Considerado um dos mais talentosos juristas da Bahia, o professor José Joaquim Calmon de Passos - mais conhecido como J. J Calmon de Passos - morreu na sexta-feira, 18, aos 88 anos, vítima de infarto do miocárdio.
Tido como uma personalidade que impressionava a todos que o conheciam, J. J. Calmon se destacou no âmbito do Direito principalmente por sua personalidade marcante. Além disso, se notabilizou por ter influenciado diferentes gerações de estudiosos.
A notícia da morte do jurista surpreendeu parentes e amigos, já que ele mantinha sua rotina. “Ele estava bem, lúcido, pesquisando, dando palestras, viajando para vários lugares. Infelizmente, foi uma surpresa para todo mundo“, disse Berta Calmon, filha de J. J..
Pertencente a uma família de classe média alta, Calmon nasceu em Salvador a 16 de maio de 1920. Na década de 40, foi morar em Recife, onde formou-se em Direito pela Faculdade Federal de Pernambuco (UFPE). Recém-formado, regressou à Bahia, para prestar concurso para promotor no município de Remanso. A partir daí, J. J Calmom iniciou uma longa trajetória como jurista até chegar ao ápice da carreira.
Sintonizado – Um dos principais amigos de Calmon de Passos nos últimos anos, o também professor de Direito da Ufba, Paulo Modesto, afirma que o jurista sempre esteve atento aos novos acontecimentos. Para ele, esse era o seu grande diferencial.
“Ele sempre estava pesquisando e atento a tudo. Sempre com posições ativas e questionadoras“, ressalta. Orientando de J. J. Calmon durante um curso de especialização entre os anos de 2001 a 2003, o professor de Antonio Adonias Aguiar Bastos foi um dos profissionais influenciados pelo jurista baiano. Para ele, a forma de atuação de
Calmon foi o que o tornou reconhecido em âmbito nacional. “Calmon tinha um conhecimento amplo em todas as áreas da profissão. Ele tinha uma visão global sobre o Direito", comenta Adonias.
Atuações – Com mais de 60 anos de profissão, J. J. Calmon de Passos atuou em diversas áreas no decorrer de sua carreira. Dentre as principais atribuições que teve, foi professor emérito da Universidade Federal da Bahia, livre-docente da Faculdade de Ciências Econômicas, catedrático de processo civil da Faculdade de Direito da Ufba, fundador do Centro de Cultura Jurídica da Bahia, procurador-geral de Justiça, Presidente da OAB-BA e membro da Academia de Letras Jurídicas da Bahia. O presidente da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB), o advogado Saul Quadros, destacou que J. J Calmon foi detentor do maior conhecimento jurídico da Bahia.
Saul, que participava de um evento que contou com a abertura do mestre Calmon no último dia 16, no Centro de Convenções, considera a morte do jurista uma perda irreparável na Justiça do Estado.
“A Bahia jurídica está órfã. A perda de Calmon deixa uma lacuna imensa no campo jurídico da Bahia“, disse Saul, lembrando que, na ocasião, J. J. Calmon foi condecorado com a comenda Tobias Barreto, concedida pela Universidade Maurício de Nassau.
Palestras – De acordo com os próprios familiares, ultimamente J. J. Calmon se dedicava ao Centro de Cultura Jurídica da Bahia (CCJB), do qual foi presidente e fundador em 2002. Além de atuar como consultor jurídico, ele também viajava para outros estados para ministrar palestras sobre Direito Processual. Suas principais obras lançadas foram Comentários ao Código de Processo Civil, Esboço de uma Teoria das Nulidades Aplicada às Nulidades Processuais, Direito, poder, justiça e processo: julgando os que nos julgam, publicado em 2000. J. J Calmon deixa esposa e três filhos.
Jornal A Tarde
Tido como uma personalidade que impressionava a todos que o conheciam, J. J. Calmon se destacou no âmbito do Direito principalmente por sua personalidade marcante. Além disso, se notabilizou por ter influenciado diferentes gerações de estudiosos.
A notícia da morte do jurista surpreendeu parentes e amigos, já que ele mantinha sua rotina. “Ele estava bem, lúcido, pesquisando, dando palestras, viajando para vários lugares. Infelizmente, foi uma surpresa para todo mundo“, disse Berta Calmon, filha de J. J..
Pertencente a uma família de classe média alta, Calmon nasceu em Salvador a 16 de maio de 1920. Na década de 40, foi morar em Recife, onde formou-se em Direito pela Faculdade Federal de Pernambuco (UFPE). Recém-formado, regressou à Bahia, para prestar concurso para promotor no município de Remanso. A partir daí, J. J Calmom iniciou uma longa trajetória como jurista até chegar ao ápice da carreira.
Sintonizado – Um dos principais amigos de Calmon de Passos nos últimos anos, o também professor de Direito da Ufba, Paulo Modesto, afirma que o jurista sempre esteve atento aos novos acontecimentos. Para ele, esse era o seu grande diferencial.
“Ele sempre estava pesquisando e atento a tudo. Sempre com posições ativas e questionadoras“, ressalta. Orientando de J. J. Calmon durante um curso de especialização entre os anos de 2001 a 2003, o professor de Antonio Adonias Aguiar Bastos foi um dos profissionais influenciados pelo jurista baiano. Para ele, a forma de atuação de
Calmon foi o que o tornou reconhecido em âmbito nacional. “Calmon tinha um conhecimento amplo em todas as áreas da profissão. Ele tinha uma visão global sobre o Direito", comenta Adonias.
Atuações – Com mais de 60 anos de profissão, J. J. Calmon de Passos atuou em diversas áreas no decorrer de sua carreira. Dentre as principais atribuições que teve, foi professor emérito da Universidade Federal da Bahia, livre-docente da Faculdade de Ciências Econômicas, catedrático de processo civil da Faculdade de Direito da Ufba, fundador do Centro de Cultura Jurídica da Bahia, procurador-geral de Justiça, Presidente da OAB-BA e membro da Academia de Letras Jurídicas da Bahia. O presidente da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB), o advogado Saul Quadros, destacou que J. J Calmon foi detentor do maior conhecimento jurídico da Bahia.
Saul, que participava de um evento que contou com a abertura do mestre Calmon no último dia 16, no Centro de Convenções, considera a morte do jurista uma perda irreparável na Justiça do Estado.
“A Bahia jurídica está órfã. A perda de Calmon deixa uma lacuna imensa no campo jurídico da Bahia“, disse Saul, lembrando que, na ocasião, J. J. Calmon foi condecorado com a comenda Tobias Barreto, concedida pela Universidade Maurício de Nassau.
Palestras – De acordo com os próprios familiares, ultimamente J. J. Calmon se dedicava ao Centro de Cultura Jurídica da Bahia (CCJB), do qual foi presidente e fundador em 2002. Além de atuar como consultor jurídico, ele também viajava para outros estados para ministrar palestras sobre Direito Processual. Suas principais obras lançadas foram Comentários ao Código de Processo Civil, Esboço de uma Teoria das Nulidades Aplicada às Nulidades Processuais, Direito, poder, justiça e processo: julgando os que nos julgam, publicado em 2000. J. J Calmon deixa esposa e três filhos.
Jornal A Tarde
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