O Engenheiro Leandro Fonseca participou na noite de ontem, 27, no Vocacionário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de uma reunião do CPP, que é o Conselho Pastoral Paroquial, formado por coordenadores e participantes dos diversos movimentos da Paróquia.
O encontro foi aberto pelo Pe. Wesdras, que fez um breve relato sobre o seu estado de saúde e alguns esclarecimentos a respeito das matérias veiculadas na imprensa em relação ao laudo do CREA, informações estas que deram a entender que a obra teria sido feito de maneira clandestina.
O padre informou da participação do Engenheiro Leandro Fonseca na segunda parte da reunião para fazer os esclarecimentos. Por volta das 21 horas, Leandro iniciou sua participação, falando por 20 minutos sobre o acidente ocorrido no dia 16/10 e os fatos ocorridos posteriormente.
Destacamos abaixo alguns trechos da fala do Engenheiro:
Sobre a divulgação de informações na imprensa:
Nunca vi tanta gente falar tanta bobagem, tanta asneira ao invés de se preocupar com o trabalho de reconstrução. Querem colocar a mecha de irresponsável no Padre Wesdras. Ontem foi a gota d’água. Ontem eu assistir estarrecido alguém ocupar um cargo e dizer que a obra não estava registrada o CREA, não estava regularizada na Prefeitura, não tinha responsável técnico, pintando um quadro como se a Paróquia Aparecida fosse comandada por uma pessoa altamente irresponsável e desqualificada. Eu fico imaginando como pessoas que tem um determinado cargo, tem uma determinada profissão, que tem uma determinada instrução, pode de uma tacada só usar um meio de comunicação para atingir a alguém ou a alguns e não levar em consideração o que realmente o que se passou.
Eu tenho a minha opinião a respeito do que aconteceu, falei isso com o Padre Wesdras desde o primeiro momento mas que só falaria com uma perícia, com um documento porque um técnico não acha, ele tem certeza. Ele não pode nunca falar que ‘eu acho que isso aconteceu’. Ontem, eu tinha falado com o Padre Wesdras para que assim que tivéssemos o resultado do laudo fizéssemos um pronunciamento, ele como a pessoa que contratou o responsável técnico e eu como o contratado apresentando as questões técnicas envolvidas. Mas nós fomos surpreendidos com essas palavras indevidas, ou mal colocadas, como tentaram procurar depois o Padre George para dizer que não foi bem aquilo, como se pudesse com isso evitar que essas palavras faladas não fossem muito longe. Eu vi a matéria, com coisas verdadeiras e coisas não verdadeiras e uma palavra extremamente truncada, não sendo possível entender o que aquilo queria dizer. Aí eu afirmei ao padre que procuraria o meio de comunicação que divulgou essa matéria para que houvesse um posicionamento da pessoa que teoricamente não existia, que era alguém que estava escondido.
Critério para realizar o trabalho
No dia que eu cheguei a essa Paróquia para executar esse serviço eu botei lá a minha placa que estava identificando que ali tinha um profissional, quem era o profissional e o que eu estava fazendo na Paróquia. E eu não cheguei aqui por acaso. Eu fui convidado pelo Padre Wesdras e de pronto eu me dispus a executar.
As condições que encontrou a Paróquia
Tenho o cuidado que sempre que entrar em determinado lugar para executar qualquer tarefa, por mais simples que seja, olhar, com um olhar técnico para ver se tem paredes rachadas, se tem uma viga rachada, se tem alguma coisa que possa comprometer a estabilidade daquilo que a gente está entrando. É a nossa vida e a de vocês que estarão em jogo e nós não detectamos em nenhum momento absolutamente nada na Paróquia que indicasse que havia um perigo iminente de acontecer qualquer tipo de acidente.
O Forro
Trocamos aquele forro e 60 dias depois , todos que freqüentam a Paróquia se lembram que apareceram algumas fissuras próximas ao Altar e nós investigamos. Recebi uma determinação do Padre Wesdras para descobrir o que era aquilo, abrimos o forro, verificamos que existiam duas tesouras seladas, automaticamente ele determinou que fosse corrigido, o que foi feito e em nenhum momento nós escondemos isso. Ficou aí um bom tempo. As pessoas que freqüentavam a igreja presenciaram, porque ficou o buraco lá para que a gente pudesse verificar se aquilo que foi feito estava realmente seguro. Depois de um determinado tempo nós fechamos porque as correções necessárias foram feitas. Após isso, sempre tivemos o cuidado, enquanto estávamos continuando com a obra, de observar para ver se aparecia ou não alguma coisa naquele ou em outro lugar que indicasse que havia algo errado. Nesse período todo nós não identificamos absolutamente nada.
