terça-feira, 2 de junho de 2009

Segurança com democracia e cidadania


Por Eduardo Moraes

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, ao longo da sua história, tem sido uma instituição que extrapola as lutas corporativas na defesa do emprego, melhores condições de trabalho e salários justos. Sua atuação cidadã é presença certa na luta pela paz com justiça social, reforma agrária, trabalho para todos, saúde, educação, transporte público de qualidade, moradia digna e desenvolvimento econômico capaz de por fim as desigualdades em nosso país, responsável por toda espécie de corrupção e violência.

A retomada de mais uma investida de quadrilhas de roubos a bancos em nossa região nos fez articular com toda a sociedade regional, Estado e municípios para construirmos mecanismos que possam debelar definitivamente a ação desses meliantes, que deixam os bancários e toda a comunidade apavorados.

Assistimos diariamente através dos meios de comunicação que, em alguns Estados, parece que quem manda são os chefes do crime organizado. A sociedade não pode admitir que essa inversão de poder se generalize por outras partes do país. Cabe aos gestores públicos, com apoio dos cidadãos, enfrentar e superar essa situação. Roubos e mortes por violência precisam estar a baixo dos indicies toleráveis.

Os brasileiros estão diante de um momento histórico com a realização da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, que acontecerá em Brasília nos dias 27 a 30 de agosto deste ano. Esta é uma grande oportunidade para que todos os delegados eleitos em suas bases, os órgãos de segurança e governos contribuam e apontem as causas e definam as ações de combate a crescente violência em todos os cantos do país.

Além do endurecimento das penas, construção de presídios, melhorias das condições de trabalho para os trabalhadores, faz-se necessário que as instituições responsáveis diretamente pela segurança pública sejam mais bem aparelhadas para prevenção e inteligência na investigação dos crimes e, sobretudo, é preciso investir em políticas públicas voltadas para as áreas, onde a juventude esteja em condições mais vulneráveis, longe da escola e das oportunidades de estudo e qualificação profissional.

Segurança se faz com democracia e cidadania. O sindicato e a categoria têm o dever de participar e contribuir para uma moderna concepção de segurança pública em nosso país.

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