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A Veja do dia 09/09/09 traz uma matéria especial sobre alcoolismo. Um problema que frustra por ser maléfico a sociedade. Segundo a revista, as mulheres se igualam aos homens nos índices de consumo de álcool e acrescenta que as bebidas ‘ices’ deveriam virar caso de saúde pública. Com teor alcoólico semelhante ao da cerveja, a ice casa com o paladar feminino e com a prerrogativa de não causar mau hálito, além de outra vantagem adicional, apenas murmurada, é que as filas para o toalete ficam bem menores em comparação com as das baladas regadas a cerveja. O contraponto insalubre: de tão suaves e deliciosas, acabam favorecendo os excessos – ninguém fica na primeira garrafinha. Para surpresa dos fabricantes, o entusiasmo das mulheres em aderir ao produto, sobretudo as jovens, é inacreditável. E o Brasil oferece as condições ideais para esse tipo de coquetel, ou seja: hábito de consumo de bebida gelada, clima favorável e vida noturna agitada.
Pois bem. Só não enxerga quem não quer. Basta circular por locais onde as meninas costumam se reunirem para perceber a gravidade da situação. O charme de hoje em dia é beber ice e a mania é exibir-se com uma marca internacional nas mãos – na crista da onda do gargalo como manda o figurino. Um drinque que tem como foco jovens de 18 a 25 anos, assíduos frequentadores de bares e que gostam de sair para dançar; a bebida ice transformou-se no glamour da meninada da faixa etária entre 14 e 16 anos. Tem sabores pra ninguém botar defeito: limão, morango, melancia ou abacaxi são os mais apreciados. Embora seja proibida a venda de bebidas alcoólica a menores de 18 anos, as meninas bebem quando querem, e nos mais variados locais como bares, boates, clubes, postos de gasolina e nas festinhas de adolescentes.
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Nós, marmanjos, sequer conhecemos o efeito devastador de uma garrafinha de ice. A ilusão é as pessoas acharem que é apenas um suco de frutas ou uma limonada. Tolo engano! É bebida alcoólica sim, e bem mais potente que as cervejas e disfarçada sob um gostinho adocicado. Não podemos fechar os olhos para esta gravidade, um assunto que carece de atenção de todos, especialmente nós que somos pais.
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Queiram ou não, a onda ice pegou e é preocupante. Até música de incitação ao consumo algumas bandas de forro estilizado esbanjam apologias, e as melodias de duplo sentido, com ênfase ao erotismo, fazem a garotada ir ao delírio. Os versos esnobam a inteligência de qualquer vivente. Respeito os amantes desse tipo de canção, mas a “obra prima” da letra é de dar inveja aos mais ilustres compositores: “GATINHA CÊ GOSTA MAIS DE RED LABEL OU ICE/PRA MIM TANTO FAZ, ICE, ICE/PRA MIM TANTO FAZ, ICE, ICE, ICE, ICE...”
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De sorte que o sinal de alerta foi acionado, e se as bandas continuarem a estimular a garotada a abrir uma ice, seguramente penso que o caso necessita de muito mais atenção da sociedade em relação a esses adolescentes que só sabem divertir se estiverem consumindo álcool. Do contrário não creio que haja tempo para que as rupturas sejam suprimidas antes que atinjam as nossas famílias. Vejo ainda que vale a pena acreditar no bem comum, principalmente quando é possível resgatar a dignidade humana.
Ezequiel Sena
Pois bem. Só não enxerga quem não quer. Basta circular por locais onde as meninas costumam se reunirem para perceber a gravidade da situação. O charme de hoje em dia é beber ice e a mania é exibir-se com uma marca internacional nas mãos – na crista da onda do gargalo como manda o figurino. Um drinque que tem como foco jovens de 18 a 25 anos, assíduos frequentadores de bares e que gostam de sair para dançar; a bebida ice transformou-se no glamour da meninada da faixa etária entre 14 e 16 anos. Tem sabores pra ninguém botar defeito: limão, morango, melancia ou abacaxi são os mais apreciados. Embora seja proibida a venda de bebidas alcoólica a menores de 18 anos, as meninas bebem quando querem, e nos mais variados locais como bares, boates, clubes, postos de gasolina e nas festinhas de adolescentes.
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Nós, marmanjos, sequer conhecemos o efeito devastador de uma garrafinha de ice. A ilusão é as pessoas acharem que é apenas um suco de frutas ou uma limonada. Tolo engano! É bebida alcoólica sim, e bem mais potente que as cervejas e disfarçada sob um gostinho adocicado. Não podemos fechar os olhos para esta gravidade, um assunto que carece de atenção de todos, especialmente nós que somos pais.
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Queiram ou não, a onda ice pegou e é preocupante. Até música de incitação ao consumo algumas bandas de forro estilizado esbanjam apologias, e as melodias de duplo sentido, com ênfase ao erotismo, fazem a garotada ir ao delírio. Os versos esnobam a inteligência de qualquer vivente. Respeito os amantes desse tipo de canção, mas a “obra prima” da letra é de dar inveja aos mais ilustres compositores: “GATINHA CÊ GOSTA MAIS DE RED LABEL OU ICE/PRA MIM TANTO FAZ, ICE, ICE/PRA MIM TANTO FAZ, ICE, ICE, ICE, ICE...”