O desabamento
Quando aconteceu o desabamento no dia 16, procurei o Padre Wesdras e outras pessoas, para saber o que aconteceu. Tanto ele, como todas as outras pessoas relataram fatos idênticos, que em determinado momento ouviu um estouro, como se fosse um tiro. E pela forma que as pessoas me informaram, só existem dois motivos para ter ocorrido o problema nas tesouras: ou existia uma peça antiga trincada com um nó na madeira e que não estava visível ou houve realmente um determinado ponto que a madeira não agüentou.
Solidariedade
Enquanto tem gente que fica tentando colocar fogo neste assunto, eu recebi, desde o dia 19/10, ligações de pessoas da Paróquia de vocês e de outras Paróquias que simplesmente falavam assim: quando isso acabar conte com as madeiras, para que a gente faça as tesouras e a gente recoloque, outros oferecendo o telhado. Em nenhum momento eu falei isso e tinha marcado uma reunião para esta quarta-feira, 28, com os Padres George e Wesdras para informar a respeito dessa situação. Ainda enquanto ele estava no hospital eu disse uma coisa a ele: eu te garanto uma coisa, em fevereiro você entra na Igreja e realiza a sua celebração. E hoje eu disse a mesma coisa aos dois: no primeiro domingo de fevereiro a Igreja estará pronta.
Contratação de um engenheiro
Como eu afirmei hoje e repito a vocês: não havia nenhuma necessidade do Padre Wesdras ter contratado a mim para ser o executor das tarefas porque já tinha um projeto e este projeto já o credenciava, já que não se mexeria na estrutura, era pintura, troca de piso, janela e forro, mas, ainda assim, ele sabiamente contratou, porque senão, hoje estariam dizendo que ele quis ser um arquiteto e tocou a obra de maneira irresponsável.
O encontro foi aberto pelo Pe. Wesdras, que fez um breve relato sobre o seu estado de saúde e alguns esclarecimentos a respeito das matérias veiculadas na imprensa em relação ao laudo do CREA, informações estas que deram a entender que a obra teria sido feito de maneira clandestina.
O padre informou da participação do Engenheiro Leandro Fonseca na segunda parte da reunião para fazer os esclarecimentos. Por volta das 21 horas, Leandro iniciou sua participação, falando por 20 minutos sobre o acidente ocorrido no dia 16/10 e os fatos ocorridos posteriormente.
Destacamos abaixo alguns trechos da fala do Engenheiro:
Sobre a divulgação de informações na imprensa:
Nunca vi tanta gente falar tanta bobagem, tanta asneira ao invés de se preocupar com o trabalho de reconstrução. Querem colocar a mecha de irresponsável no Padre Wesdras. Ontem foi a gota d’água. Ontem eu assistir estarrecido alguém ocupar um cargo e dizer que a obra não estava registrada o CREA, não estava regularizada na Prefeitura, não tinha responsável técnico, pintando um quadro como se a Paróquia Aparecida fosse comandada por uma pessoa altamente irresponsável e desqualificada. Eu fico imaginando como pessoas que tem um determinado cargo, tem uma determinada profissão, que tem uma determinada instrução, pode de uma tacada só usar um meio de comunicação para atingir a alguém ou a alguns e não levar em consideração o que realmente o que se passou.
Eu tenho a minha opinião a respeito do que aconteceu, falei isso com o Padre Wesdras desde o primeiro momento mas que só falaria com uma perícia, com um documento porque um técnico não acha, ele tem certeza. Ele não pode nunca falar que ‘eu acho que isso aconteceu’. Ontem, eu tinha falado com o Padre Wesdras para que assim que tivéssemos o resultado do laudo fizéssemos um pronunciamento, ele como a pessoa que contratou o responsável técnico e eu como o contratado apresentando as questões técnicas envolvidas. Mas nós fomos surpreendidos com essas palavras indevidas, ou mal colocadas, como tentaram procurar depois o Padre George para dizer que não foi bem aquilo, como se pudesse com isso evitar que essas palavras faladas não fossem muito longe. Eu vi a matéria, com coisas verdadeiras e coisas não verdadeiras e uma palavra extremamente truncada, não sendo possível entender o que aquilo queria dizer. Aí eu afirmei ao padre que procuraria o meio de comunicação que divulgou essa matéria para que houvesse um posicionamento da pessoa que teoricamente não existia, que era alguém que estava escondido.
Critério para realizar o trabalho
No dia que eu cheguei a essa Paróquia para executar esse serviço eu botei lá a minha placa que estava identificando que ali tinha um profissional, quem era o profissional e o que eu estava fazendo na Paróquia. E eu não cheguei aqui por acaso. Eu fui convidado pelo Padre Wesdras e de pronto eu me dispus a executar.
