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Ainda nos dias atuais, e mesmo já tendo sido revogada a antiga Lei de Imprensa do regime militar, há ainda viúvas de tão nefastas figuras jurídicas, que mesmo se auto intitulando, paladinos da liberdade e justiça social insistem em querer usar tal instrumento contra aqueles que verdadeiramente lutam por todas as formas de liberdade, como jornalistas, radialistas, e principalmente a laboriosa classe dos Advogados.
. Se esquecerem, no entanto, de um passado sombrio e de trevas que ao parece querem ressuscitar como regimes autocráticos. Já não recordam mais nomes e nem fatos históricos. No dia 27 de agosto de 1980, o regime militar vigente no Brasil fazia mais uma vítima de sua total insensatez. Contrários a política de abertura lenta e gradual, um grupo de extremistas enviaram uma carta bomba endereçada ao Dr. Eduardo Seabra Fagundes, que a época era o Presidente da OAB. O endereço postado no artefato constava o seguinte: “Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Avenida Marechal Câmara, nº 210, 6º andar, centro – Rio de Janeiro”. Ali era o local onde funcionava o Conselho Federal da OAB/Brasil. A chefe da secretária, a Senhora LYDIA MONTEIRO ao receber a correspondência, e pelo horário em que a recebeu saiu para almoçar, e ao retornar por volta das 14:00 horas foi abrir tal correspondência resultando numa grande explosão, que chegou até mesmo a abalar e fazer tremer todo o prédio. Com a sua sala totalmente destruída, ela foi imediatamente socorrida e levada ao Hospital Souza Aguiar, o mais próximo, mas chegou sem vida. Dona LYDIA contava com a idade de 59 anos, e prestava serviços na OAB há mais de 40 anos. Ao falecer a pranteada funcionária deixou um filho, hoje professor universitário, o Dr.
Luis Felippe Monteiro Dias. No próximo dia 27 de agosto do ano em curso, a OAB/Nacional irá proceder a uma cerimônia em sua memória. O vice-presidente da OAB daquela época era o Dr. JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE, alçado já no regime democrático ao posto de Ministro do STF, e que insistia junto ao governo militar a identificação dos autores da invasão e agressão sofridas contra o também Advogado e Jurista DALMO DALARI, praticadas por agentes do SNI (Serviço Nacional de Segurança) fato que havia ocorrido no mês de Julho do mesmo ano, e para ser mais exato 01 (hum) mês antes do atentado perpetrado contra a OAB/Nacional. Para a família de Dona LYDIA a Comissão de Mortos e Desaparecidos estabeleceu uma pensão que hoje equivale o valor de R$670,00 mensais, e mais a quantia de R$100.000,00 (Cem mil Reais). O seu filho continua lutando na justiça no sentido de que o Estado venha a proceder a uma reparação, cujo processo tramita perante a Comissão de Anistia (ver o site), embora, o que ele e demais familiares desejem seja o esclarecimento total da verdade, com a punição dos culpados. Desde aquele triste dia, a OAB e a sociedade civil organizada mudaram a história do País, que retornou ao regime democrático, e o dia 27 de agosto passou a ser o Dia Nacional de Luto dos Advogados. DONA LYDIA MONTEIRO É MAIS UM NOME QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO JAMAIS NA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS, assim como Joana Angélica, tantas Marias e Clarices, como bem está num trecho da canção de João Bosco, e hino da campanha pela redemocratização do País, e a Anistia Já, “O Bêbado e o Equilibrista”.
Ainda nos dias atuais, e mesmo já tendo sido revogada a antiga Lei de Imprensa do regime militar, há ainda viúvas de tão nefastas figuras jurídicas, que mesmo se auto intitulando, paladinos da liberdade e justiça social insistem em querer usar tal instrumento contra aqueles que verdadeiramente lutam por todas as formas de liberdade, como jornalistas, radialistas, e principalmente a laboriosa classe dos Advogados.
. Se esquecerem, no entanto, de um passado sombrio e de trevas que ao parece querem ressuscitar como regimes autocráticos. Já não recordam mais nomes e nem fatos históricos. No dia 27 de agosto de 1980, o regime militar vigente no Brasil fazia mais uma vítima de sua total insensatez. Contrários a política de abertura lenta e gradual, um grupo de extremistas enviaram uma carta bomba endereçada ao Dr. Eduardo Seabra Fagundes, que a época era o Presidente da OAB. O endereço postado no artefato constava o seguinte: “Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Avenida Marechal Câmara, nº 210, 6º andar, centro – Rio de Janeiro”. Ali era o local onde funcionava o Conselho Federal da OAB/Brasil. A chefe da secretária, a Senhora LYDIA MONTEIRO ao receber a correspondência, e pelo horário em que a recebeu saiu para almoçar, e ao retornar por volta das 14:00 horas foi abrir tal correspondência resultando numa grande explosão, que chegou até mesmo a abalar e fazer tremer todo o prédio. Com a sua sala totalmente destruída, ela foi imediatamente socorrida e levada ao Hospital Souza Aguiar, o mais próximo, mas chegou sem vida. Dona LYDIA contava com a idade de 59 anos, e prestava serviços na OAB há mais de 40 anos. Ao falecer a pranteada funcionária deixou um filho, hoje professor universitário, o Dr.
Luis Felippe Monteiro Dias. No próximo dia 27 de agosto do ano em curso, a OAB/Nacional irá proceder a uma cerimônia em sua memória. O vice-presidente da OAB daquela época era o Dr. JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE, alçado já no regime democrático ao posto de Ministro do STF, e que insistia junto ao governo militar a identificação dos autores da invasão e agressão sofridas contra o também Advogado e Jurista DALMO DALARI, praticadas por agentes do SNI (Serviço Nacional de Segurança) fato que havia ocorrido no mês de Julho do mesmo ano, e para ser mais exato 01 (hum) mês antes do atentado perpetrado contra a OAB/Nacional. Para a família de Dona LYDIA a Comissão de Mortos e Desaparecidos estabeleceu uma pensão que hoje equivale o valor de R$670,00 mensais, e mais a quantia de R$100.000,00 (Cem mil Reais). O seu filho continua lutando na justiça no sentido de que o Estado venha a proceder a uma reparação, cujo processo tramita perante a Comissão de Anistia (ver o site), embora, o que ele e demais familiares desejem seja o esclarecimento total da verdade, com a punição dos culpados. Desde aquele triste dia, a OAB e a sociedade civil organizada mudaram a história do País, que retornou ao regime democrático, e o dia 27 de agosto passou a ser o Dia Nacional de Luto dos Advogados. DONA LYDIA MONTEIRO É MAIS UM NOME QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO JAMAIS NA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS, assim como Joana Angélica, tantas Marias e Clarices, como bem está num trecho da canção de João Bosco, e hino da campanha pela redemocratização do País, e a Anistia Já, “O Bêbado e o Equilibrista”.
Um comentário:
Ótimo artigo. Excelente pela lembrança a uma das tantas pessoas vítimadas por pesoas insanas. É como se estivesse sendo resscrita a nossa história, tão esquecida pelo nosso povo. O Blog está de parabéns, não só pela variedade de notícias, mas também pela qualidade dos seus colaboradores.
DANILO ALMEIDA
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