Juscelino Souza, A Tarde
.A falta de ações ou informações sanitárias no aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo, em Vitória da Conquista (509 km de Salvador), está assustando a maioria dos usuários do terminal diante da disseminação de casos suspeitos da Gripe A (vírus Influenza H1N1) no município.
Somente nos últimos dias a Vigilância Epidemiológica Municipal passou a monitorar 14 pacientes com sintomas da gripe, sendo que desse grupo, três casos receberam alta, mas aguardam resultados de exames laboratoriais, cujas análises estão sendo feitas no Rio de Janeiro.
O resultado deve ser conhecido na próxima semana. Os demais continuam em isolamento domiciliar. De acordo com a Coordenação Municipal de Vigilância à Saúde nenhum dos pacientes adquiriu os sintomas em Conquista, mas sim durante viagens aos Estados Unidos, Chile, Argentina, São Paulo e Rio de Janeiro e todos chegaram por via aérea.
A coordenadora, Mirela Barbosa, reconhece a falta de atividades relativas ao assunto no aeroporto, mas adiantou que na próxima terça-feira, 4. O trabalho será orientado pela Vigilância Epidemiológica em conjunto com a 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires).
“Vamos promover atividades com os funcionários das empresas no aeroporto para que eles atuem como multiplicadores”, destacou Mirela. A administração do aeroporto e os representantes das empresas aéreas foram procurados, mas ninguém quis se pronunciar.
Como o aeroporto não possui sala de espera, todos os dias mais de 400 pessoas são obrigadas a aguardar em pé, num saguão de 60 metros quadrados e com apenas duas portas abertas.
As demais, num total de quatro, permanecem fechadas até o momento do embarque, em todos os três voos diários de Conquista para Salvador e Belo Horizonte. A lotação máxima é de 80 pessoas acomodadas no saguão e apenas 15 lugares para se sentar.
O restante do espaço é distribuído para bagagens, estandes das duas empresas aéreas, locadoras de veículos, lanchonete e dois sanitários. É nesse cenário que também chegam outras 146 pessoas de todas as partes do País, nos voos nacionais e internacionais que fazem conexão entre as capitais baiana e mineira.
Passageiros como o empresário carioca José da Silva Marques, a mulher Ana Lúcia
Carvalho e a filha do casal, de 10 anos, não esconderam o medo. “Estranho que aqui nessa cidade, a terceira maior da Bahia, as autoridades em saúde não tenham atentado ainda para esse problema, pelo menos para tranqüilizar os usuários”, protesta Marques, ao chegar de Salvador a Conquista, partindo do Rio de Janeiro.
As enfermeiras Simone Amorim e Soraia Machado e, que estavam embarcando para Belo Horizonte nessa sexta-feira, 31, contaram que ficaram pasmas ao saber que não havia nenhum agente de saúde orientando ou prestando informação sobre a Gripe A. “Não acredito que isso esteja acontecendo. As pessoas devem estar brincando”, disparou Simone.
“Isso preocupa mais a gente. A gente paga tão caro pela passagem e ainda tem que enfrentar esse aglomerado de pessoas e com pouca circulação de ar”, completou Soraia.
O professor Roberto Dias Almeida, que viajou para participar de um congresso em educação em Minas Gerais, contou que a suposta omissão na falta de barreiras contra a gripe A pode resultar em prejuízos econômicos para toda a região Sudoeste.
“Prejuízos em várias frentes, como indústria, comércio, turismo e lazer, já que em agosto a cidade vai sediar um importante festival de música, durante três dias, com atrações nacionais”, salientou. “Não queremos implantar pânico, porém os que deveriam agir para acalmar os passageiros e enfrentar a doença estão de braços cruzados”.
O agente de viagens, José Maria Caires, falou do descontentamento com o espaço insuficiente no saguão, situação agravada pela idéia das empresas em coincidir todos os horários de chegada e embarque para facilitar as conexões.
“As pessoas não encontram espaço e muitos sentam até no chão. Não há higiene e ninguém, atentou para isso até agora”, protesta. “Estamos pensando em instalar toldos para ampliar o espaço e melhorar as acomodações dos passageiros, mas ainda deveremos apresentar a proposta à direção do aeroporto”.
Caires também vai solicitar apoio das faculdades para disponibilizar graduandos em enfermagem e medicina como multiplicadores e prestadores de informações sobre a doença a passageiros e funcionários.
ALERTA – Preocupada com a possibilidade da chegada de casos suspeitos da Gripe A ao município, a direção do Hospital Regional de Vitória da Conquista (HBase) montou uma equipe de “força tarefa” para reforçar as estratégias estabelecidas de controle da doença.
“Nossa preocupação é garantir o máximo de informação ao profissional da saúde, demais funcionários e usuários da rede, para que não haja pânico”, afirmou o diretor do hospital, médico Felipe Magalhães.
Segundo Magalhães, desde o anúncio da pandemia, a diretoria tem procurado garantir o máximo de informações aos profissionais de saúde, servidores e usuários, tomando todas as precauções, com informações e capacitações, com a finalidade de reduzir os impactos da doença.
