Acredito que o estímulo ao hábito da leitura, não pode ser apenas uma responsabilidade da família. Aquele velho conceito: "a leitura começa em casa" não tem muito fundamento, entretanto, um empurrãozinho partindo do seio familiar é muito mais que importante. Educadores que gostam de ler e amam o que fazem, acabam estimulando seus alunos a entrarem no mundo da leitura. Quanto mais os mestres gostarem de ler e ensinar, surgirão mais leitores e naturalmente melhores escritores. Já que a leitura é intemporal e universal. Uma grandeza que cativa e enobrece. Não sei se é uma dádiva de Deus ou obra da natureza. Faz-nos enxergar a essência das coisas que se sabe... e das coisas que ainda não se sabe.
Costumo dizer a quem gosta de escrever que sem leitura não se chega a lugar nenhum. É lendo que superamos as dificuldades e começamos a desfrutar o prazer de viajar no fantasioso do pensamento. Há leitores admiráveis que estudaram pouco, porém se agigantaram em sabedoria. Conheci alguns que se auto-intitulavam ‘amigos íntimos dos livros’, como o saudoso vereador Mizael Marcílio, senhor Macário Figueira, Seu João Henrique de Barros (o João do Ouro) e tantos outros esculápios por excelência. Temos que reconhecer e valorizar o juízo crítico daqueles que, mesmo com pouco estudo, surpreenderam professores e catedráticos da época. Claro que eles foram laureados pela inteligência, pelo dom, pela vontade, e pelo particular talento.
.
Evidentemente que o mundo moderno retira-nos quase todo o tempo e aquele velho hábito de ler e contar historinhas para os filhos dormirem foi substituído pelas horas à frente do computador ou da televisão. A luta pelo pão diário nos obriga a trabalhar, produzir, superar metas, ganhar sempre mais e muito mais... Certamente isso se constitui no maior pilar da sociedade de consumo. No corre-corre habitual, nós, os pais, quase não dispomos de tempo para ler – e o que é pior, para perguntar se os filhos lêem. O resultado disso é refletido nas escolas – alunos que interpretam mal, porque lêem mal, consequentemente falam mal e se expressam pior ainda. Até os jornais de hoje estão mudando a maneira de publicar seus artigos, quanto mais reduzidos forem os textos alcançam maior número de leitores, pois a “preguiça” estimula, mesmo aqueles que habitualmente gostavam de ler, a não ir adiante com as leituras e terminam desistindo no segundo ou terceiro parágrafo.
.
Imagino que é impossível formar cidadãos sem capacidade de argumentação e sem um mínimo de conhecimento. Penso até que, mesmo com as facilidades do mundo virtual, o livro é insubstituível e só é possível vencer o analfabetismo cultural através dele. Observo também que nossas crianças e nossos jovens precisam ser estimulados a ler mais, para melhor encarar a vida. É “chover no molhado” dizer isso a garotada e não lhes oferecer condições adequadas. O ambiente ideal requer, além de silêncio, exemplos. Pais que não lêem, não podem exigir esse hábito dos filhos, tampouco das escolas para fazerem alguma coisa por eles. Enquanto a disposição para a leitura se restringir a trabalhos exigidos por disciplinas escolares, estaremos, infelizmente, perdendo a batalha para a ignorância.
.
Tempos atrás escrevi um texto sobre este mesmo assunto, agora estimulado pela entrevista do magnífico escritor João Ubaldo Ribeiro, ao Jornal Rascunho, volto ao tema; ele não mediu palavras para dizer: “Deve-se ler porque alguma estatística por aí apontou que quem não lê é, em última análise, burro. Não diria menos esperto, mas é mais burro do que quem não lê e desfruta muito menos da vida”. Verdade, quem não lê, não sabe, não formula, não avalia, não diferencia, não usa a lógica na hora de decidir e o fracasso termina sendo o consolo ou a sua frustração.
Costumo dizer a quem gosta de escrever que sem leitura não se chega a lugar nenhum. É lendo que superamos as dificuldades e começamos a desfrutar o prazer de viajar no fantasioso do pensamento. Há leitores admiráveis que estudaram pouco, porém se agigantaram em sabedoria. Conheci alguns que se auto-intitulavam ‘amigos íntimos dos livros’, como o saudoso vereador Mizael Marcílio, senhor Macário Figueira, Seu João Henrique de Barros (o João do Ouro) e tantos outros esculápios por excelência. Temos que reconhecer e valorizar o juízo crítico daqueles que, mesmo com pouco estudo, surpreenderam professores e catedráticos da época. Claro que eles foram laureados pela inteligência, pelo dom, pela vontade, e pelo particular talento.
.
Evidentemente que o mundo moderno retira-nos quase todo o tempo e aquele velho hábito de ler e contar historinhas para os filhos dormirem foi substituído pelas horas à frente do computador ou da televisão. A luta pelo pão diário nos obriga a trabalhar, produzir, superar metas, ganhar sempre mais e muito mais... Certamente isso se constitui no maior pilar da sociedade de consumo. No corre-corre habitual, nós, os pais, quase não dispomos de tempo para ler – e o que é pior, para perguntar se os filhos lêem. O resultado disso é refletido nas escolas – alunos que interpretam mal, porque lêem mal, consequentemente falam mal e se expressam pior ainda. Até os jornais de hoje estão mudando a maneira de publicar seus artigos, quanto mais reduzidos forem os textos alcançam maior número de leitores, pois a “preguiça” estimula, mesmo aqueles que habitualmente gostavam de ler, a não ir adiante com as leituras e terminam desistindo no segundo ou terceiro parágrafo.
.
Imagino que é impossível formar cidadãos sem capacidade de argumentação e sem um mínimo de conhecimento. Penso até que, mesmo com as facilidades do mundo virtual, o livro é insubstituível e só é possível vencer o analfabetismo cultural através dele. Observo também que nossas crianças e nossos jovens precisam ser estimulados a ler mais, para melhor encarar a vida. É “chover no molhado” dizer isso a garotada e não lhes oferecer condições adequadas. O ambiente ideal requer, além de silêncio, exemplos. Pais que não lêem, não podem exigir esse hábito dos filhos, tampouco das escolas para fazerem alguma coisa por eles. Enquanto a disposição para a leitura se restringir a trabalhos exigidos por disciplinas escolares, estaremos, infelizmente, perdendo a batalha para a ignorância.
.
Tempos atrás escrevi um texto sobre este mesmo assunto, agora estimulado pela entrevista do magnífico escritor João Ubaldo Ribeiro, ao Jornal Rascunho, volto ao tema; ele não mediu palavras para dizer: “Deve-se ler porque alguma estatística por aí apontou que quem não lê é, em última análise, burro. Não diria menos esperto, mas é mais burro do que quem não lê e desfruta muito menos da vida”. Verdade, quem não lê, não sabe, não formula, não avalia, não diferencia, não usa a lógica na hora de decidir e o fracasso termina sendo o consolo ou a sua frustração.
2 comentários:
Mais uma vez você mostra conteúdo naquilo que escreve. Parabéns.
Um abração Luiz Cludio
Ezequiel,
Após ler com bastante atenção,gostei. Espero que o próximo seja tão bom quanto este.
Hasta la vista!
O amigo de sempre
Postar um comentário