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De sorte que o sinal de alerta foi acionado, e se as bandas continuarem a estimular a garotada a abrir uma ice, seguramente penso que o caso necessita de muito mais atenção da sociedade em relação a esses adolescentes que só sabem divertir se estiverem consumindo álcool. Do contrário não creio que haja tempo para que as rupturas sejam suprimidas antes que atinjam as nossas famílias. Vejo ainda que vale a pena acreditar no bem comum, principalmente quando é possível resgatar a dignidade humana.
Ezequiel Sena
5 comentários:
Texto interessantíssimo, como sempre ezequiel. Gosto de tudo que voce escreve.
Abraço,
Edmundo Quadros
Excelente tema, o alcoolismo que também é uma droga acaba passando desapercebida e esses tipos de bebidas, doces, menor teor alcóolico caem no gosto não só das mulheres mas também dos jovens, principalmente dos menores de 15 anos. Temos que ter bastante cuidado e fazermos campanhas insistentemente para alertarmos os pais e mães de famílias.
Abraços
Cesar Damascena
Caro Ezequiel Sena, bom dia. Maia uma vez temos a oportunidade de ler um excelente artigo de sua lavra, e extremamente oportuno. Antes, quando entrou em vigor a chmada "Lei Seca", eu na condição de profissional do Direito, apontava e mostrava a inconstitucionalidade desta Lei, e onde estava, e continua lá. Porém já não o faço hoje, pois vejo, os benefícios que tal legislação trouxe à inúmeros brasileiros. Quantas vidas foram poupadas. Por outro lado, o que você articula em seu texto, representa a mais pura e cristalina verdade, e agora é refletirmos para onde vai a nossa juventude, com o consumo excessivo do alcóol, associado a outras bebidas, e tantas e tantas outras drogras. Parabéns você presta um serviço de alta importância para toda a sociedade. Já com relação as bandas de forró, estas na sua maioria não podem ser classificadas como detentoras de tal estilo, e você como homem culto sabe que o verdadeiro forró, é aquele do Trio Nordestino, do Luiz Gonzaga, Alcimar Monteiro, Targino Gondim etc. O restante do que se é tocado na rádios, e mostrado nos programas televisivos, não passa de uma piada de mau gosto, e mais uma forma de consumismo, e excesso de apelo erótico. Abraços, e desejo-te PAZ.
Afranio Garcez.
Caro Ezequiel,
acredito fielmente que o alcoolismo é um problema de saúde pública, e trazer essa questão em seu blog é de suma importância, pois como formador de opinião o senhor ilustra e define muito bem o caso, exceto pela influência musical no comportamento de nossos jovens hoje. Muito se tem discutido sobre determinadas "ações midiáticas" como músicas, clipes, filmes, etc, e sua influencia no comportamento dos jovens, porém até que ponto a educação familiar, as campanhas e os incentivos, além da vigilancia, governamentais para provimento da saúde e da educação (ou a falta desses ítens) também não são de importancia primordial e decisiva para tal comportamento?
Partindo do princípio de sua narrativa, posso tomar como verdade que as propagandas televisivas que incitam as pessoas a se alimentarem nos fastfoods é mola propussora para a obesidade incidente na nossa sociedade jovial, haja vista a obesidade também ser um problema de saúde pública, até mais grave que o alcoolismo, pois ao contrário dele não existe limite de idade para se consumir um big mac com uma coca-cola de 500ml.
Prezado, acredito que o que nos falta é um processo educativo mais eficaz, que começa dentro de casa, onde a preparação dos nossos jovens para lidar com o complexo informacional da atualidade tem que ser feita de uma maneira em que eles aprendam a interpretaressas informações e a partir daí como ele deve se comportar diante das situações. E isso deve se extender a um compromisso governamental em criar políticas e subsídios para que isso aconteça, e não simplismente desviando o foco da nossa atenção para a mídia vigente, no caso a música referida.
Isso sem citar a Internet, e seu uso como ferramenta de conhecimento, que é ilimitado, tanto para o bem quanto para o mal.
Portanto senhor Ezequiel, concordo com o senhor sobre o problema de saúde pública, porém convenhamos que o cerne dessa questão foge e muito dos seus preconceitos. Vamos nos livrar deles e trabalhar, o senhor como formador de opinião, para que seus leitores decidam que postura tomar a partir de suas próprias opiniões e não induzidos por uma "campanha inconsciente" que o senhor acabou lançando sem perceber.
As palavras bem colocadas tem o poder de mudar o mundo, o problema é serem bem colocadas!
Parabéns pelo seu blog.
Tarciso Palma
Espero qeu aprove a opinião emitida por mim anteriormente, afinal ganhamos credibilidade também qdo temos nossas teorias refutadas. Significa nos mantermos fiéis aos nossos leitores.
Mais uma vez parabéns!
Tarciso Palma
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