sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Divagando & Katilografando


Sonho de Voar
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O Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto, encabeçado pelo empresário José Maria Caires, visou colocar o problema do aeroporto conquistense que faz sofrer o povo de Conquista e região diante dos governantes e autoridades da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Em primeiro embate, sensibilizado, o governador Jacques Wagner, compreendeu o drama a que está exposta a nossa cidade com a falta de um equipamento de qualidade; anunciou a liberação de verba para uma reforma que atenda às necessidades mais urgentes, tais como, compactação e concretagem da pista para pouso de aeronaves de até 130 (cento e trinta) passageiros, e uma estação de passageiros minimamente adequada à demanda que se faz necessária em razão das novas aeronaves e, ao conseqüente aumento dos passageiros.

A comunidade conquistense, embora querendo algo mais expressivo, ainda assim comemorou a decisão governamental. Como todo pobre que não tem como se safar, de repente, com o seu pão raramente amanteigado, vê inevitavelmente ele cair com a manteiga virada para baixo; a ANAC em visita técnica à nossa cidade inspecionou o nosso aeroporto e adjacências, e achou todos os defeitos do tipo chifres em cabeça de cavalo. Depois de um relatório com essas falhas apontadas não se podia esperar daquele Órgão parecer diferente para viabilizar a reforma. Como nossa cidade é órfã de representação no parlamento baiano e federal, resta-nos meter a boca no trombone, apresentarmos sugestões que viabilizem o projeto de reforma, já que, os novos equipamentos aeroportuários são sempre destinados para Porto Seguro, Ilhéus, Canavieiras e outras extravagâncias tais como aeroporto no meio do nada como é o caso de Lençóis e Valença.
Como Vitória da Conquista é extensão do meu ser, eu não posso me furtar a dar uma sugestão. Eu entendo que um novo aeroporto seria imprescindível para a nossa cidade, que fosse mais afastado do centro urbano, que tivesse zonas de restrição à proximidade dentro do recomendado pelos órgãos internacionais de aviação, tudo enfim a que tem direito um novo aeroporto. Como a nossa situação é de mendicância no mais alto grau diante das esferas superiores governamentais, eu entendo que, uma nova proposição deve ser feita, novas idéias devem ser postas no papel ensejando a que se aproveite o projeto anterior, acrescentando idéias que visem vasculhar os empecilhos encontrados pela ANAC.
Eu raramente faço críticas que não sejam construtivas, estou sempre procurando soluções para os nossos problemas, e um aeroporto para a nossa cidade que comporte pouso de aeronaves do tipo A-319 (Airbus) não só vem resolver um problema dos cidadãos conquistenses e da região, como também, vem resolver um problema que nos atinge a todos nós que moramos distante da nossa amada terra; este problema é de todos nós, portanto, devemos nos unir para resolvermos o mais rápido possível. Eu tenho um programa no meu computador assim como, uma grande maioria de brasileiros que tem computador e internet também o tem, e desse programa, o “Google Earth”, eu posso ver a nossa cidade por fotos de satélite. Antenado no problema que vivemos com o nosso aeroporto, busquei ver de cima o nosso “Pedro Otacílio de Figueiredo”, e cheguei a uma conclusão que, se o poder público conquistense quiser em parceria com o governo do estado poderá resolver este problema num estalar de dedos. A solução passa, necessariamente, pela desapropriação dos imóveis na Avenida Frei Benjamin na parte que compreende o muro do aeroporto na parte norte até o posto de combustíveis - exatos duzentos metros - na esquina da Av. Frei Benjamin com a Avenida Paraná; assim como, todos os imóveis confrontantes naquela quadra e em direção lago da baixada do Jurema.
Na régua que pude utilizar dentro “Google Earth” eu constatei que a cabeceira 33 da pista pode ser incrementada em mais 220m, aumentando dessa forma a pista para 2000m; a pista do aeroporto de Curitiba tem 2.050m. Eu não sou engenheiro e posso dizer que um bom projetista pode fazer um projeto inteligente se, em aproveitando as desapropriações fizer um que, rebaixe o piso da Av. Frei Benjamin fazendo um túnel até a Av. Paraná e, desta forma, fazendo o prolongamento da pista do aeroporto na direção que vai até a lagoa da baixada do jurema, onde ficará a nova cabeceira 33; tudo isso, sem sofrimento de solução de continuidade do fluxo na Avenida Frei Benjamin, que, neste trecho, passará por baixo da nova pista do aeroporto, em um túnel de pouco mais de duzentos metros.
Vislumbrando-se a nova extensão (2.000m) da pista do nosso aeroporto, a cabeceira 33 ficará perpendicular à Avenida Paraná, tal qual, fica paralela à Avenida Washington Luiz a cabeceira 17 da pista do Aeroporto de Congonhas em São Paulo. No nosso caso, para evitar problemas futuros, como parte do projeto, acho prudente que, o trânsito de veículos que vai da Avenida Presidente Dutra pela Avenida Paraná até a Avenida Frei Benjamin seja obstado; não devendo mais haver fluxo de veículos naquela via compreendida, salvo, os veículos particulares daquele logradouro.
Nessa reforma pretendida, entre a nova pista e a nova estação de passageiros, necessariamente deverá ter uma pista de taxiamento com as devidas interseções, tudo isso, visando à comodidade entre os pousos e decolagens, tal como não acontece no aeroporto de Ilhéus, pois, lá, se um avião estiver em procedimento final de pouso, obrigatoriamente o outro terá que ficar esperando no pátio de estacionamento, para, só depois este poder taxiar pela própria pista de decolagem. Espero que, se não houver idéia melhor que a minha, que esta ora apresentada, seja na sua totalidade aproveitada.
Francisco Silva Filho

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Chico,

Bom ver você mesmo fora da terra, mas preocupado com as nossas carências e com o que é melhor para a população. Muito bom ver novamente!