocupados com a realização de inúmeras sessões quando não comemorativas, outras tantas para prestar homenagens a fulano ou beltrano. Eu ainda considero a educação como a base mais sólida para o desenvolvimento de uma cidade, de um estado de um país. Chega agora em boa hora este artigo, pois como cidadão e pai de família, eu consigo vislumbrar no Cefet de nossa cidade uma ótima oportunidade para os nossos jovens, que nos tempos em que era chamado apenas de Escola Técnica Federal, os formandos já saiam diretamente para o mercado de trabalho. Também questiono, porque até hoje ninguém, absolutamente niguém, realizou qualquer homenagem ao Dr.Professor Ubirajara Brito, que foi a pessoa que na condição de Ministro de Estado viabilizou a vinda e intalação do Cefet para nossa cidade, e acrescento mais, será que aí no Cefet existe alguma referência mesmo numa pequena plaquinha a cerca de tal fato. Porque a Câmara Municipal nunca se reuniu para apresentar homenagens a tão ilustre homem público, que tantos serviços prestou e presta a nossa cidade, mesmo tendo ele nascido em Tremedal, tendo sido exilado político, trabalhado em diversos paises do mundo, nunca recebeu o título de cidadão conquistense, mesmo tendo escolhido para ser sua cidade natal Vitória da Conquista, onde reside, paga seus impostos, contribuiu agora com o fortalecimento da FAINOR, que agora já possui mais tres cursos de nível superior, que são: Arquitetura, Odontologia e Engenharia da Computação. Parabéns Saulo. Parabéns aos dois vereadores que lá estiveram e principalmente parabéns meu caro Mestre e amigo Ubirajara Brito, que pode dormir tranquilo, pois é homem sério, honesto, honrado e comprometido com os anseios de nossa população, e dos nossos jovens estudantes. Saulo eu lhe recomendo que procure o Professor Ubirajara Brito, com uma comissão de alunos, e quero vr se os problemas do Cefet, não serão resolvidos, independemente de siglas ou colorações partidárias. Desculpem-me pelo desabafo, e se eu exagerei, mas tudo que disse é uma verdade irrefutável. Continuem na luta, e tenha na minha pessoa um aliado.
Dr. Afranio Garcez.
Olá Dr. Afrânio, de início agradeço o seu apoio, e reforço a crítica aos nossos vereadores e a senhora vereadora, que como disse, por pura omissão não compareceram a Audiência Pública. Estudando no CEFET, atual IFBA, há Três anos, nunca vi nem ouvi nenhuma referência ao Dr. Ubirajara Brito, só na minha curiosidade e amante da história conquistense, que conheci este valoroso homem, que possui uma trajetória incrível, porém, no ano passado, em uma eleição para o nome do auditório e biblioteca da instituição, indiquei o nome do referido para tal, porém a minha sugestão não foi escolhida. Mais como estudante do IFBA, residente em Vitória da Conquista e baiano, reconheço os grandes serviços que Dr. Ubirajara prestou a nossa cidade e a nação. Infelizmente, o reconhecimento a ele, pelo menos no IFBA, não existe. Espero que tenha alcançado meu objetivo, que era de alertar a população conquistense sobre um fato tão triste, mais que com atitudes podem ser mudadas. E muito obrigado pela dica Dr. Afrãnio, peço que entre também no Blog da ONG de pesquisa que trabalho, a Carreiro de Tropa, leia o artigo, o mesmo que aqui está postado, e o explore. http://carreirodetropa.blogspot.com/2009/10/uma-vergonha-para-o-instituto-federal.html
Muito Obrigado!
Caro Saulo,
Concordo com parte do seu texto, mas tenho que discordar da questão relativa à divulgação da audiência pública junto ao corpo discente. Na semana que antecedeu o evento, a Coordenação de Comunicação Social do Campus saiu distribuindo um panfleto por toda a Instituição onde convidava a todos, especificamente, para a audiência. Vi uma mesa posta no início do corredor das salas de aula com inúmeros destes folhetos. É um local onde praticamente todos os alunos têm que passar para irem à aula, Biblioteca, CORES e outros setores. A programação das comemorações do nosso Centenário foi distribuída nos murais, inclusive um deles, repleto de cartazes alusivos ao evento e em local de alta circulação de alunos, ainda tem esta programação com a data e horário publicados. O Coordenador de Comunicação Social, Prof. Marcos Ferreira, passou nas salas divulgando a programação do Centenário e convidando para a audiência. Outro meio utilizado para a divulgação foi a página do site do nosso Campus, onde esta mesma programação consta ainda hoje. Se você e uma outra aluna compareceram ao evento, como foi que ficaram sabendo? Podemos criticar a ausência de muitos servidores e alunos, mas seria injustiça pôr a culpa numa pretensa falta de compromisso da Direção do Campus com o seu corpo discente. Perdoe-me a franqueza, mas você está procurando chifre em cabeça de cavalo.
Manoel
Prof. do IFBA
Professor Manoel,
Estás correto em dizer que os panfletos estavam espalhados pela instituição, mais pela própria falta de interesse dos discentes, os mesmos não tomaram conhecimento da referida Audiência. Porém, na minha e em outras salas do instituto o Coordenador de Comunicação Social não passou divulgando o evento. E porque professor a direção da Instituição não articulou com os órgãos estudantis a mobilização dos discentes para comparecer a Audiência? Como disse no meu artigo, o Grêmio Estudantil e o Diretório Acadêmico não recebeu nenhum convite direcionado, o que deveria ter acontecido, para uma melhor articulação entre os alunos, já que estes órgãos os representa. E porque não comunicaram aos órgãos estudantis para nomear um representante discente para comparecer a Audiência? E infelizmente professor, não estou procurando chifre em cabeça de cavalo, o fato em si justifica toda a minha atitude!
Muito Obrigado.
Saulo Moreno Rocha
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