Fernando Henrique e a maconha
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Paulo Pires
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Está no site Plurall que a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia se reuniu no Rio de Janeiro há uns dias e o nosso ex-presidente Fernando Henrique, surpreendeu a muita gente quando disse ser favorável à descriminalização da maconha. Isso mesmo, FHC disse que precisamos reavaliar o tratamento legal dado ao problema, posto que, já se tem clareza que apenas ações repressivas não bastam para diminuir o problema.
Nosso ex-presidente junto aos ex-presidentes da Colômbia César Gaviria e do México Ernesto Zedillo defenderam a descriminalização da posse de maconha para uso pessoal, durante a última reunião da Comissão realizada no bairro de São Conrado no Rio. Na conclusão dos trabalhos a Comissão apresentou uma declaração com medidas para o combate às drogas que inclui a possibilidade de o usuário ser tratado como paciente do sistema público de saúde, e não como criminoso. Para a ONG, as políticas de repressão não surtem o efeito desejado e, portanto, o gasto com a repressão está aquém do desejado.
“O objetivo é eliminar o tráfico, não o traficante”, disse Fernando Henrique. Alegando que os políticos têm medo de tratar do assunto e apelando para mudança de postura, ele admitiu que a política antidrogas tem que ser repressiva, mas não a qualquer custo. “Gasta-se uma fortuna na guerra às drogas e houve aumento do consumo e da criminalidade”, afirmou.
Se você ficou estarrecido com a posição do professor Fernando Henrique, eu não. Ao contrário, acho que nosso ex-presidente acertou em cheio em seus argumentos. Já está mais que provado que apenas reprimir não resolve o pepino. Vamos legalizar o diabo da maconha e só assim o Estado (governos, polícia, judiciário, etc.etc.) poderá ter ações mais efetivas sobre ela.
E tem mais: Quando os traficantes perceberem que “a coisa” foi legalizada, vão ficar numa saia justa desgraçada. É que a legalização vai permitir maior controle por parte dos órgãos do Estado e eles, os traficantes, terão dificuldades de instalarem as suas “empresas”. Desse momento em diante, todo mundo vai saber quem está fabricando, quem está comprando e quem está usando. Se fizermos uma analogia com o álcool [outra droga poderosa] podemos ter uma dimensão de como as coisas melhorarão. O álcool, por ser uma droga lícita e usada escancaradamente, presta informações preciosas sobre quem está usando, onde as pessoas mais usam e como elas se comportam quando estão cheias de cana. Claro que o álcool, como toda droga, faz estragos sociais imensuráveis. Mas pelo fato de ser tolerado pelo Estado e pela sociedade, pode ser controlado com mais eficiência pelas autoridades.
Há muito tempo não concordava com doutor Fernando Henrique, mas dessa feita acho que ele e a ONG que ele encabeça junto aos ex-presidentes Zedillo [México] e Gaviria [Colômbia] este último ex-Secretário Geral da OEA, acertaram em cheio. A droga merece tratamento diferenciado de tudo que lhe foi dado até hoje. Se as providências tomadas até o presente não deram certo, então é hora de mudar. Como diria o poeta Thiago de Mello: “Se o caminho está difícil de andar, mudemos, pois o modo de caminhar”.
Minha intuição diz que os traficantes ficarão doidos quando as medidas de “legalização” forem tomadas. Quando sentirem que o usuário não precisa mais se esconder e que a compra do “produto” será feita a céu aberto, tenho certeza que o pessoal do tráfico vai sentir o peso. É certo que esta medida ainda vai dar muito pano para manga, mas tudo aponta para ser adotada. E urgente!
Depois disso, os traficantes não precisarão comprar mais fuzis AK 50, metralhadoras israelenses ou granadas americanas. Os morros [favelas] deixarão de ser quartéis generais de bandidos e a Sociedade viverá um pouco mais de Paz.
Quem quiser dar uns “paus” no seu baseado que o faça só que, doravante, muitos estarão de olho no cabôco [ou na cabôca] para não fazerem besteiras. O Código Penal terá de ser bem explicado para essa rapaziada. Ninguém deixará de ser culpado porque está ou estava com o “talo” cheio de maconha. Todos terão de ter ciência que embriaguez e droga, não excluem a culpa. Vamos tomar vergonha na cara? Todo mundo? A hora é essa, minha gente!
Está no site Plurall que a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia se reuniu no Rio de Janeiro há uns dias e o nosso ex-presidente Fernando Henrique, surpreendeu a muita gente quando disse ser favorável à descriminalização da maconha. Isso mesmo, FHC disse que precisamos reavaliar o tratamento legal dado ao problema, posto que, já se tem clareza que apenas ações repressivas não bastam para diminuir o problema.
