quinta-feira, 28 de agosto de 2008

EU SOU O PARAÍBA, AQUÍ TÁ O MEU CARTÃO!

Por Francisco Silva Filho
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Em qualquer empresa privada, e também, pela nova ordem social e econômica, em algumas empresas públicas, os funcionários que usam de artifícios para faltarem ao serviço e cinicamente apresentam atestados médicos de origem duvidosa, ou outras desculpas com a mesma intenção, acabam por cair no descrédito, e em casos mais graves até recebem a merecida e solicitada demissão.

Sabemos que, a iniciativa privada não suporta funcionários mal intencionados, afinal, o funcionário que não trabalha atrapalha; e quem assim procede, não só merece ser demitido, como também, uma carta de péssimas referências. No futebol, as coisas não são diferentes. O futebol não é coisa pública, tem apelo público, mas, a iniciativa privada é o que prevalece. Os empregados dos clubes de futebol – leiam-se os jogadores – são pagos para desempenharem os seus papéis tanto dentro como fora de campo, o clube ao qual pertence, tem no seu jogador a sua representação. No caso do nosso ECPP Vitória da Conquista, temos jogadores demais mal intencionados, estão sempre brigando com o seu patrão dentro de campo, – o patrão nesse caso, dentro do campo, é o árbitro – sempre provocando desnecessariamente a que o árbitro lhe apresente um cartão amarelo, e não contente, sempre exigindo a sua expulsão. O jogador que assim procede, em minha opinião é um desonesto. É desonesto, porque, sempre está disposto a deixar os demais colegas dentro de campo com o pepino nas mãos, esse tipo de jogador não quer nada com o clube, ele quer mesmo é ser dispensado para receber as verbas rescisórias e as multas contratuais.
Os árbitros que atuam nos gramados brasileiros, já conhecem muito bem o perfil desse tipo de jogador; como se não bastasse alguns árbitros já entrarem em campo, eivados das “boas” intenções – claro que, para com o time da casa – os nossos jogadores facilitam sobremaneira a vida desses senhores do apito, dando-lhes os motivos para que eles possam ajudar o time que eles estão predispostos a fazer o placar. O Léo Macaé exigiu grosseiramente que o árbitro lho expulsasse, o Pantico ficou nessa história muito frustrado, agora, que o Léo foi expulso, como é que ele poderia exigir a mesma coisa? E, discretamente pediu um cartãozinho amarelo, e o senhor árbitro gentilmente lho concedeu,
Pois bem, o que aconteceu naquela goleada que sofreu o nosso Conquista contra o Bahia naquela final, eu não sei, mas, os ventos da negociata (se é que houve!) assim me impele a fazer uma ilação. O Bahia até poderia ganhar aquela partida naquela fatídica tarde, mas, com aquele placar? Foi mesmo de moer a paciência de qualquer torcedor, até mesmo dos menos experimentados. Mas, de moer a paciência mesmo, foi o que resultou daquela goleada: a vinda do Pantico para compor o plantel do Conquista, o agradecimento do Bahia foi à altura da ingenuidade do seu negociador, afinal, o Bahia ganhou o direito de participar da Copa do Brasil de 2009.
O árbitro da partida lá em Arapiraca não teve qualquer culpa nos cartões amarelos dados e tampouco, na expulsão do Léo Macaé, se ele estava mal intencionado, ele foi amplamente ajudado pela irresponsabilidade dos nossos jogadores, que, mais se preocupavam com o desempenho do árbitro e seus assistentes do que mesmo, em se preocuparem em jogarem contra um ASA que entrou em campo com a mesma disposição que entrou o nosso Conquista aqui no Lomantão no domingo passado. Enquanto melhor sorte não nos assistia, como realmente acabou por nos abandonar, - neste momento o árbitro encerra a partida - perdendo a partida pelo mesmo placar do jogo no Lomantão (ASA 3 X 0 Conquista) o árbitro se apresentava: “EU SOU O PARAÍBA, AQUÍ TÁ O MEU CARTÃO!”

Francisco Silva Filho – Curitiba-PR




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