A coordenadora de Enfermagem da unidade, Carolina Silva Garcez, disse que ainda existe muita dúvida sobre a doença. “O mais importante é que o profissional da saúde esteja informado para transmitir às pessoas o máximo de segurança e informações”.
Somente nos últimos dias a Vigilância Epidemiológica Municipal passou a monitorar 14 pacientes com sintomas da gripe, sendo que desse grupo, três casos receberam alta, mas aguardam resultados de exames laboratoriais, cujas análises estão sendo feitas no Rio de Janeiro.
O resultado deve ser conhecido na próxima semana. Os demais continuam em isolamento domiciliar. De acordo com a Coordenação Municipal de Vigilância à Saúde nenhum dos pacientes adquiriu os sintomas em Conquista, mas sim durante viagens aos Estados Unidos, Chile, Argentina, São Paulo e Rio de Janeiro e todos chegaram por via aérea.
A coordenadora, Mirela Barbosa, reconhece a falta de atividades relativas ao assunto no aeroporto, mas adiantou que na próxima terça-feira, 4. O trabalho será orientado pela Vigilância Epidemiológica em conjunto com a 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires).
“Vamos promover atividades com os funcionários das empresas no aeroporto para que eles atuem como multiplicadores”, destacou Mirela. A administração do aeroporto e os representantes das empresas aéreas foram procurados, mas ninguém quis se pronunciar.
Como o aeroporto não possui sala de espera, todos os dias mais de 400 pessoas são obrigadas a aguardar em pé, num saguão de 60 metros quadrados e com apenas duas portas abertas.
As demais, num total de quatro, permanecem fechadas até o momento do embarque, em todos os três voos diários de Conquista para Salvador e Belo Horizonte. A lotação máxima é de 80 pessoas acomodadas no saguão e apenas 15 lugares para se sentar.
O restante do espaço é distribuído para bagagens, estandes das duas empresas aéreas, locadoras de veículos, lanchonete e dois sanitários. É nesse cenário que também chegam outras 146 pessoas de todas as partes do País, nos voos nacionais e internacionais que fazem conexão entre as capitais baiana e mineira.
Passageiros como o empresário carioca José da Silva Marques, a mulher Ana Lúcia
Carvalho e a filha do casal, de 10 anos, não esconderam o medo. “Estranho que aqui nessa cidade, a terceira maior da Bahia, as autoridades em saúde não tenham atentado ainda para esse problema, pelo menos para tranqüilizar os usuários”, protesta Marques, ao chegar de Salvador a Conquista, partindo do Rio de Janeiro.
As enfermeiras Simone Amorim e Soraia Machado e, que estavam embarcando para Belo Horizonte nessa sexta-feira, 31, contaram que ficaram pasmas ao saber que não havia nenhum agente de saúde orientando ou prestando informação sobre a Gripe A. “Não acredito que isso esteja acontecendo. As pessoas devem estar brincando”, disparou Simone.
“Isso preocupa mais a gente. A gente paga tão caro pela passagem e ainda tem que enfrentar esse aglomerado de pessoas e com pouca circulação de ar”, completou Soraia.
O professor Roberto Dias Almeida, que viajou para participar de um congresso em educação em Minas Gerais, contou que a suposta omissão na falta de barreiras contra a gripe A pode resultar em prejuízos econômicos para toda a região Sudoeste.
“Prejuízos em várias frentes, como indústria, comércio, turismo e lazer, já que em agosto a cidade vai sediar um importante festival de música, durante três dias, com atrações nacionais”, salientou. “Não queremos implantar pânico, porém os que deveriam agir para acalmar os passageiros e enfrentar a doença estão de braços cruzados”.
O agente de viagens, José Maria Caires, falou do descontentamento com o espaço insuficiente no saguão, situação agravada pela idéia das empresas em coincidir todos os horários de chegada e embarque para facilitar as conexões.
“As pessoas não encontram espaço e muitos sentam até no chão. Não há higiene e ninguém, atentou para isso até agora”, protesta. “Estamos pensando em instalar toldos para ampliar o espaço e melhorar as acomodações dos passageiros, mas ainda deveremos apresentar a proposta à direção do aeroporto”.
Caires também vai solicitar apoio das faculdades para disponibilizar graduandos em enfermagem e medicina como multiplicadores e prestadores de informações sobre a doença a passageiros e funcionários.
ALERTA – Preocupada com a possibilidade da chegada de casos suspeitos da Gripe A ao município, a direção do Hospital Regional de Vitória da Conquista (HBase) montou uma equipe de “força tarefa” para reforçar as estratégias estabelecidas de controle da doença.
“Nossa preocupação é garantir o máximo de informação ao profissional da saúde, demais funcionários e usuários da rede, para que não haja pânico”, afirmou o diretor do hospital, médico Felipe Magalhães.
Segundo Magalhães, desde o anúncio da pandemia, a diretoria tem procurado garantir o máximo de informações aos profissionais de saúde, servidores e usuários, tomando todas as precauções, com informações e capacitações, com a finalidade de reduzir os impactos da doença.
A coordenadora de Enfermagem da unidade, Carolina Silva Garcez, disse que ainda existe muita dúvida sobre a doença. “O mais importante é que o profissional da saúde esteja informado para transmitir às pessoas o máximo de segurança e informações”.
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