As condições que encontrou a Paróquia
Tenho o cuidado que sempre que entrar em determinado lugar para executar qualquer tarefa, por mais simples que seja, olhar, com um olhar técnico para ver se tem paredes rachadas, se tem uma viga rachada, se tem alguma coisa que possa comprometer a estabilidade daquilo que a gente está entrando. É a nossa vida e a de vocês que estarão em jogo e nós não detectamos em nenhum momento absolutamente nada na Paróquia que indicasse que havia um perigo iminente de acontecer qualquer tipo de acidente.
O Forro
Trocamos aquele forro e 60 dias depois , todos que freqüentam a Paróquia se lembram que apareceram algumas fissuras próximas ao Altar e nós investigamos. Recebi uma determinação do Padre Wesdras para descobrir o que era aquilo, abrimos o forro, verificamos que existiam duas tesouras seladas, automaticamente ele determinou que fosse corrigido, o que foi feito e em nenhum momento nós escondemos isso. Ficou aí um bom tempo. As pessoas que freqüentavam a igreja presenciaram, porque ficou o buraco lá para que a gente pudesse verificar se aquilo que foi feito estava realmente seguro. Depois de um determinado tempo nós fechamos porque as correções necessárias foram feitas. Após isso, sempre tivemos o cuidado, enquanto estávamos continuando com a obra, de observar para ver se aparecia ou não alguma coisa naquele ou em outro lugar que indicasse que havia algo errado. Nesse período todo nós não identificamos absolutamente nada.
O desabamento
Quando aconteceu o desabamento no dia 16, procurei o Padre Wesdras e outras pessoas, para saber o que aconteceu. Tanto ele, como todas as outras pessoas relataram fatos idênticos, que em determinado momento ouviu um estouro, como se fosse um tiro. E pela forma que as pessoas me informaram, só existem dois motivos para ter ocorrido o problema nas tesouras: ou existia uma peça antiga trincada com um nó na madeira e que não estava visível ou houve realmente um determinado ponto que a madeira não agüentou.
Solidariedade
Enquanto tem gente que fica tentando colocar fogo neste assunto, eu recebi, desde o dia 19/10, ligações de pessoas da Paróquia de vocês e de outras Paróquias que simplesmente falavam assim: quando isso acabar conte com as madeiras, para que a gente faça as tesouras e a gente recoloque, outros oferecendo o telhado. Em nenhum momento eu falei isso e tinha marcado uma reunião para esta quarta-feira, 28, com os Padres George e Wesdras para informar a respeito dessa situação. Ainda enquanto ele estava no hospital eu disse uma coisa a ele: eu te garanto uma coisa, em fevereiro você entra na Igreja e realiza a sua celebração. E hoje eu disse a mesma coisa aos dois: no primeiro domingo de fevereiro a Igreja estará pronta.
Contratação de um engenheiro
Como eu afirmei hoje e repito a vocês: não havia nenhuma necessidade do Padre Wesdras ter contratado a mim para ser o executor das tarefas porque já tinha um projeto e este projeto já o credenciava, já que não se mexeria na estrutura, era pintura, troca de piso, janela e forro, mas, ainda assim, ele sabiamente contratou, porque senão, hoje estariam dizendo que ele quis ser um arquiteto e tocou a obra de maneira irresponsável.
2 comentários:
Opa, para tudo! Espere um momento Sr. Leandro. O Sr estava indo muito bem até concluir que um arquiteto "toca" uma obra de maneira irresposssável? Quem o Sr. pensa que é pra dizer um devaneio como esse?
Concordo plenamente quanto a necessidade de não exigir registro na prefeitura ou no Crea, pelos motivos que mesmo enunciou. O acidente pode ter sido uma fatalidadem, não tenho capacidade de emeitir um laudo nem parecer algum, porém acho que uma estrtura de telhado que tenha passado por recente reforma e/ou restauração não deveria apresentar as patologias que apresentaram, o que me leva a crer que ao contrario de nós arquitetos, foi o Sr. Engenheiro ó, divindade máxima, guardião de todo o universo, entidade que controla os rumos de todas as coisas e pessoas que executou uma obra de maneira irrespossável.
Parabéns ao Jornal A Tarde, que fez um trabalho investigativo, consultou profissionais da área e chegou à conclusão que o CREA tentou esconder: falha estrutural. Resta agora o Ministério Público, Polícia Civil e quem mais de direito buscar e punir os culpados.
Heldercy Chaves, estudante
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