Nosso ex-presidente junto aos ex-presidentes da Colômbia César Gaviria e do México Ernesto Zedillo defenderam a descriminalização da posse de maconha para uso pessoal, durante a última reunião da Comissão realizada no bairro de São Conrado no Rio. Na conclusão dos trabalhos a Comissão apresentou uma declaração com medidas para o combate às drogas que inclui a possibilidade de o usuário ser tratado como paciente do sistema público de saúde, e não como criminoso. Para a ONG, as políticas de repressão não surtem o efeito desejado e, portanto, o gasto com a repressão está aquém do desejado.
“O objetivo é eliminar o tráfico, não o traficante”, disse Fernando Henrique. Alegando que os políticos têm medo de tratar do assunto e apelando para mudança de postura, ele admitiu que a política antidrogas tem que ser repressiva, mas não a qualquer custo. “Gasta-se uma fortuna na guerra às drogas e houve aumento do consumo e da criminalidade”, afirmou.
Se você ficou estarrecido com a posição do professor Fernando Henrique, eu não. Ao contrário, acho que nosso ex-presidente acertou em cheio em seus argumentos. Já está mais que provado que apenas reprimir não resolve o pepino. Vamos legalizar o diabo da maconha e só assim o Estado (governos, polícia, judiciário, etc.etc.) poderá ter ações mais efetivas sobre ela.
E tem mais: Quando os traficantes perceberem que “a coisa” foi legalizada, vão ficar numa saia justa desgraçada. É que a legalização vai permitir maior controle por parte dos órgãos do Estado e eles, os traficantes, terão dificuldades de instalarem as suas “empresas”. Desse momento em diante, todo mundo vai saber quem está fabricando, quem está comprando e quem está usando. Se fizermos uma analogia com o álcool [outra droga poderosa] podemos ter uma dimensão de como as coisas melhorarão. O álcool, por ser uma droga lícita e usada escancaradamente, presta informações preciosas sobre quem está usando, onde as pessoas mais usam e como elas se comportam quando estão cheias de cana. Claro que o álcool, como toda droga, faz estragos sociais imensuráveis. Mas pelo fato de ser tolerado pelo Estado e pela sociedade, pode ser controlado com mais eficiência pelas autoridades.
Há muito tempo não concordava com doutor Fernando Henrique, mas dessa feita acho que ele e a ONG que ele encabeça junto aos ex-presidentes Zedillo [México] e Gaviria [Colômbia] este último ex-Secretário Geral da OEA, acertaram em cheio. A droga merece tratamento diferenciado de tudo que lhe foi dado até hoje. Se as providências tomadas até o presente não deram certo, então é hora de mudar. Como diria o poeta Thiago de Mello: “Se o caminho está difícil de andar, mudemos, pois o modo de caminhar”.
Minha intuição diz que os traficantes ficarão doidos quando as medidas de “legalização” forem tomadas. Quando sentirem que o usuário não precisa mais se esconder e que a compra do “produto” será feita a céu aberto, tenho certeza que o pessoal do tráfico vai sentir o peso. É certo que esta medida ainda vai dar muito pano para manga, mas tudo aponta para ser adotada. E urgente!
Depois disso, os traficantes não precisarão comprar mais fuzis AK 50, metralhadoras israelenses ou granadas americanas. Os morros [favelas] deixarão de ser quartéis generais de bandidos e a Sociedade viverá um pouco mais de Paz.
Quem quiser dar uns “paus” no seu baseado que o faça só que, doravante, muitos estarão de olho no cabôco [ou na cabôca] para não fazerem besteiras. O Código Penal terá de ser bem explicado para essa rapaziada. Ninguém deixará de ser culpado porque está ou estava com o “talo” cheio de maconha. Todos terão de ter ciência que embriaguez e droga, não excluem a culpa. Vamos tomar vergonha na cara? Todo mundo? A hora é essa, minha gente!
2 comentários:
Está na hora de a sociedade se informar mais, movimentar-se e encarar o problema do consumo de drogas - ‘licitas ou não - de forma sóbria e inteligente.
Alberto
A medida apresentada pelo - FHC.Pode diminuir o trafíco.Mas, com toda certeza aumentará de forma assombrosa a demanda pela droga!.E em havendo falta do "produto" a disposição do dependente quimíco de narcóticos.Retornará o trafíco com muito maior intensidade e violência.Mesmo porque, o doutor FHC,não ofertará ás suas terras para reforma agrária e principalmente, para o plantio da Canabis Sativas. VIVA O BRASIL!.
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