Quando o exemplo está dentro da sua própria família é que se pode dimensionar o problema. No passado os pais interferiam, mesmo a contragosto dos filhos, na sua formação superior, e consequentemente profissional – quando não determinavam que seguissem o mesmo ofício deles – com isso interferindo nos sonhos e na realização pessoal dos seus descendentes; essencialmente os homens. Os pais sempre veem nos filhos a continuidade do que são ou o que eles não conseguiram realizar. Os filhos são portanto para eles uma fonte de retribuição para antigos desejos não consumados, mesmo ao custo de tolhê-los das suas aspirações. Atualmente isso é mais raro. A maioria das famílias sabe a importância de deixar que os adolescentes façam as escolhas por si mesmos. Porém, devido à imaturidade e falta de orientação, eles criam ilusões sobre determinadas carreiras, o que têm lhes proporcionado frustrações quando descobrem a verdadeira realidade.
Muito antes da crise mundial já era dramática a quantidade de pessoas com curso superior que estavam sem emprego em nosso país. A situação a cada dia se agrava, assim sendo, torna-se objeto de análise e preocupação para toda a sociedade e governantes em busca de alternativas para afastar a ameaça de descolocados que ronda o ensino superior no Brasil, uma vez que os estudiosos asseguram que a criação indiscriminada de faculdades também contribui para elevar a taxa de desempregados; e para piorar a situação, os vários cursos de terceiro grau existentes não param aleatoriamente de pôr gente no mercado de trabalho, a maioria jovem que terão enormes dificuldades na hora de procurar emprego em suas respectivas áreas.
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O problema ganha contornos mais carregados quando se examina o papel da faculdade na expectativa profissional. De acordo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, na década de 1960, somente 1% da população possuía curso superior, entretanto com o avanço da industrialização no país, esse perfil modificou. Atualmente, 8% dos brasileiros possuem diploma universitário. Para as famílias que se equilibram com dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade de trocar de carro no final do ano; a faculdade dos filhos é o maior patrimônio que se pode deixar como herança, já que o diploma, além de ser uma questão de orgulho, é uma das poucas esperanças de ascensão e estabilidade na vida dos filhos.
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Para o Ministro do Trabalho Carlos Lupi, as perdas com a falta de oferta de vagas nas empresas para a colocação de empregados com formação universitária possuem conotações distintas, ou seja: “a primeira é o prejuízo para o setor público, que investe pesado na oferta de cursos universitários gratuitos e, no entanto, os alunos se formam mas não têm onde trabalhar. A segunda é o detrimento para o próprio profissional, que, mesmo formado, se vê obrigado a aceitar qualquer tipo de ocupação dada a urgência da subsistência. Com o desemprego em níveis alarmantes, os trabalhadores com formação superior têm migrado para qualquer tipo de ocupação,” conclui o ministro.
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Já o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Milton de Moura França, que tomou posse no último dia 02 de março, acrescentou que entende ser um dado verdadeiro quando se afirma que o que mais colabora com a oferta de vagas para pessoas com nível superior é o serviço público, onde ainda existem carreiras que exigem determinadas especialidades adquiridas somente por meio da realização de um curso superior, e o concurso público tem sido a saída para a maioria dos jovens brasileiros.
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Muitas famílias brasileiras sentem na pele este momento constrangedor e frustrante. O filho se forma e se vê obrigado aceitar uma colocação no mercado fora da sua formação acadêmica, principalmente a quem se habilita ao primeiro emprego. Muitos permanecem e encerram ali mesmo o sonho de se realizarem como advogados, administradores de empresas, economista, farmacêutico, fisioterapeuta, enfermeiro, etc... nas suas respectivas áreas, que com tanto sacrifício e dedicação se vê forçosamente excluído ou marginalizado de sua profissão. Faz-se necessário que as empresas facilitem e deem oportunidades para que estagiem, até porque a falta de experiência faz com que o jovem não consiga se colocar no mercado de trabalho.
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Para quem não consegue, realmente não é fácil! A decepção deixa indeléveis marcas para quem se preparou com este o objetivo: o de exercer a profissão escolhida. E tão sonhada! Infelizmente eu fiz e ainda faço parte dessa estatística de famílias que vivem o dilema e a carência do primeiro emprego para seus filhos, pois enfrento de forma equânime a falta de oportunidade. Creio que a solução está diretamente relacionada com a implementação de políticas mais consistentes e geradoras de emprego. Embora entenda que o trabalhador também não pode deixar de fazer a sua parte. Deve estar permanentemente em busca de atualização e de aprimoramento profissional. Porquanto, entendo que isso é só uma questão de tempo e amadurecimento pessoal e obstinação, logo a colocação surgirá. Contudo não é motivo para a pessoa estagnar –, atualizar-se se faz necessário e urgente, aprimorando os seus conhecimentos com cursos extracurriculares –, e, se possível, paralelamente aprenderem uma profissão que não fique tão distante da qual foi orientado e se especializou.
Muito antes da crise mundial já era dramática a quantidade de pessoas com curso superior que estavam sem emprego em nosso país. A situação a cada dia se agrava, assim sendo, torna-se objeto de análise e preocupação para toda a sociedade e governantes em busca de alternativas para afastar a ameaça de descolocados que ronda o ensino superior no Brasil, uma vez que os estudiosos asseguram que a criação indiscriminada de faculdades também contribui para elevar a taxa de desempregados; e para piorar a situação, os vários cursos de terceiro grau existentes não param aleatoriamente de pôr gente no mercado de trabalho, a maioria jovem que terão enormes dificuldades na hora de procurar emprego em suas respectivas áreas.
