domingo, 20 de setembro de 2009

Sustentabilidade e valorização do trabalho

Por Eduardo Moraes

A propósito do tema escolhido para o 8º Congresso Regional de Bancários, vale ressaltar, no que tange aos aspectos das variadas opiniões sobre a temática, trata-se de uma oportunidade vanguardista proporcionada pelo sindicato para todos aqueles que se preocupam com o presente e o futuro. Precisa-se chamar atenção para o aspecto do desenvolvimento do capitalismo globalizado, que em sua fúria em busca do lucro e manutenção da hegemonia, desregulamenta o negociado dentro das possibilidades e correlação de forças estabelecidas pelos pólos, capital x trabalho.

Como a nossa democracia encontra-se em construção, e consequentemente a prática do exercício pleno da cidadania permanece em um distante horizonte a ser alcançado, pode-se afirmar que, nesse Congresso, espera-se que os debates sobre o tema sejam bastante ricos e propositivos, no sentido de contribuir para que os trabalhadores bancários se situem nesse espaço e se posicionem diante do desafio de superar todas as barreiras e armadilhas do capitalismo internacionalizado, o que nos impediu ao longo dos anos de enfrentar as elites com a nossa mobilização e consciência de classe. No Brasil, só recentemente, com a eleição do presidente Lula, é que conseguimos ampliar nossa liberdade em manifestar, mas, ao mesmo tempo, após esta conquista, parece que todo o movimento social se atrofiou ou perdeu o faro da luta de classe. Hoje, o que está na moda são os privilégios e os interesses pessoais, tudo em nome da governabilidade.

Que o 8º Congresso Regional seja o ponto de partida para que esta categoria, vanguarda do movimento dos trabalhadores do Brasil, aprove propostas que indique o caminho de como enfrentar o capital em sua nova superação da crise, onde em nome do lucro vale tudo: desemprego, assedio moral e sexual, exclusão, retirada de direitos, a imposição de metas abusivas, o aumento das doenças ocupacionais, violência, o consumo irresponsável e a degradação do meio ambiente em todos os seus aspectos, humanos, familiar, moral, ético, ambiental e do trabalho cada vez mais degradante.
É preciso romper com tudo o que nos aprisiona. É tarefa urgente do movimento social fazer ressurgir a alegria, um movimento sindical com novos ideais que façam tremular alto a bandeira da esperança de um mundo novo.


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