Nacionalismo ou entreguismo?
Pensei que a discussão sobre exploração e destinação da riqueza do nosso País tivesse enterrado ou abolido as expressões “nacionalismo” e “entreguismo”. Parece que não. Pelo menos nas editorias da Rede Globo. O jornal O Globo estampou em sua primeira página de hoje, 1º de setembro de 2009, a seguinte manchete em relação ao Pré Sal: “Estado Brasileiro volta com força ao setor petrolífero como no passado”. Quase ao mesmo tempo no Bom Dia Brasil (TV) o apresentador Renato Machado, defensor intransigente e por que não dizer, porta voz oficial dos mercados, leu com ironia: “Nova regra do Pré Sal pode aumentar o peso do Estado na exploração do petróleo”. Ora, ora, se isso não fosse cômico poderia ser interpretado como trágico.
A Rede Globo, por intermédio dos seus mentores, pensadores ou algo que os valham, não consegue ver que o Brasil precisa de outras soluções sócio-econômicas maiores que as ações realizadas pelo projeto Criança Esperança - que não deixa de ser louvável - em que pese sua importância, mas que não passa de um pequeno antibiótico para os problemas do nosso infausto varejo (ou atacado?) social.
A Fundação Roberto Marinho, entidade criada com a missão de recuperar parte de nosso patrimônio cultural e destinado a outras ações também mais do varejo, não consegue ir muito além dos seus objetivos. Tudo bem, tudo bem. Não podemos prescindir nem do projeto Criança Esperança nem da Fundação. Mas se levarmos em conta o que nossa Vênus platinada assume em relação a questões de maior monta, como o Pré Sal, fica-se com um pé atrás sobre o que pensa do Brasil e dos brasileiros a empresa dos Marinhos.
Quer dizer que o Estado, o Governo brasileiro tem que sair fora da questão do Pré Sal e deixar essa “Mina de Ouro” para os mandriões do Mercado? É assim? A Petrobrás deve abrir as pernas para que os “generosos homens do mercado” dela se apoderem e encham ao seu bel prazer as bruacas de dólar? Quer dizer que tomar conta do “nosso petróleo” é uma volta ao passado? E que passado foi esse que hoje nos deixou com auto-suficiência em relação a essa imprescindível fonte de energia? Ah, então quer dizer que foi ruim para o Brasil a campanha do “Petróleo é Nosso”, encabeçada pelo grande Monteiro Lobato?
Nós, os brasileiros, deveríamos ao acordar todos os dias, levantar as mãos para os céus e agradecer o empenho do autor do Sitio do Pica Pau Amarelo pela visão que teve ao perceber que sem uma fonte de energia como a do petróleo seria impossível o País chegar aonde chegou.
Mas a nossa Rede Globo insiste que o Estado e o Governo devem sair ou reduzir sua presença na condução do negócio para que ele seja “Gerenciado pelo Mercado”. Este sim, na opinião de Renato Machado, Miriam Leitão e seus patrões, é quem merece estar conduzindo nossas riquezas. Sinceramente, será que estamos ficando loucos, ou esse pessoal [da Rede Globo] está de sacanagem? Nacionalismo ou entreguismo? Êta discussão antiga! Vai que é sua tabaréu...!
Pensei que a discussão sobre exploração e destinação da riqueza do nosso País tivesse enterrado ou abolido as expressões “nacionalismo” e “entreguismo”. Parece que não. Pelo menos nas editorias da Rede Globo. O jornal O Globo estampou em sua primeira página de hoje, 1º de setembro de 2009, a seguinte manchete em relação ao Pré Sal: “Estado Brasileiro volta com força ao setor petrolífero como no passado”. Quase ao mesmo tempo no Bom Dia Brasil (TV) o apresentador Renato Machado, defensor intransigente e por que não dizer, porta voz oficial dos mercados, leu com ironia: “Nova regra do Pré Sal pode aumentar o peso do Estado na exploração do petróleo”. Ora, ora, se isso não fosse cômico poderia ser interpretado como trágico.
A Rede Globo, por intermédio dos seus mentores, pensadores ou algo que os valham, não consegue ver que o Brasil precisa de outras soluções sócio-econômicas maiores que as ações realizadas pelo projeto Criança Esperança - que não deixa de ser louvável - em que pese sua importância, mas que não passa de um pequeno antibiótico para os problemas do nosso infausto varejo (ou atacado?) social.
A Fundação Roberto Marinho, entidade criada com a missão de recuperar parte de nosso patrimônio cultural e destinado a outras ações também mais do varejo, não consegue ir muito além dos seus objetivos. Tudo bem, tudo bem. Não podemos prescindir nem do projeto Criança Esperança nem da Fundação. Mas se levarmos em conta o que nossa Vênus platinada assume em relação a questões de maior monta, como o Pré Sal, fica-se com um pé atrás sobre o que pensa do Brasil e dos brasileiros a empresa dos Marinhos.
Quer dizer que o Estado, o Governo brasileiro tem que sair fora da questão do Pré Sal e deixar essa “Mina de Ouro” para os mandriões do Mercado? É assim? A Petrobrás deve abrir as pernas para que os “generosos homens do mercado” dela se apoderem e encham ao seu bel prazer as bruacas de dólar? Quer dizer que tomar conta do “nosso petróleo” é uma volta ao passado? E que passado foi esse que hoje nos deixou com auto-suficiência em relação a essa imprescindível fonte de energia? Ah, então quer dizer que foi ruim para o Brasil a campanha do “Petróleo é Nosso”, encabeçada pelo grande Monteiro Lobato?
Nós, os brasileiros, deveríamos ao acordar todos os dias, levantar as mãos para os céus e agradecer o empenho do autor do Sitio do Pica Pau Amarelo pela visão que teve ao perceber que sem uma fonte de energia como a do petróleo seria impossível o País chegar aonde chegou.
Mas a nossa Rede Globo insiste que o Estado e o Governo devem sair ou reduzir sua presença na condução do negócio para que ele seja “Gerenciado pelo Mercado”. Este sim, na opinião de Renato Machado, Miriam Leitão e seus patrões, é quem merece estar conduzindo nossas riquezas. Sinceramente, será que estamos ficando loucos, ou esse pessoal [da Rede Globo] está de sacanagem? Nacionalismo ou entreguismo? Êta discussão antiga! Vai que é sua tabaréu...!
2 comentários:
Amigo Paulo,
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Os brasileiros ainda não deram conta do que o pre sal significa para o nosso País. A verdade é que isso vai representar a independência econômica do Brasil. Em outras palavras, talvez nossa geração usufriurá pouco dos "louros" dessa descoberta, em compensação as gerações futuras saberão dizer o que isso representa.
No Brasil,naturalmente é preciso ver para crer!.É o bastante para desconfiança - A quantidade de promessas nas vésperas das eleições!...,e o resultado de grande parte destas, no final do mandato!.Mas,ainda assim,espero que muitos dos brasileiros realmente, venham a usufruir dessa riqueza.
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