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O problema ganha contornos mais carregados quando se examina o papel da faculdade na expectativa profissional. De acordo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, na década de 1960, somente 1% da população possuía curso superior, entretanto com o avanço da industrialização no país, esse perfil modificou. Atualmente, 8% dos brasileiros possuem diploma universitário. Para as famílias que se equilibram com dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade de trocar de carro no final do ano; a faculdade dos filhos é o maior patrimônio que se pode deixar como herança, já que o diploma, além de ser uma questão de orgulho, é uma das poucas esperanças de ascensão e estabilidade na vida dos filhos.
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Para o Ministro do Trabalho Carlos Lupi, as perdas com a falta de oferta de vagas nas empresas para a colocação de empregados com formação universitária possuem conotações distintas, ou seja: “a primeira é o prejuízo para o setor público, que investe pesado na oferta de cursos universitários gratuitos e, no entanto, os alunos se formam mas não têm onde trabalhar. A segunda é o detrimento para o próprio profissional, que, mesmo formado, se vê obrigado a aceitar qualquer tipo de ocupação dada a urgência da subsistência. Com o desemprego em níveis alarmantes, os trabalhadores com formação superior têm migrado para qualquer tipo de ocupação,” conclui o ministro.
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Já o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Milton de Moura França, que tomou posse no último dia 02 de março, acrescentou que entende ser um dado verdadeiro quando se afirma que o que mais colabora com a oferta de vagas para pessoas com nível superior é o serviço público, onde ainda existem carreiras que exigem determinadas especialidades adquiridas somente por meio da realização de um curso superior, e o concurso público tem sido a saída para a maioria dos jovens brasileiros.
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Muitas famílias brasileiras sentem na pele este momento constrangedor e frustrante. O filho se forma e se vê obrigado aceitar uma colocação no mercado fora da sua formação acadêmica, principalmente a quem se habilita ao primeiro emprego. Muitos permanecem e encerram ali mesmo o sonho de se realizarem como advogados, administradores de empresas, economista, farmacêutico, fisioterapeuta, enfermeiro, etc... nas suas respectivas áreas, que com tanto sacrifício e dedicação se vê forçosamente excluído ou marginalizado de sua profissão. Faz-se necessário que as empresas facilitem e deem oportunidades para que estagiem, até porque a falta de experiência faz com que o jovem não consiga se colocar no mercado de trabalho.
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Para quem não consegue, realmente não é fácil! A decepção deixa indeléveis marcas para quem se preparou com este o objetivo: o de exercer a profissão escolhida. E tão sonhada! Infelizmente eu fiz e ainda faço parte dessa estatística de famílias que vivem o dilema e a carência do primeiro emprego para seus filhos, pois enfrento de forma equânime a falta de oportunidade. Creio que a solução está diretamente relacionada com a implementação de políticas mais consistentes e geradoras de emprego. Embora entenda que o trabalhador também não pode deixar de fazer a sua parte. Deve estar permanentemente em busca de atualização e de aprimoramento profissional. Porquanto, entendo que isso é só uma questão de tempo e amadurecimento pessoal e obstinação, logo a colocação surgirá. Contudo não é motivo para a pessoa estagnar –, atualizar-se se faz necessário e urgente, aprimorando os seus conhecimentos com cursos extracurriculares –, e, se possível, paralelamente aprenderem uma profissão que não fique tão distante da qual foi orientado e se especializou.







4 comentários:
Parabéns pela matéria sobre as estradas do Sertão. Como só hoje consegui ler, o senhor está com toda a razão. As estradas realmente estão uma droga, uma vez que sempre viajo, eu sinto na pele.
Os nossos governantes nos esqueceram. Continue cobrando do Estado.
AURINO FRANÇA DA VITÓRIA JÓIAS
Parabéns pela matéria sobre as estradas do Sertão. Como só hoje consegui ler, o senhor está com toda a razão. As estradas realmente estão uma droga, uma vez que sempre viajo, eu sinto na pele.
Os nossos governantes nos esqueceram. Continue cobrando do Estado.
AURINO FRANÇA DA VITÓRIA JÓIAS
Parabéns pela matéria sobre as estradas do Sertão. Como só hoje consegui ler, o senhor está com toda a razão. As estradas realmente estão uma droga, uma vez que sempre viajo, eu sinto na pele.
Os nossos governantes nos esqueceram. Continue cobrando do Estado.
AURINO FRANÇA DA VITÓRIA JÓIAS
ANTES DE TUDO A SUA MATERIA SOBRE O CURSO SUPERIOR ESTA MUITO BOA. E POR ISSO QUE ESTOU ESCREVENDO ESTE TEXTO SOBRE ESTRADAS POIS QUERO QUE TUDO MUNDO LEIA.
ACHEI BEM COLOCADO A MATERIA SOBRE A SITUAÇAO DAS ESTRADAS, PARA NOSSA TRISTEZA O SISTEMA DE TRATAMENTO DE NOSSAS RODOVIAS É O MESMO DOS GOVERNOS PASSADOS, DEIXA ACABAR PARA AI TOMAR ALGUM TIPO DE PROVIDENCIA. MAIS ROGO QUE TODOS OS MOTORISTA LEMBRE DESTA SITUAÇÃO NAS URNAS.
SEMPRE VIAJO PARA O SERTÃO COM MEU PAI AURINO DA VITORIA JOIAS.
ROGELIO FRANÇA
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